Pacamão

Nome popular a várias espécies de uma família de peixes

Pacamão (Batrachoides surinamensis) é o nome popular de também 5 espécies de peixes actinopterígeos marinhos do Brasil, que fazem parte da família Batrachoididae, onde se classificam mais 69 espécies em 19 géneros no mundo todo.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPacmam
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Batrachoidiformes
Família: Batrachoididae

Nomes editar

No Brasil, a espécie também é chamada de peixe-sapo, tamboril, pacamã, pacamão ou peixe-cuíca dependendo da região. É um peixes de couro, demersal, de vivência piscívora, cabeça grande e achatada, de cores pardas, capazes de se enterrar parcialmente, se camuflando no substrato marinho de onde surpreende suas presas em velozes ataques. Podem chegar a 57 cm de comprimento. De aparência monstruosa semelhante um sapo. O nome encontra sua origem no tupi Pacamo.[1]

Sistemática editar

O nome científico por extenso (com autor) deste táxon é Batrachoides surinamensis (Bloch & Schneider, 1801).[2]

A espécie foi originalmente classificada no gênero Batrachus sob o protônimo Batrachus surinamensis pelos naturalistas alemães Marcus Élieser Bloch e Johann Gottlob Schneider, em 1801.[2]

Esse táxon tem os seguintes nomes vernáculos ou padronizados em francês: "Crapaud guyanais", "Poisson crapaud", "Poisson guyanais" e "Batrachoïde du Suriname".

Batrachoides surinamensis tem como sinônimos:

  • Batrachoides tau Lacepède, 1800
  • Batrachus surinamensis Bloch & Schneider, 1801
  • Inglês: Ballcat, Frogfish
  • Francês: Poisson Crapaud, Crapaud Guyanais, Poisson Guyanais
  • Español: Sapo Guayanes, Sapo Guayanés

Distribuição editar

B. surinamensis é uma espécie encontrada no Oceano Atlântico ocidental do Caribe e ao longo da costa da América do Sul, de Honduras a Salvador, no Brasil. É uma espécie encontrada na costa e em estuários. Desde 2009, essa espécie não foi submetida a nenhuma ameaça que interrompesse sua integração em sua área de distribuição (Lista Vermelha da IUCN).[carece de fontes?]

Ecologia editar

Meio ambiente   editar

Essa espécie, como muitos outros Batrachoides, é encontrada principalmente nas águas salobras dos estuários. Ela se movimenta pouco e permanece no fundo. Portanto, é caracterizada como um peixe demersal. Gosta particularmente de fundos arenosos e lamacentos rasos, entre 1 e 36 m, onde encontra as presas das quais se alimentará.[carece de fontes?]

Características morfológicas   editar

B. surinamensis é a maior espécie de Batrachoides registrada até hoje, medindo até 57 cm e pesando 2,3 kg. Geralmente tem cerca de 30 cm de comprimento. Esse peixe tem uma cabeça larga característica do gênero, olhos pequenos e uma formação escamosa muito proeminente no meio da cabeça (área escura no desenho da cabeça). Seu corpo é marrom, pontilhado com manchas pretas em forma de cavalo de sela. Possui três espinhos dorsais seguidos de 28 a 30 raios moles que formam a nadadeira dorsal. A nadadeira anal tem de 25 a 27 raios moles. As regiões supraorbital e interorbital são lisas e desprovidas de filamentos.[carece de fontes?]

Fecundidade   editar

B. surinamensis é uma espécie ovípara que atinge a maturidade sexual com 20 cm de comprimento para as fêmeas e 25 cm para os machos. Os ovos têm cerca de 4 a 5 mm de diâmetro e as fêmeas põem entre 400 e 500 ovos.[carece de fontes?]

Dieta   editar

B. surinamensis é um predador de emboscada que espera pacientemente nas profundezas que suas presas - pequenos crustáceos (caranguejos, camarões, etc.), moluscos (principalmente gastrópodes) e outros peixes - se aproximem antes de devorá-las rapidamente.[carece de fontes?]

Valorização editar

Essa espécie é inofensiva para os seres humanos. Ela pode ser encontrada nas prateleiras das peixarias locais e também é o deleite de alguns aquaristas apaixonados.[carece de fontes?]

Referências

  1. D'ABBEVILLE, Claude (2008). História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. Brasília: Senado Federal. p. 262. 403 páginas 
  2. a b «Modèle:Bioref». Wikipédia (em francês). 3 de abril de 2020. Consultado em 24 de junho de 2023 

Ligações externas editar