Osvaldo da Costa e Silva

político brasileiro

Osvaldo da Costa e Silva[nota 4] (Amarante, 5 de agosto de 1903[nota 3],c. 30 de novembro de 1970) foi um odontólogo e político brasileiro eleito vice-governador do Piauí em 1947.[1]

Osvaldo da Costa e Silva

Osvaldo da Costa e Silva
Vice-governador do Piauí
Período 1947-1951
Antecessor(a) Cargo vago[nota 1]
Sucessor(a) Milton Brandão
Presidente da Assembleia Legislativa do Piauí
Período 1947-1951
Antecessor(a) Cargo vago[nota 2]
Sucessor(a) Milton Brandão
Prefeito de Floriano
Período 1934-1945
Antecessor(a) Teodoro Sobral
Sucessor(a) Gonçalo Teixeira Nunes
Prefeito de Teresina
Período 1935
Antecessor(a) Luís Pires Chaves
Sucessor(a) Francisco do Rego Monteiro
Dados pessoais
Nascimento 5 de agosto de 1903
Amarante, PI
Morte 5 de novembro de 1970 (67 anos)
[nota 3]
Profissão odontólogo

Dados biográficos editar

Carreira política editar

Filho de Rodolfo Hermógenes da Costa e Silva e Veneranda Angélica de Oliveira e Silva (Dadinha). Formado em Odontologia pela Faculdade de Medicina da Bahia, elegeu-se deputado federal em 14 de outubro de 1934. Nesse mesmo ano foi eleito prefeito de Floriano, administrando a cidade até 1945, exceto no período onde foi prefeito de Teresina por quatro meses em 1935.[2] Restaurada a democracia após o Estado Novo, foi eleito vice-governador do Piauí via PSD pela Assembleia Legislativa em 1947.[3][4][nota 5] Uma vez investido no cargo, Osvaldo da Costa e Silva serviu junto ao governador José da Rocha Furtado e foi também presidente do Poder Legislativo.[1][nota 2] Em 1958 foi candidato a prefeito de Floriano, mas não venceu a eleição.[5][nota 6]

Irmão do poeta Antônio Francisco da Costa e Silva e tio do diplomata Alberto da Costa e Silva, tem dois parentes na políticaː é cunhado de Alarico Pacheco, eleito deputado federal pelo Maranhão em 1945, e sogro de Ferreira de Castro, eleito vice-governador do Piauí em 1954.[6][7][8]

Vida pessoal editar

Foi casado com duas filhas da fazendeira Maria Madeira Coêlho Nunesː a primeira, Iracema Nunes da Costa e Silva, morreu de eclampsia na gravidez do primeiro filho, e a segunda, para manter as tradições familiares, Rosa Nunes da Costa e Silva, com esta tendo quatro filhas e dois filhos, um falecido ainda criança, sendo eles: Iracema da Costa e Silva de Castro, Lígia da Costa e Silva Miranda, Orminda da Costa e Silva Ribeiro, Eduardo da Costa e Silva e Rodolfo da Costa e Silva. Também poeta, orador e escritor, Oswaldo da Costa e Silva foi ainda prefeito de Teresina no período de 17/05/1935 a 14/09/1935, deixando o cargo para candidatar-se à prefeitura de Floriano quando disputou eleições com Raimundo Mamede de Castro, vencendo-o e tornando-se prefeito desta cidade.

Notas

  1. Humberto de Areia Leão foi eleito vice-governador do Piauí em 1928 na chapa de João de Deus Pires Leal, deposto pela Revolução de 1930, que nomeou Areia Leão como o primeiro dos dez interventores no governo estadual até a eleição de José da Rocha Furtado em 1947. Pouco depois a Assembleia Legislativa do Piauí recriou o cargo de vice-governador elegendo Osvaldo da Costa e Silva para ocupá-lo.
  2. a b A partir de 1947, o cargo de presidente da Assembleia Legislativa do Piauí caberia ao vice-governador do estado, direito revogado em 1975.
  3. a b Até este instante, não foi possível determinar o seu local de falecimento.
  4. Esta grafia ficou corrente em razão do Formulário Ortográfico de 1943 e depois devido ao Acordo Ortográfico de 1990 adotado no Brasil em 2015. No entanto, ainda existem registros com a grafia original Oswaldo da Costa e Silva, que pode ser adotada licitamente em âmbito privado.
  5. Mediante previsão constitucional análoga à eleição de Nereu Ramos como vice-presidente da República pela Assembleia Nacional Constituinte no mesmo dia em que promulgaram a Constituição de 1946. Conforme o Diário de S.Luiz, Osvaldo da Costa e Silva foi eleito vice-governador após promulgarem a Constituição Estadual de 1947 "em primeiro escrutínio, por absoluta maioria de votos" num pleito onde a bancada da UDN votou em branco.
  6. Por imprecisões, falhas, omissões e ausência de dados no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, não foi possível confirmar a qual partido pertencia Osvaldo da Costa e Silva em 1958.

Referências

  1. a b SANTOS, Lourival de Carvalho (2021). Cronologia Histórica da Assembleia Legislativa do Piauí (PDF). Teresina: Assembleia Legislativa do Piauí. p. 46 
  2. SOARES, Nildomar da Silveira. Leis Básicas do Município de Teresina. 3. ed. Teresina: Jolenne, 2001.
  3. BRASIL. Presidência da República. «Constituição de 1946». Consultado em 28 de março de 2022 
  4. Redação (26 de agosto de 1947). «Notícias do Piauí. Caderno Único, p. 03». bndigital.bn.gov.br. Diário de S.Luiz. Consultado em 16 de abril de 2022 
  5. BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições Anteriores». Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  6. BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Alarico Pacheco no CPDOC». Consultado em 3 de abril de 2022 
  7. Redação (26 de agosto de 1947). «Notícia fúnebre: Dona Sinhá Pacheco. Caderno Único – p. 04». bndigital.bn.gov.br. O Combate. Consultado em 3 de abril de 2022 
  8. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Ferreira de Castro». Consultado em 3 de abril de 2022