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IAC - Instituto de arte contemporânea
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logotipo Sula Danowski - Danowisk Design
Tipo Nucleo de documentação e pesquisa e Espaço Expositivo

Fundadora Raquel Arnauld

Inauguração 1997 (27 anos)
Presidente Luiz Müssnich
Website http://www.iacbrasil.org.br/
Geografia
País  Brasil
Cidade São Paulo

O IAC - Instituto de Arte Contemporânea de São Paulo foi idealizado em 1996,um projeto da galerista Raquel Arnaud. Com a finalidade de preservar, catalogar difundir a obra de artistas brasileiros de tendência construtiva. O objetivo do IAC- Instituto de Arte Contemporânea é tornar-se um centro de referência documental e histórica. Com um Núcleo de Documentação e Pesquisa que recolhe e organiza material bibliográfico de fontes primárias, não só dos próprios artistas como do que se produziu sobre eles. O acervo documental referente aos artistas representados pelo IAC é de importância inestimável para a história da arte e da cultura brasileira, especialmente, a partir da segunda metade do século XX.

Atualmente o IAC – Instituto de Arte Contemporânea é responsável pela documentos e registros de artistas como: Sergio Camargo (1930-1990), Willys de Castro (1926-1988), Sérvulo Esmeraldo (1929), Lothar Charoux ( 1912-1987), Luiz Sacilotto ( 1924- 2003) e Iole de Freitas ( 1945).

História editar

A instituição sem fins lucrativos para a realização e concretização de seu real projeto, necessitava de uma sede própria. E a construção desta era de fundamental importância para abrigar devidamente seu núcleo de documentação e pesquisa. Com o apoio de projetos e leis de incentivo, junto a um convênio firmado com a Universidade de São Paulo – USP, o IAC – instituto de arte contemporânea deu início à reforma do edifício Joaquim Nabuco – uma construção da década de 1920, onde funcionou de 1949 a 1968 a antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras FFLCH, palco de acontecimentos políticos e culturais relevantes na história do país. E que desde a transferência da Universidade de São Paulo – USP para a cidade universitária no Butantã encontrava-se desativado. No 2000, iniciou-se o projeto de reforma e restauro do edifício com o projeto concebido pelo escritório UNA Arquitetos premiados para realização deste projeto que unificaria o Centro Universitário Maria Antônia, TUSP, IAC- instituto de arte contemporânea criando assim um complexo cultural na conhecida e histórica rua Maria Antônia. Em janeiro de 2004 o IAC – instituto de arte contemporânea implanta seu Núcleo de Documentação e Pesquisa no então edifício Joaquim Nabuco. Com uma equipe composta de profissionais de diferentes áreas do conhecimento – museólogos, historiadores, artistas plásticos e profissionais da comunicação preparados para o processamento técnico do acervo, elaboração de instrumentos de pesquisa, conservação, catalogação e atendimento ao público à documentação histórica referente aos artistas que constituem, atualmente, seu objeto de estudo. Em 2011, o fim do comodato entre IAC-instituto de arte contemporânea e a Universidade de São Paulo -USP, a sede foi transferida, após convite do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, para o 1º andar da Rua Dr. Álvaro Alvim, 90. Agora em uma nova sede o IAC – instituto de arte contemporânea implanta uma nova sala de catalogação, higienização e atendimento às pesquisas de acervo, uma sala de administração, adaptou os espaços existentes para receber uma sala de exposições exclusiva para apresentação de seu acervo e uma reserva técnica aparelhada com todos os recursos da conservação preventiva contemporânea.

Premiações editar

 
Premio APCA 2006

No ano de 2006 recebeu o prêmio de Melhor Iniciativa Cultural do Ano, concedido pela Associação Paulista dos Critícos de Arte - APCA. Na ocasião antes mesmo de sua inauguração oficial












Exposições editar

2000 – Mira Schendel, Sergio Camargo e Willys de Castro Curadoria de Ronaldo Brito, Centro Cultural Banco do BrasilRio de Janeiro, 21 de março – 21 de maio de 2000

2006 – Amilcar de Castro, Mira Schendel, Sergio Camargo e Willys de Castro Curadoria de Rodrigo Naves e Tiago Mesquita , primeira exposição realizada na sede do IAC – instituto de arte contemporânea. 28 de setembro – 10 de dezembro de 2006

