Usuário(a):Jéssica Barbalho/startup community

Comunidade de Startups (em inglês: Startup Community), descreve uma região geográfica com alta densidade de empresas empreendedoras em tecnologia, startups, empresas recém-criadas a partir de idéias inovadoras, agrupamentos locais de empresas de tecnologia em estágio inicial.

Um ecossitema formado por diversas startups. Uma comunidade de startups bem sucedida se torna centro de grandes inovações que movem o crescimento da economia da região.

Conceito editar

O desenvolvimento de uma comunidade de startups exige muito tempo, anos de empreendimento, investimento e incentivo às pequenas empresas, tendo uma perspectiva de longo prazo. A inovação e a criatividade devem ser a base dos negócios numa comunidade deste tipo.

Para sobreviverem em comunidade as startups devem trabalhar em parcerias, cada uma deve se engajar em contribuir para o todo, se assim for, a comunidade sempre sairá ganhando, mesmo que algumas startups não se consolidem no mercado[1].

Os eventos dentro de uma comunidade são essenciais para engajar e conectar todos os membros da comunidade. A liderança dos empreendedores é fundamental para o crescimento de uma startup e nesses eventos eles também devem ser treinados e capacitados a fim das startups obterem um bom crescimento e expansão de negócio.

Startup Communities editar

Construir e manter uma comunidade de startup é tarefa realizada por empreendedores, governos locais, grandes empresas, instituições de ensino ou parcerias entre os exemplos citados. Mas o coração da comunidade são as startups, as comunidades então têm o papel de investir, incentivar e incubar estas empresas, oferecendo infra-estrutura, treinamento e especialização para que elas obtenham sucesso.

O livro Startup Communities: Building an entrepreneurial ecossystem in your city, escrito por Bred Feld[2], diretor administrativo da Foundry Group[3], traz à tona a importância da existência das comunidades de startups em uma cidade, como elas podem alavancar a economia de mesmo em momentos de crise e como criar e manter um ecossitema de negócio forte.

O livro aborda o conceito que cada cidade no mundo um dia foi uma comunidade de startup[4], onde cada segmento se engajou da melhor forma de modo a conceber a cidade que existe hoje. O autor do livro aborda princípios e conceitos para obter uma comunidade de sucesso, contando histórias de comunidades que ele mesmo viu sendo formada.

A tarefa de investir nestas recém-criadas empresas exige alto risco[5], por isso se elas estiverem inseridas dentro do contexto de uma comunidade, o seu desenvolvimento fica mais seguro, pois o ecossistema se alimenta e se mantém em desenvolvimento mesmo que uma de suas partes venham a quebrar. Quando a comunidade já é conhecida no mercado, pelas empresas que surgiram dentro delas, surgem investimentos externos às empresas que formam estas comunidades, incentivando a vinda de novas startups gerando um ciclo de crescimento forte e saudável.

Comunidades editar

Existem milhares de comunidades espalhadas pelo mundo, ecossistemas de startups e de grandes empresas de tecnologia, algumas mais bem-sucedidas que outras, segue alguns exemplos:

Vale do Silício editar

A mais famosa comunidade de startups é sem dúvida a do Vale do Silício. As empresas desta comunidade inicialmente foram incentivadas pelas pesquisas da Universidade de Stanford, suas afiliadas, servidores e alunos. Atualmente a área é considerada a maior aglomeração de indústrias do mundo. De lá surgiram empresas de grande renome como Apple Inc, Google e Altera.

Atualmente a região trás grande investimento do governo dos Estados Unidos e seu rendimentos são os mais altos do mundo, seu crescimento é de mais de 3% ao ano. É considerada a Meca da tecnologia e a cada ano milhares de empresas são criadas na área, trazendo muito investimento e lucro para o país.

Silicon Wadi editar

A segunda maior concentração de empresas de tecnologia de ponta, fica em Israel. Sua área cobre muitas cidades cobrindo grande parte do país, sendo referência de desenvolvimento bem sucedido em todo o mundo.

Start-up Chile editar

O programa de comunidade de startups no Chile, vem sendo bem sucedido atraíndo empresas de toda a américa latina para se fixarem lá. O programa promove trocas entras as mais deversas comunidades do mundo promovendo encontro entre empreendedores de diversas partes do globo[6]. Um ecossistema conectado com o resto do mundo que vem se destacando.

Comunidades no Brasil editar

As startups brasileiras estão ligadas à Associação Brasileira de Startups (Abstartups[7]), mas no Brasil existem vários pólos tecnológicos que investem na inovação das startups. Atualmente cerca de metade dos investimentos feitos nas startups brasileiras são estrangeiras, só no ano de 2012 o investimento foi de 1.7 bilhoes de reais[8]. Algumas comunidades:

Campinas editar

Seus pólos tecnológicos abragem mais de 19 municípios. Campinas consolidou sua posição de vanguarda como maior centro de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nacional[9]. Campinas é o mais sofisticado centro de pesquisa e desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação do Brasil, é responsável por mais de 10% da produção industrial do país.

Porto Digital editar

A comunidade fica em Recife, Pernambuco. Criada em Julho 2000, hoje gera mais de 3.000 empregos diretos na região, movimentando a capital pernambucana e transformando-a num importante pólo tecnológico no Nordeste[10]. É mantida pela iniciativa privada, governo e universidades.

Hoje, Pernambuco se insinua no cenário mundial por seu capital humano, empreendedorismo e inovação. Uma economia baseada em serviços e com uma participação crescente do setor de TIC e Economia Criativa no PIB pernambucano. Em 2010, as 200 empresas localizadas no Porto Digital tiveram um faturamento de R$ 1 bilhão.

Valetc editar

O Parque Tecnológico do Vale do Sinos, foi inaugurado em 1998. Capacitada para administrar ambientes de inovação tecnológica como incubadoras, condomínios empresariais, parques e pólos tecnológicos. Promove a interação entre empresas, instituições de ensino, pesquisa e agentes de desenvolvimento[11].

Referências