The Good Die Young

filme de 1954 dirigido por Lewis Gilbert

The Good Die Young (bra: Os Bons Morrem Cedo)[3][4][5] é um filme noir britânico de 1954, do gênero drama criminal, dirigido por Lewis Gilbert, e estrelado por Laurence Harvey, Gloria Grahame, Richard Basehart, Joan Collins, John Ireland, Rene Ray, Stanley Baker, Margaret Leighton e Richard Morley.[6] O roteiro de Vernon Harris e do próprio Gilbert foi baseado no romance homônimo de 1953, de Richard Macaulay.[1]

The Good Die Young
The Good Die Young
Cartaz promocional estadunidense do filme.
No Brasil Os Bons Morrem Cedo
 Reino Unido
1954 •  p&b •  98 min 
Gênero noir
drama criminal
Direção Lewis Gilbert
Produção John Woolf
Jack Clayton
Roteiro Vernon Harris
Lewis Gilbert
Baseado em The Good Die Young
romance de 1953
de Richard Macaulay
Elenco Laurence Harvey
Gloria Grahame
Richard Basehart
Joan Collins
John Ireland
Rene Ray
Stanley Baker
Margaret Leighton
Richard Morley
Música Georges Auric
Cinematografia Jack Asher
Direção de arte Bernard Robinson
Efeitos especiais Bryan Langley
Reg Johnson
Figurino Joan Carpenter
Edição Ralph Kemplen
Companhia(s) produtora(s) Remus Films
Distribuição Independent Film Distributors (Reino Unido)
United Artists (Estados Unidos)
Lançamento
  • 2 de março de 1954 (1954-03-02) (Reino Unido)[1][2]
Idioma inglês

A trama retrata a história de quatro homens em Londres, sem passado criminoso, cujos casamentos e finanças estão desmoronando e, ao se encontrarem em um pub, são tentados a resolver suas situações através de um assalto.[7]

Sinopse editar

Em Londres, quatro homens de índole questionável se veem compelidos a buscar dinheiro e acabam se envolvendo em um plano arriscado para assaltar um furgão dos correios carregado de dinheiro. Joe Halsey (Richard Basehart), um veterano estadunidense, sonha em usar sua parte do saque para reconquistar o amor de Mary Halsey (Joan Collins), sua esposa dominada pela mãe, e levá-la da Europa para os Estados Unidos. Mike Morgan (Stanley Baker), um boxeador profissional em decadência, precisa da quantia após ficar incapacitado devido a uma lesão na mão e ter suas economias roubadas por seu desonesto cunhado. Eddie Blaine (John Ireland), um sargento da Força Aérea, necessita do dinheiro após desertar ao descobrir a infidelidade de sua esposa, a atriz Denise Blaine (Gloria Grahame). E o cavalheiro aristocrata falido, Miles "Rave" Ravenscourt (Laurence Harvey), outrora condecorado na guerra, agora um mulherengo e jogador compulsivo, que depende desesperadamente de mais dinheiro para quitar suas dívidas de jogo e manter seu estilo de vida luxuoso às custas de sua esposa rica, Eve Ravenscourt (Margaret Leighton).

Elenco editar

  • Laurence Harvey como Miles "Rave" Ravenscourt
  • Gloria Grahame como Denise Lake Blaine
  • Richard Basehart como Joe Halsey
  • Joan Collins como Mary Halsey
  • John Ireland como Eddie Blaine
  • Rene Ray como Angela Morgan
  • Stanley Baker como Mike Morgan
  • Margaret Leighton como Eve Ravenscourt
  • Robert Morley como Sir Francis Ravenscourt, o pai de Miles
  • Freda Jackson como Sra. Freeman, a mãe de Mary
  • James Kenney como David, o irmão de Angela
  • Susan Shaw como Doris
  • Lee Patterson como Tod Maslin
  • Leslie Dwyer como Stookey
  • Patricia McCarron como Carole
  • George Rose como Bunny
Não-creditados
  • Walter Hudd como Dr. Reed
  • Alf Hinds como Milton
  • MacDonald Parke como Sr. Carruthers
  • Marianne Stone como Molly
  • Harold Siddons como Doutor
  • Patricia Owens como Winnie
  • Edward Judd como Ron Simpson

Produção editar

O filme foi produzido pela empresa Romulus dos irmãos Woolf, conhecida por criar filmes britânicos para o mercado internacional, o que incluía o uso de estrelas estadunidenses.[8] O diretor Lewis Gilbert relatou que James Woolf descobriu o romance no qual o filme foi baseado e deu a ele, porém insistiu que Laurence Harvey fosse escalado para o papel.[9]

As filmagens começaram em 28 de setembro de 1953.[10]

O romance era originalmente ambientado em Beverly Hills, mas para o filme foi mudado para Londres.[11] As filmagens aconteceram em locações em Londres e na Shepperton Studios, em Surrey, na Inglaterra, com outras cenas mostrando aeronaves Boeing 377 Stratocruiser da Pan American World Airways no Aeroporto de Heathrow e na District do metrô de Londres, próximo a Barbican. Os cenários foram elaborados pelo diretor de arte Bernard Robinson.[1]

O banco britânico que financiou o filme exigiu que o roubo do banco descrito no romance fosse alterado para um assalto aos correios no filme.[12] Gilbert afirma que os personagens não puderam usar armas devido à censura.[13]

