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Carolline Sardá Loz (Canoinhas, 9 de junho de 1997), conhecida como Carolline Sardá ou Carol Sardá, é uma ativista, criadora de conteúdo feminista e militante filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). É militante do Movimento Feminista pela Diversidade e também integra a equipe que fomenta as batalhas de poesia no Slam Guará em Joinville. Em 2022, é candidata à Deputada Estadual de Santa Catarina.

Biografia editar

Carolline Sardá nasceu em Canoinhas em Santa Catarina, sua mãe era pedagoga e seu pai trabalhava com computação.

Em 1999, Carolline se mudou com a família para Rio do Sul onde estudava em período integral no Colégio Dom Bosco. No mesmo ano, mudou-se para Balneário Camboriú devido ao trabalho do pai que começou a trabalhar vendendo ternos para o seu tio que é alfaiate e sua mãe foi transferida para trabalhar como orientadora educacional no colégio estadual em Camboriú, o E.E.B Maria Terezinha Garcia.

Seus pais se separaram quando era pequena, por este motivo, na maior parte do tempo Carolline acompanhava sua mãe no trabalho e via as necessidades que os professores e alunos passavam na educação pública sem o devido apoio do estado.

Foi em Balneário Camboriú que Carolline começou a estudar no colégio Raízes, depois estudou no Centro Educacional Dinâmico, fez o ensino fundamental no colégio Áster e depois foi bolsista no colégio Energia.

Em 2014, concluiu o Ensino Médio como bolsista no Colégio Unificado. Na parte do matutino ela estudava e na parte do vespertino ela trabalhava como auxiliar de coordenação no colégio.

No Colégio Unificado, Carolline Sardá e mais alguns colegas criaram uma turma de voluntários que faziam teatro em asilos, orfanatos e hospitais com os Doutores da Alegria.

Em 2015, ingressou na graduação em Publicidade e Propaganda na Universidade do Vale do Itajaí, e no ano seguinte, em 2016, se mudou para Itajaí.

Desde os 18 anos, Carolline Sardá trabalhou como vendedora no shopping. E também foi no shopping que viu como o trabalhador pode ser explorado ao limite. Em uma de suas entrevistas em um podcast, conta que:

A maioria dos vendedores e atendentes de loja não sabiam seus direitos trabalhistas, dobravam nos finais de semana para bater meta, faziam hora extra sem serem pagos por isso, recebiam ameaças de gerente de demissão por justa causa sem terem feito nada que os demitisse, trabalhavam até tarde da noite em Dezembro que é um período de festas e tem até vendedores que chegaram a ter ´burnout´ por serem pressionado com metas absurdas para ganhar salários irrisórios. Muitos vendedores eram enganados por gerências que falavam que quanto mais trabalhava, mais dinheiro recebia”

Não chegou a concluir o Ensino Superior, visto que, no período em que eu estudava, também trabalhava como vendedora em uma loja do shopping no período matutino e vespertino, além de trabalhar como garçonete em um restaurante alemão no período noturno.

O ano de 2016 foi um dos anos mais difíceis de sua vida. Foi o ano em que sofreu uma violência sexual, tentou denunciar na delegacia da mulher de Balneário Camboriú e foi humilhada e culpabilizada. No podcast "Senta Direito Garota" em que participou falando sobre feminismo, Carolline relata todos os abusos que sofreu e por qual motivo ingressou na militância feminista.

Um ano depois, mudou de cidade para mudar de vida e superar os traumas vivenciados devido a violência sexual que vivenciou em Balneário Camboriú.

Em 2017 mudou-se para Joinville e a "Cidade das Flores" transformou sua vida e a sua realidade. Carolline buscava novas oportunidades de emprego e um novo sentido para a sua vida na cidade.

Carolline Sardá continuou trabalhando como vendedora e operadora de caixa por um tempo até encontrar novas oportunidades de emprego.

Em 2019, fez uma entrevista para entrar no time comercial da KNN Idiomas e por conta do seu nível avançado de inglês, foi convidada para ser teacher. Foi na escola de inglês que aprendeu muito sobre didática e como ensinar para os diferentes tipos de idades dos alunos.

Porém, foi no mesmo ano que recebeu uma oportunidade de trabalhar na área que começou a faculdade. Foi qualificada para uma entrevista como assistente de marketing em uma das maiores empresas de franquias da área da limpeza do país, a Ecoville. Foi nessa empresa que aplicou boa parte do que aprendeu na faculdade, ao ponto de ser promovida um mês depois como coordenadora de marketing.

Nesse período como coordenadora, sua mãe estava com graves problemas de saúde, Carolline estava lutando contra a depressão e acabou saindo do emprego para poder cuidar da própria saúde e da saúde da família. Uma decisão difícil, mas que foi valiosa para sua trajetória e para o que viria em seguida na sua vida.