2007/2008 – Campo Ampliado, exposição inaugural da sede do IAC – instituto de arte contemporânea. Curadoria de Paulo Sergio Duarte. 28 de novembro – 30 de março de 2008

2008/2009 – Absorção e Intimismo em Volpi Curadoria de Sônia Salzstein – 15 de outubro – 25 de janeiro de 2009

2008/2009 – Amilcar de Castro e Sergio Camargo : obras em madeira Curadoria de Taisa Palhares – 15 de outubro – 25 de janeiro de 2009

2009 – Desenho e Design : Amilcar de Castro e Willys de Castro Curadoria de Lorenzo Mammi – 07 de maio – 27 de setembro de 2009

2009/2010 – Natureza e Destino: Miguel Bakun Curadoria de Eliane Prolik – 07 de novembro – 28 de fevereiro de 2010

2009/ 2010 – Da Estrutura ao Tempo: Hélio Oiticica Curadoria de Cauê Alves – 07 de novembro – 28 de fevereiro de 2010

2010 – O Olhar do Colecionador – Coleção Tuiuiu Curadoria de Tiago Mesquita – 10 de abril – 04 de julho de 2010

2010 – Sergio Camargo – Claro Enigma Curadoria de Paulo Venâncio Filho – 15 de agosto – 24 de outubro de 2010

2010/ 2011 – Avesso do Avesso – Mira Schendel Curadoria de Cauê Alves – 20 de novembro – 27 de fevereiro de 2011

2011/2012 – “ Brasil: Figuração x Abstração no final dos anos 40” Curadoria de Gloria Ferreira – 23 de novembro – 19 de fevereiro de 2012 Local : Museu Belas Artes São Paulo – MUBA

2012/2013 – “ Deformações Dinâmicas” Curadoria de Marilúcia Bottallo – 25 de agosto – 13 de abril de 2013

2013 – Sergio Camargo – “ Construtor de Idéias – acervo documental “ Curadoria de Piedade Grinberg – 11 de maio – 28 de setembro de 2013

2013/ 2014 – Amilcar de Castro – “ Estudos e Obras” Curadoria de Rodrigo de Castro -

2014 – O Arquivo Vivo de Sérvulo Esmeraldo Curadoria: Ricardo Resende – 17 de maio – 06 de dezembro de 2014

2014 – Lothar Charoux – “ Razão e Sensibilidade” Curadoria: Maria Alice Millet – 24 de setembro – 06 de dezembro de 2014

2015 –Judith Lauand – “Os 50 Anos e a Construção da Geometria” Curadoria : Celso Fioravante


Parcerias Internacionais editar

No ano 2014, o IAC – INSTITUTO DE ARTE CONTEMPORANEA com parceria a Pinacoteca do Estado de São Paulo e a Fundação Nemirowshy organizam a mostra Resonant Space The colorhytms of Alejandro Otero (1921 – 1990) pintor e escultor Venezuelano, com a curadoria de Rina Carvajal.

Publicações editar

2010 – Preciosas coisas vãs fundamentais : escritos de Sergio Camargo / organizados por Maria Camargo e Iole de Freitas. IAC – Instituto de arte Contemporânea, São Paulo: BEI Comunicação, 2010 ISBN 978-85-7850-043-6

2012 – Willys de Castro Poemas & Prosa : IAC- Instituto de Arte Contemporânea, 2012. São Paulo:BEI Comunicação ISBN 978-85-7850-095-5

2012 – Willys de Castro : 32 poemas : IAC – Instituto de Arte Contemporânea, 2012. São Paulo : BEI Comunicação ISBN 978-85-7850-094-8

2013 –Figuração e Abstração – Brasil final dos anos 40. Gloria Ferreira ( Curadoria e Texto) São Paulo: IAC - Instituto de Arte Contemporânea

2014- Resonant Space – The Colorhythms of Alejandro Otero : Rina Carnavajal, 2014 Italia: 5 Continents Editions ISBN 978-88-7439-665-8

Artistas em salvaguarda do instituto editar

Sergio Camargo editar

Sergio Camargo nasce no Rio de Janeiro em 1930. Estuda na Academia Altamira em Buenos Aires, em 1946, com Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Na Europa, para onde viaja em 1948, faz curso livre de filosofia na Sorbonne, em Paris, estudando com Gaston Bachelard. Durante esse período, sofre o impacto da obra de Constantin Brancusi, cujo ateliê visita com frequência. O contato com as obras de Georges Vantongerloo, Hans Arp e Henri Laurens também estimularão sua produção futura. De volta ao Brasil em meados dos anos 1950, aproxima-se do pintor Milton Dacosta, que nesse momento produz suas principais obras construtivistas.

