Usuário(a):Museu Bispo do Rosario/Testes
O Museu editar
O Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea (mBrac) está localizado no bairro de Jacarepaguá na Colônia Juliano Moreira, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde[1] é responsável pela salvaguarda das obras de Arthur Bispo do Rosário e se propõe como um dispositivo cultural potente na Zona Oeste do Rio de Janeiro. [2][3]
A instituição teve seu nome alterado algumas vezes. Em 1952, quando era um setor que abrigava as obras produzidas nos ateliês de arteterapia (dos quais, a saber, Bispo do Rosário nunca participou), chamava-se Egas Moniz em homenagem ao médico que inventou a lobotomia. Após, em 1982, com os avanços da Reforma Psiquiátrica, recebeu o nome de Museu Nise da Silveira, psiquiatra brasileira que reformulou a maneira de compreender a loucura dando voz ao universo interior dos usuários da saúde mental. Já em 2000, com o propósito de homenagear o principal artista de sua coleção, a instituição recebeu o nome de Museu Bispo do Rosário. E, em 2002, o termo “Arte Contemporânea” foi incorporado ao nome, a fim de fomentar o debate entre a Arte e a Loucura em suas transversalidades. Ligado ao Museu funcionam Polo Experimental de Convivência, Educação e Cultura, o Programa de Geração de Renda e o Circuito Cultural Colônia. [4]
Polo Experimental de Convivência, Educação e Cultura
O Polo Experimental de Convivência, Educação e Cultura funciona em no Antigo Pavilhão de Reintegração e Inserção Social. Extensão do Museu e inspirado nos modelos de Centro de Convivência advindos da Reforma Psiquiátrica, o Polo se apropria de experiências e práticas da saúde mental no campo da geração de renda e do lazer para criar um dispositivo de expressão e criação cultural capaz de promover a inclusão e a integração social. Propõe-se como uma comunidade que envolve usuários dos serviços de saúde mental, moradores da região, público do Museu, artistas e professores que interagem através do Ateliê Gaia, das oficinas da Escola Livre de Artes (ELA) e da Casa B Residência Artística. Consolida-se, assim, como um fomentador de cultura e facilitador da autonomia e melhoria das condições de seus frequentadores. [5]
Programa de Geração de Renda editar
O programa de geração de renda é voltado para usuários da rede de saúde mental, seus familiares e a comunidade em geral e visa desenvolver ações que estimulem a reinserção social através do trabalho. Baseia-se em noções do cooperativismo e estabelece uma relação diferenciada com o mundo do trabalho, desenvolvendo possibilidades de criação de um cotidiano mais digno, empoderando os sujeitos, trabalhando suas singularidades e alargando suas autonomias, em um espaço de trocas, convivências e trabalho.[6]
Circuito Cultural Colônia editar
O Circuito Cultural Colônia é um auto guia que propõe aos visitantes uma expedição pelos arredores do mBrac e da Colônia Juliano Moreira. O território guarda séculos de histórias registradas através de livros e nomes de vias ou relatos orais de antigos moradores que contam, por exemplo, a importância deste lugar para os índios tupinambás.[7][8]
Essa é uma oportunidade de, em contato com a maior concentração de floresta urbana do mundo – a Mata Atlântica preservada no Parque Estadual da Pedra Branca – explorar edificações que o transportam para a época dos engenhos coloniais e que carregam resquícios do espaço que em outrora foi conhecido por uma “cidade manicomial” e chegou a abrigar cinco mil pessoas.[9]
Principais Exposições
- 1982 - À Margem da Vida - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro / MAM (RJ)
- 1989 - Registros de Minha Passagem pela Terra - Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ)
- 1991 - Viva Brasil Viva - Kulturhuset, Konstavdelningen och Liljevalchs Konsthall (Estocolmo)
- 1995 - 46ª Bienal de Veneza. Pavilhão do Brasil (Veneza)
- 2000 - Brasil. Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Imagens do Inconsciente - Paço Imperial, Centro Cultural Light, Centro Cultural dos Correios e Fundação Bienal (RJ)
- 2001 - Brazil: body and soul - Solomon R. Guggenheim Museum (Nova York)
- 2001 - Un art populaire - Foundation Cartier pour l`art contemporain (Paris)
- 2006 - Mundos interiores al descubierto - Fundacíon La Caixa (Madri)
- 2006 - Inner Worlds Outside - Whitechapel Gallery (Londres)
- 2006 - Inner Worlds Outside. Museu de Arte Moderna de Dublim (Dublin)
- 2007 - IV Bienal São Paulo-Valencia | Encontro de Dois Mares - Convento del Carmo (Valência)
- 2008 - The Fabric of Myth - Compton Verney Galery (Londres)
- 2008 / 2009 - Racional / Irracional - Haus der Kulturen der Welt (Londres)
- 2008 / 2009 - Neo Tropical - Museu de Arte Contemporânea de Tóquio / MOT (Tóquio)
- 2010 - UK. Afro Modern - Tate Liverpool (Liverpool)
- 2011 - Festival Europalia - Museu Bozar (Bruxelas)
- 2011 - 11ª Bienal de Lyon - À Lá Sucriére (Lyon)
- 2012 - 30ª Bienal de São Paulo | A iminência das poéticas - Pavilhão da Fundação Bienal (SP)
- 2013 - Bienal de Veneza | O Palácio Enciclopédico - Pavilhão Brasileiro (Veneza)
- 2015 - Um canto dois sertões: Bispo do Rosário e os 90 anos da Colônia Juliano Moreira - mBrac (RJ)
- 2016 - Das Virgens em Cardumes e a da Cor das Auras - mBrac (RJ)
- 2016 - The Keeper - New Museum NY (Nova York)
Referências
- ↑ «Vinculo Secretaria Municipal de Saúde»
- ↑ «Arthur Bispo do Rosário». Consultado em 21 de fevereiro de 2017
- ↑ «Arthur Bispo do Rosário | Fundação Palmares»
- ↑ «Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea»
- ↑ «Polo Experimental de Convivência e Cultura»
- ↑ «Programa de Geração de Renda»
- ↑ «Circuito Cultural Colônia»
- ↑ «Tupinampás»
- ↑ «Parque Estadual da Pedra Branco»