No final de 2019, Carolline Sardá foi chamada para trabalhar como social media na agência de publicidade Sagra Comunicações.

Foi na Sagra que desenvolveu sua experiência na comunicação, aprendeu marketing digital, além de ter coordenado e direcionado a equipe. Nessa agência de publicidade, Carolline foi redatora, social media, designer, diretora de arte… Até chegar a pandemia do COVID-19 no Brasil em 2019 e virar oficialmente autônoma.

Militância e ativismo editar

Desde 2018 Carolline Sardá já criava conteúdo no Instagram, porém não estavam em seus planos virar uma criadora de conteúdo tão conhecida.

No começo, seu perfil era feito de ilustrações digitais feministas que explicavam feminismo de forma bem humorada. Com a necessidade das pessoas que a seguiam e a pedidos da audiência que ia crescendo a cada dia, Carol começou a explicar os conceitos dos livros feministas que lia nas horas vagas. Essa "democratização do conhecimento feminista" virou sua marca registrada nas redes sociais.

Foi em 2020 que o perfil da Carol viralizou no TikTok e seus vídeos começaram a alcançar milhões de pessoas assistindo e compartilhando pelo Brasil e pelo mundo. Atualmente, contabiliza mais de meio milhão de seguidores na plataforma de vídeos.

Há 2 anos as pessoas a seguem nas redes por conta do seu conteúdo que é didático, simples e assertivo. Ficou conhecida por desmentir falácias antifeministas e por promover debates polêmicos com conservadores e antifeministas em lives durante a pandemia. Desenvolveu e-books de feminismo, materiais rebatendo antifeministas, construiu um curso guiado para iniciantes chamado "Jornada Feminista" onde guia centenas de pessoas a estudar feminismo.

Em 2020, começou a integrar o Slam Joinville, que atualmente se chama Slam Guará, articulando batalhas de poesia em Joinville com os poetas da região. Dessa maneira, incentivam-se artistas a continuarem criando e produzindo a cultura na cidade.

Em 2021, começou a integrar o Movimento Feminista pela Diversidade, coletivo feminista que reivindica pautas feministas em Joinville, constrói atos, articula manifestações com outros coletivos e lideranças da região. Nessa organização feminista, ocorreram atos e foram coletadas denúncias contra um médico psiquiatra e clinico geral que trabalhava no posto de saúde no bairro Iririú em Joinville, e que fora condenado a 12 anos de prisão por ter abusado de pacientes. Uma conquista do Movimento Feminista pela Diversidade em nome das vítimas do médico.

Em 2022 se filiou ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) com a decisão de integrar o partido, construir soluções e participar de uma organização política que acreditasse no seu propósito com as mulheres e crianças. Foi nesse mesmo ano que decidiu entrar nas eleições estaduais para ampliar a voz das mulheres dentro da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e fazer a mudança acontecer no estado.

Produções feministas editar

Guia do Feminismo para Iniciantes editar

E-book desenvolvido a partir do fichamento de artigos, livros, conceitos, introduções, citações de teóricas feministas e pesquisadoras feministas, compilados com a função de direcionar os estudos de quem estava começando a aprender feminismo e encontrava informações desconexas nas pesquisas do Google. Foi uma forma de informar quem estava sendo enganado pela teoria da conspiração antifeminista.

Guia para Desmentir Antifeministas editar

Com a propagação de desinformação e mentiras sobre o movimento feminista, Carolline Sardá desenvolveu um e-book com cinquenta mentiras antifeministas rebatidas com documentos históricos, artigos, livros e fontes oficiais de sites do governo. Desde então, milhares de feministas tem se informado sobre as conspirações do antifeminismo e tem combatido nas redes as desinformações propagadas por antifeministas. Nas redes sociais, Carolline é conhecida como "terror das antifeministas" por ter desmentido todas as conspirações inventadas pelas antifeministas na internet e já ter rebatido o livro inteiro "Feminismo: Perversão e Subversão", da deputada estadual antifeminista, Ana Caroline Campagnolo.

Jornada Feminista editar

Um curso de feminismo para iniciantes guiado pela ativista feminista Carolline Sardá. No curso, a feminista explica desde os conceitos básicos de feminismo, misoginia, sexismo, machismo, até a história de desenvolvimento e estruturação do patriarcado, além de explicar toda a história das mulheres, desde a Pré-História, idade antiga, idade média, idade moderna até chegar na idade contemporânea e explicar sobre a primeira, segunda, terceira e a quarta onda feminista. Não só isso, a ativista ainda explica sobre sufrágio feminino, marchas feministas, campanhas feministas como o #MeToo, entre outros conteúdos que guiam o estudo de quem está começando a aprender feminismo. No curso, a feminista convida outros especialistas em assuntos conectados ao feminismo para ensinar seus alunos.