Usuário:DAR7/Testes/Geografia do Paraná/Paranaguá
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Município do Brasil | |||
Centro da Cidade | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | parnanguara | ||
Localização | |||
Localização de Paranaguá no Paraná | |||
Localização de Paranaguá no Brasil | |||
Mapa de Paranaguá | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Paraná | ||
Municípios limítrofes | Antonina, Guaraqueçaba, Morretes, Guaratuba, Pontal do Paraná, Matinhos. | ||
Distância até a capital | 91 km | ||
História | |||
Fundação | 29 de julho de 1648 (375 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Marcelo Elias Roque[1] (PODE, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 826,675 km² | ||
População total (Censo 2022) | 145 829 hab. | ||
• Posição | PR: 10º | ||
Densidade | 176,4 hab./km² | ||
Clima | Subtropical (Cfa) | ||
Altitude | 5 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,750 — alto | ||
PIB (IBGE/2011[4]) | R$ 8 952 781 mil | ||
• Posição | BR: 71º | ||
PIB per capita (IBGE/2011[4]) | R$ 63 280,82 | ||
Sítio | www.paranagua.pr.gov.br (Prefeitura) www.paranagua.pr.leg.br (Câmara) |
Paranaguá é um município localizado no litoral do estado do Paraná, no Brasil. Fundada em 1648, é a cidade mais antiga do Paraná e a principal do litoral paranaense.
Conforme a estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, Paranaguá possui um contingente de 145 829 habitantes e é a 13.ª cidade na Lista de municípios do Paraná por população.[5] Detém um produto interno bruto de 7 200 842 000 reais (2010), que é o sexto maior do estado. Seu porto é sua principal atividade econômica.
Cidade histórica que remonta aos primeiros meados do século XVI, possui em seu objetivo principal a de porto exportador da produção do Paraná que o interconecta a todas as outras regiões, assim como a demais unidades federativas e ainda ao estrangeiro. As edificações de suas docas remontam a 1934, no momento que começou a se tornar um dos maiores portos do Brasil, com o nome de Porto D. Pedro II. Tri centenária, abriga também sinais do tempo do povoamento em seus casarões de fachada coberta de azulejos, em suas ladeiras de rocha e em suas igrejas. Paranaguá quer dizer “Grande Mar Redondo” em guarani, tendo "Paraná" o sentido de Grande Rio e “Goá” a ideia de Redondo, uma alusão à Baía de Paranaguá. A municipalidade compreende um distrito administrativo, Alexandra. Fundado por intermédio da Lei n.º 05 de 29 de julho de 1648, e implantado no mesmo dia, foi emancipado do atual estado de São Paulo.[6]
Os habitantes naturais do município de Paranaguá são denominados parnanguaras. Está localizado a uma distância de 91 km da capital do estado, Curitiba.
Etimologia editar
Termo originário da língua tupi, possui significados de autores diferentes:[7][8]
- Paranaguá, que significa “enseada do mar, baía, porto”, de acordo com Francisco da Silveira Bueno.
- Paranã-guá, que quer dizer “seio do mar, baía, lago”, segundo Teodoro Sampaio.
- Paranãguá, que tem o significado de “enseada do mar, foz, desembocadura de grande rio”, conforme Luíz Caldas Tibiriçá.
- Paranã, que tem o sentido de “mar” e mais guá, que pode ser traduzido como “baía, golfo, entrada”, conforme Orlando Bordoni.
- Por fim, o local era chamado de Pernagoá ou Parnaguá, significando “grande mar redondo”, pelos carijós, povo indígena que habitava o litoral dos estados do Paraná e Santa Catarina.[8]
História editar
Período colonial editar
Paranaguá possui o privilégio de ser a mais antiga municipalidade criada no Paraná. Este acontecimento ocorreu por intermédio de Carta Régia, de 29 de julho de 1648.[8] Antes que fosse fundado o centro, o qual fez surgir o povo parnanguara, faz milênios que, nesta mesma costa, morou o Homem do Sambaqui, tratando-se de povo dizimado.[9]
Depois, foi-se o tempo dos carijós, do grupo tupi-guarani.[8] Este, em relação ao anterior, é povo igualmente dizimado, desta vez, pelas mãos do explorador lusitano. Estes, os caçaram para a escravidão, com os anos. Os que restaram se misturaram com caucasianos e negros africanos.[9] Essa miscigenação racial culminou em outro elemento étnico: o caiçara.[9]
Desde 1549, o caucasiano europeu já explorava e colonizava o litoral do Paraná.[9] No mínimo, é o que se diz nas histórias do náufrago alemão Hans Staden, publicadas em livro. Foi-se fixando um povoado, e em 1578, conforme o que se diz, havia uma pequena ermida em devoção a Nossa Senhora do Rosário.[9]
Em 1614, a mais antiga sesmaria do Paraná, situada dentre os rios Ararapira e Superagui, foi comprada por Diogo de Unhate, tabelião em São Vicente.[9] Em 1640, Gabriel de Lara, que ficou conhecido como o “capitão-povoador”, veio a Paranaguá, porque, após sua fixação, fez levantar o pelourinho em 6 de janeiro de 1646, símbolo maior da justiça e do governo português.[9] Neste mesmo ano, Gabriel de Lara comunicou que havia sido encontrado ouro em Paranaguá.[9]