Entre 1961 e 1973 volta a residir em Paris, frequentando aulas de sociologia da arte com Pierre Francastel, na Ecole Pratique des Hautes Etudes. Nesse período, trabalha em seu ateliê de Malakoff, ao sul de Paris, e se aproxima do ateliê Soldani em Massa-Carrara, na Itália, para realizar as primeiras obras em mármore. A convite do crítico de arte inglês Guy Brett, realiza em 1964 individual na galeria Signals, em Londres, onde posteriormente introduz Lygia Clark, Hélio Oiticica e Mira Schendel, propiciando o lançamento na Europa desses artistas. No final de 1973 retorna definitivamente ao Brasil, estabelecendo-se no Rio de Janeiro, e inicia a construção de seu ateliê - projeto de José Zanine Caldas - no bairro de Jacarepaguá. A partir desse período começa a frequentar um grupo de artistas, tais como Waltercio Caldas, Iole de Freitas, Tunga, José Resende, Eduardo Sued e outros; e os críticos, Ronaldo Brito, Paulo Sergio Duarte e Paulo Venancio Filho, onde encontra um ambiente propício para discussão e reflexão, que perdurará até o fim de sua vida.

Além do Brasil, Sergio Camargo conquistou grande respeito no circuito internacional. Tem obras em museus nacionais e estrangeiros e integra conceituadas coleções privadas. Após sua morte, em dezembro de 1990, foi realizada uma exposição itinerante internacional em vários museus no exterior, de 1994 a 1996. Em 2000, comemorando os dez anos de seu falecimento, Sergio Camargo ganha um local de visitação permanente no Paço Imperial do Rio de Janeiro. O acervo documental do artista encontra-se sob a guarda do Instituto de Arte Contemporânea, em São Paulo.

Willys de Castro editar

 

Conhecido por uma atuação múltipla, entrou para a história da arte brasileira como artista plástico. No entanto, embora essa tenha sido sua fase mais extensa de produção, atuou em variados gêneros artísticos. Em sua busca pelo universal, associada a uma formação bem estruturada lhe permitiu ultrapassar as artes plásticas enveredando pela música, teatro, poesia, enfim pela arte que se projeta para além dos limites que caracterizam uma determindada forma de expressão artística.

Willys de Castro, entre outros aspectos de sua obra, criou uma série de estudos que revelam preocupação com estudos de geometria. Sua pesquisa sistemática o levou a produzir um número bastante extenso de rascunhos, estudos e maquetes que formaram parte fundamental do raciocínio a ser desenvolvido no projeto final. Este poderia ser obras de arte, projetos gráficos, poesias, projetos de padronagem, design de joias ou partituras de verbalização. Por meio de seus documentos, percebemos como o artista realiza o sentido pleno de vanguarda com base em uma pesquisa ampla e domínio dos procedimentos de execução das suas obras. Sua produção é expressiva e marca a influência recíproca entre a formação do artista e seu meio cultural e acentua sua importância e de sua época no desenvolvimento de um conceito específico de arte extremamente original produzida no Brasil.

Poemas neoconcretos editar

Desde o início dos anos 1950, Willys de Castro escreve, estuda e traduz poemas concretos. Seu interesse pela poesia o levou a escrever uma série de poemas valorizando tanto a importância gráfica das palavras distribuídas no papel, a visualidade que muitos deles sugerem e, acima de tudo, sua sonoridade muito distinta. Seus inúmeros ensaios poéticos revelam preocupação com a síntese formal tão cara aos projetos construtivos.


Partituras de verbalização editar

Willys de Castro participou do 1o recital de poesia concreta do país em 1957 no TBC que teve leitura de poemas concretos de Décio Pignatari, dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, Ferreira Gullar, Reynaldo Jardim, José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo. São de Willys de Castro as inéditas partituras de verbalização das poesias concretas que foram interpretadas pelo Movimento Ars Nova. O Maestro Diogo Pacheco, ao comentar sobre a apresentação destaca as excelentes soluções que Willys de Castro encontrou para a verbalização de poemas concretos pois ela não pode ser entendida por meio dos conceitos em vigor até então. Se a poesia concreta revoluciona a forma, transformando o conceito de poesia, então, sua verbalização reclama uma leitura nova.

