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Rescaldo editar

Saúde editar

De acordo com a Fiocruz, mais de 3 mil instalações de saúde - incluindo unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto-atendimento (UPA), hospitais, farmácias e clínicas particulares - foram afetadas pelas chuvas de diversas maneiras, resultando em interrupções temporárias nas suas atividades durante e após o evento. Além dos danos estruturais sofridos, a logística de vários hospitais foi comprometida, dificultando a troca de turnos e impedindo a locomoção dos profissionais de saúde para descanso em suas residências, prolongando assim a situação de crise.[1][2]

Em Porto Alegre, o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, um dos centros de referência em traumas e emergências no estado, que teve um papel crucial durante o incêndio da Boate Kiss, também sofreu danos significativos devido às chuvas. O problema principal foi o retorno da rede de esgoto, que causou alagamentos na emergência e no 5º andar do hospital. Bairros adjacentes, como a Cidade Baixa e o Centro Histórico, também foram afetados por alagamentos. Além disso, importantes vias arteriais próximas, como o Viaduto da Conceição, que conecta o hospital à Avenida Castelo Branco, foram bloqueadas ou parcialmente bloqueadas. A Avenida Castelo Branco é uma das principais vias de acesso à cidade de Porto Alegre, conectando as BR 116 e BR 290. Esses bloqueios dificultaram significativamente o acesso ao hospital, que está localizado em um ponto estratégico da cidade.[3] O Hospital São Lucas da PUC-RS, localizado na Zona Leste de Porto Alegre, também sofreu consideráveis danos devido às chuvas. Os pacientes da enfermaria tiveram que ser remanejados. Houve destelhamento em três andares e queda de parte do teto em dois leitos de UTI, afetando também a emergência e o centro de diagnóstico por imagem, que foram alagados. Além disso, 10 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) ficaram temporariamente inutilizados.[3] O Hospital Fêmina, também localizado em Porto Alegre e sendo o único hospital exclusivo para atendimento à saúde da mulher, oferecendo serviços variados como atendimento psiquiátrico, ginecológico e obstétrico, também foi severamente afetado pelas chuvas. O hospital sofreu alagamentos em todos os seus andares.[3] O Hospital Moinhos de Vento, um dos maiores hospitais particulares de Porto Alegre, não sofreu danos significativos durante as chuvas. No entanto, teve que servir de abrigo para cerca de 100 funcionários que ficaram desabrigados ou impossibilitados de se locomover para suas residências devido às enchentes.[4]

Em Canoas, o Hospital de Pronto Socorro de Canoas, localizado no bairro Mathias Velho, foi um dos estabelecimentos de saúde afetados pelas chuvas na cidade de Canoas. O hospital ficou completamente inundado e teve que ser evacuado às pressas, resultando na morte de dois pacientes que estavam na UTI.[5] Este hospital, um dos principais da cidade, não possui previsão de retorno às suas atividades, o que tem sobrecarregado o Hospital Nossa Senhora das Graças e o Hospital Universitário de Canoas.[6] O Hospital Universitário de Canoas da ULBRA não foi diretamente impactado, mas enfrentou uma sobrecarga significativa devido ao aumento no número de pacientes provenientes de outros hospitais e das consequências das chuvas. A Universidade Luterana do Brasil, situada no mesmo campus que o hospital, serviu como abrigo temporário para mais de 6 mil indivíduos durante o evento, contribuindo para a sobrecarga do hospital, apesar das medidas tomadas, como a abertura de enfermarias e farmácias temporárias dentro do abrigo. Para reforçar o atendimento, o Ministério da Saúde providenciou a instalação de hospitais de campanha na região.[7][8]

Doenças e acidentes com animais peçonhentos editar

Após as enchentes, os casos de leptospirose, uma doença causada pela bactéria Leptospira, transmitida frequentemente pelo contato direto com a urina de roedores urbanos, aumentaram repentinamente. Esse aumento é comum durante inundações, que facilitam a disseminação da bactéria. Até o dia 3 de junho de 2024, foram confirmados 148 casos de leptospirose e 8 óbitos decorrentes da doença.[9] Houve também um aumento menos repentino de doenças incomuns. Foram notificados 12 casos de hepatite A, dos quais 1 foi confirmado e 3 foram descartados. Além disso, foram relatados 1.086 acidentes com animais não peçonhentos que podem transmitir raiva e 389 acidentes com animais peçonhentos, sendo 252 com aranhas e 137 com outros animais.[9]

Política editar

Eduardo Leite editar

Melo editar

Educação editar

Universidades editar

Transporte e rodovias editar

  1. «Mais de 3.000 estabelecimentos de saúde podem ter sido impactados no Rio Grande do Sul». Folha de S.Paulo. 18 de maio de 2024. Consultado em 30 de maio de 2024 
  2. Coimbra, Vinicius (2 de abril de 2024). «Entenda o que ocorreu em hospitais do RS, que tiveram greves, troca de gestão e suspensão de atendimentos | DG». Diário Gaúcho. Consultado em 30 de maio de 2024 
  3. a b c Duran, Pedro. «Porto Alegre tem ventania, bairros alagados, apagão e hospitais inundados». CNN Brasil. Consultado em 30 de maio de 2024 
  4. «Chuvas no RS: hospital em Porto Alegre abriga 100 funcionários que estão sem casa por conta da inundação, diz diretor». O Globo. 8 de maio de 2024. Consultado em 30 de maio de 2024 
  5. PODER360 (4 de maio de 2024). «Duas pessoas morrem em evacuação de UTI em Canoas (RS)». Poder360. Consultado em 30 de maio de 2024 
  6. «Hospital de Canoas, no RS, tomado por enchente não tem previsão de reabertura». UOL. 21 de maio de 2024. Consultado em 30 de maio de 2024 
  7. «Alagamento transforma Canoas em 'zona de guerra'; universidade vira abrigo». UOL. 4 de maio de 2024. Consultado em 30 de maio de 2024 
  8. «Gripe, diarreia, dengue e leptospirose são doenças mais comuns nos hospitais de campanha do RS». Brasil de Fato - Rio Grande do Sul. 27 de maio de 2024. Consultado em 30 de maio de 2024 
  9. a b «Leptospirose». Secretaria da Saúde. 2 de outubro de 2023. Consultado em 3 de junho de 2024