Nota: Se procura o pico mineiro de mesmo nome, veja Pico do Itacolomi.

O Morro Itacolomi ou Pico do Itacolomi é uma formação rochosa de arenito localizada no município de Gravataí, no Rio Grande do Sul, no Brasil. É um dos símbolos da cidade, figurando em seu brasão. De origem tupi, o termo "Itacolomi" significa "guri de pedra", através da junção dos termos itá (pedra) e kunumĩ (guri).[2] Situa-se a cerca de 12 km do Centro da cidade, podendo ser visto de boa parte da Região Metropolitana de Porto Alegre. É recoberto de densa mata, a qual abriga rica fauna típica da Mata Atlântica brasileira.

Morro Itacolomi
Morro Itacolomi
Lado Nordeste do Morro Itacolomi
Morro Itacolomi está localizado em: Brasil
Morro Itacolomi
Coordenadas 29° 51' 15" S 50° 58' 27" O
Altitude Aprox. 320[1] m
Localização  Brasil (Gravataí, RS)
Cordilheira Serra Geral
Primeira ascensão 1953 por Edgar Kittelmann e Heitor Cony

Berço da escalada gaúcha, o Pico do Itacolomi foi, por muitos anos, o principal campo-escola de várias gerações de escaladores. Atualmente, o local ainda é um dos pontos preferidos de muitos escaladores devido à qualidade de suas vias (de 4 a 9 graus) e pelo seu valor histórico. Por outro lado, o Itacolomi está abandonado: problemas ecológicos e socioculturais o ameaçam.

História editar

As primeiras ascensões das montanhas gaúchas iniciaram no ano de 1950 quando Edgar Kittelmann, Sérgio P. Machado (na época, presidente do Clube Excursionista Farroupilha) e seus amigos tiveram a ideia de alcançar o topo do Pico dos Gravatás, localizado no conjunto de morros do Itacolomi, em Gravataí.

Após a definição e o reconhecimento da parede a ser vencida, notaram que técnicas de escalada em rocha precisavam ser empregadas. Foi então que Edgar e seus amigos tomaram a iniciativa de procurar informações ou alguém que se dispusesse a lhes ensinar técnicas de segurança. Em Porto Alegre, encontraram o professor Giuseppe Gâmbaro, que era educador físico, trabalhava na Sociedade de Ginástica Porto Alegre e possuía larga experiência esportiva. Praticara esqui e trabalhara como guia de montanha na Itália. O que mais chamava a atenção em sua história era que já havia tentado realizar algumas ascensões nas paredes do Itaimbezinho - cânion localizado no Parque Nacional dos Aparados da Serra, em Cambará do Sul.

A partir deste momento, foram muitas as semanas de preparação. Além da experiência, o grupo adquiriu: cordas de sisal, elos de corrente para a improvisação de proteções que seriam fixadas na rocha, distorcedores metálicos para a confecção de mosquetões e tacos de madeira para a confecção de escadas. Foi então que, em 1953, o grupo liderado por Edgar Kittelmann (portador de paralisia infantil) com equipamentos precários, força de vontade e espírito de aventura, alcançou o topo do Pico dos Gravatás. Estava assim concluída a primeira via de escaladas do Rio Grande do Sul denominada Via Sul e graduada como 5°.

Em 2003, a Lei Estadual 149/2003 tornou o Morro Itacolomi patrimônio cultural gaúcho.[3][4]

Imagens adicionais editar

Referências

  1. «Inema - Caminhada no Morro Itacolomi». Consultado em 25 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 30 de novembro de 2011 
  2. NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. p. 42.
  3. «WebAdventure - Morro do Itacolomi vira patrimônio cultural». 9 de março de 2004. Consultado em 25 de janeiro de 2011 [ligação inativa]
  4. «360 Graus - Morro do Itacolomi é declarado Patrimonio Cultural no RS». 28 de março de 2004. Consultado em 25 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 31 de maio de 2013 

Ligações externas editar