Projetos gráficos, logotipos e design editar

Willys de Castro e Hércules Barsotti fundaram em 1954 o Estúdio de Projetos Gráficos que mantiveram ativamente durante 10 anos. Muitos dos conceitos modernos que são adensados pela preponderância da indústria na sociedade contemporânea se encontram de maneira reflexiva e crítica na obra de Willys de Castro. Seus projetos gráficos, logotipos e seus estudos de design revelam grande capacidade de síntese, precisão e consideração pormenorizada de cada detalhe.

Sérvulo Esmeraldo editar

Pouco tempo após seu nascimento, Sérvulo Esmeraldo muda-se com a família para o engenho Bebida Nova - propriedade rural localizada a cerca de 6 Km do Crato, produtora de açúcar mascavo, aguardente e rapadura – onde residirá até o início de sua fase adulta. Seus estudos iniciaram no colégio primário Santa Inês e no Ginásio do Crato. Nessa época Sérvulo fez incursões pela modelagem em barro e pequenos trabalhos tridimensionais em madeira de casca de cajuzeiro, nos quais construía paisagens rurais, árvores com casario e realizava pequenas peças de 5 a 10 cm de comprimento. Aos 13 anos produziu sua primeira xilogravura Homem trabalhando com enxada, impressa na tipografia do jornal A Ação. Aos 21 anos de idade, Sérvulo torna-se membro da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), compondo com Goebel Weyne o núcleo jovem da entidade. Nesse mesmo ano expõe no VI Salão de Abril três pinturas: Marinha, Noturno e Trecho de rua e o desenho Passando a chuva, com o qual foi premiado. Aos 27 anos (1956) Sérvulo Esmeraldo realiza em São Paulo sua primeira exposição individual intitulada 39 gravuras de Sérvulo Esmeraldo no Clube dos Artistas e Amigos da Arte. Ademais participa do V Salão Paulista de Arte Moderna.

No ano seguinte, Sérvulo realiza mais uma exposição individual denominada 30 gravuras de Sérvulo Esmeraldo no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em seguida ganha uma bolsa de estudos do governo francês para estudar na École Nationale Supérieuse des Beaux-Arts, em Paris, cidade onde residirá até 1979. Logo nos primeiros anos de sua estadia na França, Sérvulo participa do Salon Le Trait e de La jeune Gravure Contemporaine, ambos em Paris. Contudo não deixa de expor aqui no Brasil, tanto que em 1959 participa da V Bienal Internacional de São Paulo.

Em 1962 Sérvulo começa suas incursões no campo da arte cinética, produzindo objetos com imãs, eletroímãs e em 1970 participa em Zurique da exposição coletiva La Peau du Lion com um Excitável.

Realiza em Fortaleza no ano de 1977 sua primeira grande escultura pública: o Monumento ao Saneamento Básico de Fortaleza na praia do Náutico e em 1979 Sérvulo Esmeraldo retorna ao Brasil e passa a trabalhar também nesses projetos de arte pública de esculturas na paisagem urbana de Fortaleza. Hoje a cidade abriga cerca de quarenta obras de sua autoria. Além dessas podemos contemplar as esculturas de Sérvulo nas cidades de São Paulo (Parque da Luz), Rio Branco (Rotatória Nova Avenida Ceará), Curitiba (Parque das esculturas do Museu Oscar Niemeyer), entre outras.

Além das exposições aqui citadas, Sérvulo expôs em muitas outras instituições como na Pinakotheke do Rio de Janeiro, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Museu Oscar Niemeyer, no Museu de Arte de Londrina, no Musée de Saint-Etienne, no Musée de Nantes, no Musée D’Art Moderne de la Ville de Paris, entre muitos outros. Em virtude de sua atuação como artista e cidadão, no dia 24 de março de 2014 Sérvulo Esmeraldo foi homenageado pelo Governo do Estado do Ceará ao receber a Medalha da Abolição - prêmio de reconhecimento aos serviços prestados ao estado – por sua contribuição para o desenvolvimento das artes no Ceará. Hoje Sérvulo Esmeraldo vive em Fortaleza e mantém seu ateliê no qual ainda produz novas obras.

Lothar Charoux editar

Luiz Sacilotto editar

Iole de Freitas editar

Ligações Externas editar

Ver também editar