Como ler uma infocaixa de taxonomiaOxybelis aeneus

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Colubridae
Género: Oxybelis
Espécie: O. aeneus
Nome binomial
Oxybelis aeneus
Wagler, 1824

Conhecida popularmente como bicuda ou cobra-cipó [1][2], Oxybelis aeneus (Wagler, 1824) é uma serpente arborícola que pertence à família Colubridae. É reconhecida por ter focinho muito alongado e corpo delgado, possuindo hábitos diurnos e sendo encontrada principalmente nos Estados Unidos, no sul do Arizona e ao sudoeste do Brasil.[1] Atualmente, este animal foi citado na Lista Vermelha da Bahia como uma espécie de animal ameaçada de extinção de categoria pouco preocupante.[3] [4]

Etimologia do nome editar

O termo Oxybelis é derivado das palavras gregas Oxy, que significa "pontiaguda" e Belas, que significa "dardo", em referência à cabeça alongada. Já a denominação da espécie vem da palavra latina aeneus, que significa "bronze ou cobre" em referência à cor do corpo do holótipo.[5]

Descrição editar

O. aeneus caracteriza-se pela forma da cabeça bicuda e visão binocular. Apresentam escamas alongadas na parte dorsal da cabeça, corpo delgado e cauda longa, portando coloração parda com finas estriações brancas e faixa guiar longitudinal. Seu focinho é proeminente e estreito e sua mandíbula mais curta que o maxilar superior.[1] Essa espécie pode atingir até 1,03 metros de comprimento.[6]

Taxonomia e distribuição editar

Esta é uma serpente opistóglifa pertencente à família Colubridae (colubrídeos), que apresenta vasta disseminação geográfica, distribuída abundantemente nos Estados Unidos (em elevações baixas, moderadas e ocasionalmente intermediárias do Arizona meridional), ao longo da costa oriental e ocidental do México, por toda América Central e América do Sul.[2] No Brasil, é amplamente registrada na Caatinga.[7]

Comportamento editar

Possui hábitos diurnos e arborícolas e alimenta-se predominantemente de lagartos, anuros e aves.[7] É uma serpente muito agressiva e, quando irritada, levanta o terço anterior do corpo, que oscila para em seguida lançar o bote. Locomove-se rapidamente e, geralmente, apresenta mimetismo acentuado, sendo por diversas vezes confundida com galhos secos.[2]

Ciclo reprodutivo editar

O ciclo reprodutivo das fêmeas ocorre estacionalmente entre os meses de Janeiro a julho e podendo produzir de 4 a 6 ovos por postura.[1] Os machos apresentaram ciclo de produção de espermatozoides pré-nupcial.[6] Nesta espécie, as fêmeas apresentaram maior massa corpórea, porém não é encontrado dimorfismo em relação ao comprimento relativo caudal e tamanho da cabeça de machos e fêmeas. [8]

 
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Referências editar

  1. a b c d Vanzolini, Paulo Emilio; Ramos-Costa, Ana Maria M.; Vitt, Laurie J. (1980). Répteis das caatingas. [S.l.]: Academia Brasileira de Ciências. pp. Pág. 39–41 
  2. a b c Lima-Verde, José Santiago. «Fisioecologia e Etologia de algumas serpentes da Chapada do Apodi, estado do Ceará e Rio Grande do Norte (Brasil)». Bol. Zool. e Biol. Marinha, N. S., nº 28: pp. 189-238, São Paulo, 1971. Pág. 217. Consultado em 23 de maio de 2018 
  3. «CPRH - Agência Estadual de Meio Ambiente». www.cprh.pe.gov.br. Consultado em 5 de julho de 2018 
  4. «Répteis DO ESTADO DA BAHIA - Lista vermelha da Bahia». www.listavermelhabahia.org.br (em inglês). Consultado em 5 de julho de 2018 
  5. Dixon, Julio A. Lemos-Espinal and James R. (2013). Amphibians and Reptiles of San Luis Potosí (em English). [S.l.]: Eagle Mountain Publishing, LC. ISBN 9780972015479 
  6. a b Mesquita, Paulo Cesar Mattos Dourado de (2010). «História natural das serpentes Oxibelis aeneus (Wagler, 1824) (Squamata, Colubridae) e Philodryas nattereri Steindachner, 1870 (Squamata, Dipsadidae) em domínio de caatinga no estado do Ceará.». 2010. 110 f. Dissertação (Mestrado em ecologia e recursos naturais)- Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2010. Consultado em 28 de maio de 2018 
  7. a b Almeida, Gleymerson V. L. «Predação do lagarto Tropidurus cocorobensis pela serpente Oxybelis aeneus» (PDF). Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão (N. Sér.) 25:83-86. Julho de 2009. Consultado em 18 de abril de 2018 
  8. Mesquita, Paulo Cesar Mattos Dourado de (2010). «Dimorfismo sexual na "cobra-cipó" Oxybelis aeneus (Serpentes, Colubridae) no estado do Ceará, Brasil». Biotemas. 23 (4): 65–69. ISSN 2175-7925. doi:10.5007/2175-7925.2010v23n4p65. Consultado em 18 de abril de 2018