Rio Jacuípe (Paraíba)

curso d'água

O rio Jacuípe é um curso d'água que banha o estado da Paraíba, no Brasil. Principal formador do rio Soé, o Jacuípe tem, como afluente mais importante, o Mangereba.[1] Seu vale está coberto por vários projetos agrícolasː entre eles, canaviais explorados pela Usina Destilaria Japungu.[2]

Rio Jacuípe
Comprimento (aprox.) 30 km
Posição: oeste–leste
Nascente Taboleiro de Santana (próx. BR-101)
Foz rio Soé
País(es)  Brasil
Jacu, ave que, pela abundância de outrora, deu nome ao rio

História editar

Etimologia editar

Segundo o historiador Teodoro Sampaio, o termo Jacuípe vem do tupi e significa "[no] rio dos jacus", provavelmente em virtude da abundância dessas aves à beira do rio em épocas remotas.[3][4]

Povoamento da região editar

Na época da descoberta e ocupação portuguesas da Paraíba, nos séculos XVI e XVII, toda área da bacia do Jacuípe era ocupada por aldeias potiguaras. Nos idos de 1630, época da ocupação holandesa na Paraíba, os aldeamentos de Jacuípe e Pontal receberam, de volta, os índios que, então, estavam no entorno da Guia.[5]

O vale do rio já foi, outrora, coberto de mata atlântica, segundo se lê em vários relatos bibliográficos,[6] como na citação de Irineu Joffily no livro Notas sobre a Parahyba, de 1892:

Os taboleiros acompanham todo o litoral do estado [da Paraíba], com mais ou menos largura, divididos sempre pelos vales dos rios e riachos que os atravessam (...) esses taboleiros arenosos, cortados pelos estreitos e sombrios vales de dois ou três ribeiros, dos quais é mais importante o Jacuípe, bem conhecido pela pureza de suas águas e pelas patativas que criam as matas de seus vales.[5]

Na década de 1950, o então deputado federal Flávio Ribeiro Coutinho pleiteou, junto ao Congresso Nacional, em Brasília, a drenagem dos rios Jacuípe e Miriri.[7]

Ligações externas editar

Referências

  1. PEREIRA, Levy (16 de janeiro de 2013). «Nhĩajerèba (rio)». BiblioAtlas – Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Consultado em 9 de agosto de 2014. Arquivado do original em 11 de fevereiro de 2015 
  2. LIMA, Eduardo R.V. (1984). «Expansão canavieira e transformações no espaço agrário do município de Santa Rita (...)» (PDF). Universidade Federal da Paraíba. Consultado em 11 de fevereiro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 11 de agosto de 2014 
  3. JOSÉ, Angela (1999). Olney São Paulo e a peleja do cinema sertanejo. [S.l.]: Quartet. 208 páginas. ISBN 9788585696191 
  4. LINDOSO, Dirceu (2005). A utopia armada: rebeliões de pobres nas matas do Tombo Real (1832-1850). [S.l.]: UFAL. 410 páginas. ISBN 9788571772120 
  5. a b JOFFILY, Irineu (1892). Notas sobre a Parahyba. [S.l.]: Typographia do «Jornal do Commercio» de Rodrigues. 255 páginas 
  6. YAMAMOTO, Mª Emília; et al. (1993). A primatologia no Brasil, Volume 4. [S.l.]: Editora Universitária (UFRN) 
  7. Dpto. de Comunicação (1968). Anais da Câmara dos Deputados. [S.l.]: Departamento de Imprensa Nacional 
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