Morane-Borel

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O Morane-Borel, (também referenciado como Morane-Saulnier A ou simplesmente Monoplano Morane) foi um avião esportivo francês, que participou de várias corridas aéreas na Europa entre 1911 e 1912.

Morane-Borel

Émile Taddéoli ao lado do seu Morane-Saulnier Tipo A ~1911/13.
Primeiro voo 1911
Especificações
Configuração de asa monoplane
Trem de pouso floatplane

Projeto e desenvolvimento editar

O Monoplano Morane era, como a designação indica, um monoplano de asa média, monomotor de um só lugar em configuração de tração projetado e construído pelos Irmãos Morane e por Gabriel Borel, equipado com um motor Gnome Omega de 7-cilindros giratório refrigerado à ar, de 50 hp, acionando uma hélice Chauvière Intégrale de duas lâminas.

 
Émile Taddéoli decolando com
um Morane-Borel em 1913.

A fuselagem era de seção retangular do tipo "caixa", com a parte frontal coberta com madeira laminada e a parte traseira coberta por tecido (em alguns exemplares, a seção traseira ficava descoberta).

As asas tinham as extremidades elípticas e eram sustentadas por cabos presos a uma estrutura piramidal do tipo "cabana" localizado à frente do piloto. Uma estrutura em "V" invertido (vista de frente), sustentava o trem de pouso.

O controle lateral era obtido envergando as asas, e a empenagem consistia de um estabilizador horizontal fixo com profundores atuando ao longo de toda a corda de cada um dos lemes balanceados aerodinamicamente, sem superfície vertical fixa.

O trem de pouso consistia de um par de pequenos esquis, cada um sustentado por um par de estruturas e um par de rodas na extremidade de um eixo preso aos esquis por cordas elásticas e um pequeno esqui na traseira.

Histórico operacional editar

 
Morane-Borel da Polícia Militar do Paraná - 1918.

O Morane-Borel, foi uma das primeiras aeronaves monoplanas com sucesso comercial. Ele alcançou a fama quando Jules Védrines venceu a corrida aérea de 1911, Paris-Madrid, como único concorrente a terminar o percurso de quatro dias, pilotando um desses modelos. Um outro foi usado por André Frey na corrida Paris-Roma de 1911, terminando em terceiro.[1] Émile Taddéoli foi outro conhecido proprietário de um "Monoplano Morane".

Uma versão com flutuadores voou na etapa britânica das competições de hidroaviões de 1912. Isso levou ao desenvolvimento de uma versão de dois lugares, da qual oito exemplares foram comprados pela Royal Navy e usados como aviões de vigia até o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914.

Um exemplar do Morane-Borel foi adquirido pela Polícia Militar do Paraná (PMPR) do aviador Elígio Benini, em 1918. Um segundo exemplar do do Morane-Borel foi doado pela Marinha do Brasil à PMPR em 1919.

Exemplares preservados editar

Em 2007 tinha-se notícia de um único exemplar preservado, passando por trabalhos de restauração no Museu de Aviação e Esoaço do Canadá (Canada Aviation and Space Museum).

Operadores editar

 
O Morane-Borel, doado pela Marinha à PMPR em 1919.

Especificação editar

 
Esquema em três vistas do Morane-Borel.

Estas são as características do Morane-Borel[2]

  • Características gerais:
    • Tripulação: um
    • Comprimento: 6,30 m
    • Envergadura: 9,50 m
    • Altura: 2,26 m
    • Área da asa: 14 m²
    • Peso vazio: 200 kg
    • Peso máximo na decolagem: 430 kg
    • Motor: 1 x Gnome Omega de 7-cilindros giratório refrigerado à ar, de 50 hp.
  • Performance:
    • Velocidade máxima: 111 km/h

Ver também editar

Referências

  1. Villard, Henry Serrano (1987). Blue Ribbon of the Air. Washington D.C.: Smithsonian Institution. p. 158. ISBN 0 874 74 942 5 
  2. l'Aérophile, 15 April 1911, p.170

Bibliografia editar

  • Taylor, Michael J. H. (1989). Jane's Encyclopedia of Aviation. London: Studio Editions. 193 páginas 
  • Aviafrance.com

Ligações externas editar

 
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