Posteriormente, Laurence Harvey se casou com Margaret Leighton, que interpretou sua esposa no filme. Kirk Douglas visitou Gloria Grahame e John Ireland no set e apareceu no filme como um figurante, como uma brincadeira.[14]

Lançamento editar

O filme estreou no Reino Unido em 2 de março de 1954, com um lançamento geral em 5 de abril.[1][2] No ano seguinte, a produção foi lançada nos Estados Unidos pela United Artists, e na França pela Cinédis.[2]

Lewis Gilbert diz que o filme "foi muito bem" e "teve um bom sucesso nos Estados Unidos" por causa do elenco conhecido.[13]

Recepção editar

Em críticas contemporâneas, o periódico The Monthly Film Bulletin escreveu: "O diretor Lewis Gilbert mais uma vez exibe um talento para apresentações caleidoscópicas e coroa o retrato comovente e envolvente da vida em Londres com tiroteios de rua arrepiantes e emocionantes perseguições em trilhos de trem elétrico. Terno e violento por vezes, ele prenderá as massas às suas cadeiras".[15] O jornal comercial Kinematograph Weekly afirmou: "Melodrama romântico criminal de alta voltagem, inspirado em um recente roubo de correspondência sensacional ... Um elenco prodigioso e anglo-americano atende a todas as demandas de atuação, e a direção é ao mesmo tempo franca e imaginativa".[16] A revista Variety disse: "Há uma grande seleção de talentos neste filme britânico independente, mas a realização não corresponde totalmente às expectativas. Embora haja basicamente um tema dramático tenso, o tratamento improvisado, necessário pelo tipo de história, rouba o filme de parte de seu suspense e valor".[17]

No livro "British Sound Films: The Studio Years 1928–1959", David Quinlan classificou o filme como "mediano", descrevendo-o como "suspense sombrio".[18]

Leslie Halliwell escreveu em seu livro: "Melodrama melancólico de estrelas que estabeleceram um padrão para tais coisas; o que vale a pena esperar é pela perseguição climática pelas estações de metrô".[19]

O Guia de Filmes da revista Radio Times deu ao filme 3/5 estrelas, chamando-o de "um suspense de assalto britânico bem elaborado, dirigido de forma atmosférica por Lewis Gilbert".[20]

Referências

  1. a b c d «The Good Die Young (1954)». British Film Institute Catalog. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  2. a b c Speed, F. Maurice (1 de janeiro de 1954). Film Review: 1954–1955 (em inglês). [S.l.: s.n.] ASIN B0006DMVYY. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 – via Amazon 
  3. «Os Bons Morrem Cedo (1954)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  4. «Diário da Tarde (PR) – 1899 a 1983 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 23 de setembro de 1959. p. 8. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  5. «Tribuna da Imprensa (RJ) – 1949 a 1959 – DocReader Web». Brasil: Hemeroteca Digital Brasileira. 11 de junho de 1956. p. 5. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  6. «The Good Die Young (1954)». Screenonline. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  7. Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874 
  8. «GLORIA TO MAKE A BRITISH FILM». The Daily Telegraph. XIV 44 ed. Nova Gales do Sul, Austrália. 20 de setembro de 1953. p. 38. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 – via Biblioteca Nacional da Austrália 
  9. Fowler, Roy (1996). «Lewis Gilbert Side 11». British Entertainment History Project. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  10. M. Pryor, Thomas (19 de agosto de 1953). «KAYE AND CROSBY TEAMED IN MOVIE: Comedian Signs at Paramount to Replace O'Connor, III – Script Will Be Changed» . The New York Times (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  11. «Studios Show Interest in 'Good Die Young'». Los Angeles Times. Los Angeles, Califórnia. 29 de janeiro de 1950. p. 84. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  12. «Lewis Gilbert Interview». Cinema Retro 19 ed.  
  13. a b Fowler, Roy (1996). «Lewis Gilbert Side 6». British Entertainment History Project. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 
  14. «HOLLYWOOD DIARY». The World's News 2733 ed. Nova Gales do Sul, Austrália. 8 de maio de 1954. p. 28. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 – via Biblioteca Nacional da Austrália 
  15. «Come Back, Peter». The Monthly Film Bulletin. 38 444 ed. Londres. 1 de janeiro de 1971. p. 46. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 – via ProQuest 
  16. Billings, Josh (4 de março de 1954). «The Marked One». Kinematograph Weekly. 444 2436 ed. p. 20. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 – via ProQuest 
  17. «The Good Die Young». Variety. 194 2 ed. 17 de março de 1954. pp. 6, 22. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 – via ProQuest 
  18. Quinlan, David (1984). British Sound Films: The Studio Years 1928–1959. Londres: Batsford Books. p. 316. ISBN 978-0713418743. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 – via Google Livros 
  19. Halliwell, Leslie (1 de fevereiro de 1980). Halliwell's Film Guide segunda ed. Londres: ‎Charles Scribner's Sons. p. 414. ISBN 978-0684164670. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 – via Amazon 
  20. Radio Times Guide Films décima oitava ed. Londres: Immediate Media Company. 29 de setembro de 2017. p. 376. ISBN 978-0992936440. Consultado em 16 de fevereiro de 2024 – via Amazon 

Ligações externas editar