Ocupação holandesa de Angola

A ocupação holandesa de Angola, denominada oficialmente Loango-Angola,[1] data de 25 de agosto de 1641 quando o Almirante Cornelis Jol [2] invade o território apoiado por 18 navios. A população de Luanda foge para norte, por ordem do governador, para o Forte de Massangano. A ocupação holandesa ira durar até 1648, data em que o rei D. João IV de Portugal envia Salvador Correia de Sá e Benevides para libertar o território.[3]

Família nativa em primeiro plano à frente de sua casa. Atrás da casa, uma bandeira da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais está hasteada sob uma fortificação de Luanda e, ao fundo, a Rainha Ana de Sousa Ginga está a cavalo no meio de um grupo de homens armados.

A decisão de invadir Angola deve-se ao facto de a Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais necessitar de mais escravos para levar para o Nordeste do Brasil, região que ocupavam desde 1630.[4] A intenção da Companhia seria mesmo de permanecer em Angola dados os planos existentes de construir um canal desde o rio Cuanza, a sul, até Luanda.[3][5]

Em Maio de 1648, uma frota constituída por 12 navios e 1 200 homens, liderada por Salvador Correia de Sá e Benevides, parte do Brasil, e atraca em Quicombo cerca de três meses depois; ruma depois para norte, para Luanda, onde toma a Fortaleza de São Miguel de Luanda aos holandeses, que entretanto tinham fugido, e a cidade no dia seguinte, a 15 de Agosto.[3]

Referências

  1. Ratelband, Klaas (2000). Nederlanders in West-Afrika 1600-1650. Angola, Kongo en São Tomé. Zutphen: Walburg Pers.
  2. Linda Marinda Heywood, John Kelly Thornton. «Central Africans, Atlantic Creoles, And The Foundation Of The Americas, 1585-1660». 2007. Consultado em 18 de Março de 2012 
  3. a b c Mike Stead, Sean Rorison. «Angola». 2009. Consultado em 18 de Março de 2012 
  4. Nei Lopes. «Enciclopédia brasileira da diáspora africana». 2004. Consultado em 18 de Março de 2012 
  5. Zeca Santana. «Angola: Land of Shattered Dreams». 2009. Consultado em 18 de Março de 2012