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Anarquismo é uma ideologia política revolucionária que se opõe a todo tipo de dominação e hierarquia social, seja ela política, econômica, social ou cultural, como o Estado, o capitalismo, as instituições religiosas, o racismo, o sexismo e o patriarcado; o anarquismo também defende a autogestão, baseando-se fundamentalmente numa crítica da dominação. Os anarquistas defendem uma transformação social fundamentada em estratégias coerentes com seus fins, ou seja, através de movimentos e organizações libertárias e igualitárias nos moldes da sociedade que pretendem construir. Essas estratégias deverão permitir a transformação do sistema capitalista e estatista.
O anarquismo surgiu na segunda metade do século XIX, a partir da radicalização do mutualismo de Pierre-Joseph Proudhon no seio da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), durante o final da década de 1860. Entre 1868 e 1894, o anarquismo já havia se desenvolvido significativamente e também havia sido difundido globalmente, e exerceu, até 1949, grande influência entre os movimentos operários e revolucionários, embora tenha continuado a exercer influência significativa em diversos movimentos sociais do período pós-guerra até a contemporaneidade, entre fluxos e refluxos. As posições dos anarquistas são heterogêneas e o anarquismo tem sido marcado por diversos debates e divergências. Os debates mais relevantes se dão em torno da defesa da autogestão e da estratégia. Com base em discussões estratégicas acerca da organização anarquista, das lutas de curto prazo e da violência, estabelecem-se duas correntes do anarquismo: o anarquismo insurrecionário e o anarquismo social ou de massas. O anarquismo insurrecionário afirma que as lutas de curto prazo por reformas e que os movimentos de massa organizados são incompatíveis como anarquismo, dando ênfase à propaganda pelo ato como o principal meio para despertar uma revolta espontânea revolucionária. Já o anarquismo social ou de massas enfatiza a noção de que apenas movimentos de massa podem ser capazes de provocar a transformação social desejada pelos anarquistas, e que tais movimentos, constituídos normalmente por meio de lutas por reformas e questões imediatas, devem contar com a presença dos anarquistas, que devem trabalhar no sentido de radicalizá-los e transformá-los em agentes revolucionários.
Artigo em Destaque
Cipriano Ricardo Flores Magón (1874 — 1922) foi um dos mais notáveis anarquistas nascidos no México. Possuiu vasto conhecimento acerca das reflexões propostas pelos grandes teóricos do século XIX entre estes - Mikhail Bakunin, Pierre-Joseph Proudhon, Max Stirner e Elisée Reclus, bem como da obra dos socialistas Karl Marx, Henrik Ibsen, inspirando-se sobretudo, nas idéias de Piotr Kropotkin na construção de sua própria concepção de luta revolucionária. Dialogou com Charles Malato, Errico Malatesta, Anselmo Lorenzo, Emma Goldman, Fernando Tarrida del Mármol dos quais era contemporâneo. Junto com outros foi fundador e redator do periódico libertário Regeneración bem como do movimento revolucionário conhecido como Partido Liberal Mexicano. Suas idéias tiveram profundo impacto no contexto em que viveu sendo também profundamente impactadas pela realidade dos povos do México. Sempre atribuiu grande valor ao senso de comunidade e de autonomia existente entre os povos indígenas, militando constantemente em seu favor. Suas reflexões e atos contra a tirania latifundiária defendida ferrenhamente pela ditadura de Porfirio Díaz, levaram à emergência da Revolução Mexicana.
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