Com esta novidade começou oficialmente o ciclo do ouro no Paraná.[9] E até mesmo do Brasil colonial. Antes que se originasse de maneira frequente a busca pelo ouro vil, um “administrador e provedor para o seu progresso, estudo de novas minas e proteção fiscal dos quintos reais”, foi indicado pelo governador-geral do Rio de Janeiro, em defesa do rei de Portugal. A participação de vários políticos nesta região, atraiu o interesse e a atenção de muita gente, que foi à procura de riqueza fácil, começando diferenciada atividade sertanista.[8][9]
Desde o núcleo Paranaguá, demais áreas foram afetadas: Tagassaba, Serra Negra, Faisqueira e os rios do Pinto, Guarumbi, Cubatão e demais locais.[9] Mais tarde a procura de ouro cruzou a serra e chegou ao planalto. Até os nossos dias historiógrafos discutem qual a consequência da busca pelo ouro, no mínimo, com o significado esperado. Entretanto, foi a fantasia do ouro que contribuiu para a criação do Paraná.[8][9]
O desenvolvimento de Paranaguá foi tão grande, que em 1660, foi convertida em capitania, porque Gabriel de Lara foi designado ouvidor, alcaide-mor e capitão-mor, administrando-a entre 1660 e 1682, quando morreu.[10][9] Substituiu-o Tomaz Fernandes de Oliveira (1683–1688), Gaspar Teixeira de Azevedo (1689–1692), Francisco da Silva Magalhães (1692–1701) e João Rodrigues França (1701–1710).[8][9]
A Capitania de Paranaguá foi dissolvida em 1710, sendo incorporada à de São Paulo.[11] O motivo disso é que por intermédio de Provisão de 21 de agosto de 1724, foi indicado o primeiro ouvidor, Antonio Alves Lanhas Peixoto.[12][8][9]
A ouvidoria de Paranaguá abrangia todo o sul do Brasil, em direção ao rio da Prata (incluindo o Uruguai). Encontravam-se perante seu domínio as vilas de Iguape, Cananeia, São Francisco, Nossa Senhora do Desterro (Florianópolis), Laguna e Curitiba.[8][9]
Em 20 de novembro de 1749, começou a desintegração do grande território parnanguara, com a fundação da ouvidoria de Santa Catarina.[8][9]
Período imperial e republicano editar
Em 1812 foi fundada a comarca de São Pedro do Rio Grande do Sul.[13] A razão para isso é que nesse mesmo ano a capital da ouvidoria de Paranaguá foi mudada para Curitiba. Desde 29 de novembro de 1832, as ouvidorias foram abolidas.[12] A justificativa para isso é que naquela época começava-se a ocupação definitiva dos Campos Gerais.[8][9]
A situação geográfica possibilitou, no decorrer de sua existência, a presença de Paranaguá nas ações militares, devido ao erguimento do forte da Ilha do Mel,[7] sem, entretanto, ser utilizada para objetivos bélicos, no mínimo, segundo o esperado. Hoje é uma das atrações turísticas mais conhecidas da municipalidade.[14][8][9]
Um terrível ataque ao povo de Paranaguá chegou em consequência da Revolução Federalista em 1894.[15] Nesta época, os maragatos (revolucionários gaúchos contrários ao governo federal), os quais haviam invadido o estado de Santa Catarina, dominaram, nesta ordem, o Paraná em três linhas de defesa,[16] Tijucas do Sul, Lapa e Paranaguá,[16] a qual foi ocupada pelos federalistas por três meses e sete dias, somente partindo dali em 24 de abril de 1894.[8][9]
Consta que não ocorreu agressividade contra a população, em comparação ao que houve na Lapa e Tijucas do Sul, com diversas mortes. A consequência, no entanto, foi, de algum modo, muito dramática,[9] quando voltaram ao governo, os militares do Paraná, por castigo, fuzilaram no quilômetro 65, indivíduos tidos como opostos ao governo republicano brasileiro, entre os quais Prisciliano Correia e Ildefonso Pereira Correia — o Barão de Cerro Azul, parnanguaras. Geria o Paraná nesta ocasião, Vicente Machado.[8][9]
Em 1902, foi instalada a iluminação elétrica, em 1908, foi implantado o serviço telefônico e em 1914 o de abastecimento de água e rede de esgotos.[9] Em 1934, foram erguidas as docas do Porto D. Pedro II, com 450 m de cais acostáveis. Mais tarde, este mesmo porto foi inovado, convertendo-se um dos maiores do país. Hoje é a principal atividade econômica municipal, vendendo para o exterior produtos oriundos do Brasil. Tanto pela inovadora estrada de rodagem, que conecta a costa com Curitiba. Como pela ferrovia, cujos trilhos de aço, postos nos contrafortes da serra até então no século XIX. Deu o primeiro salto, para converter o Paraná provincial, na unidade federativa moderna de atualmente.[8][9]
Geografia editar
Geomorfologia e hidrografia editar
Clima editar
Ecologia e meio ambiente editar
Demografia editar
Pobreza e desigualdade editar
Religião editar
Composição étnica editar
Governo e política editar
Subdivisões editar
Economia editar
Setor primário editar
Setor secundário editar
Setor terciário editar
Infraestrutura editar
Saúde editar
Educação editar
Ciência e tecnologia editar
Segurança pública e criminalidade editar
Habitação, serviços e comunicação editar
Transportes editar
Cultura editar
Artes cênicas editar
Atrativos naturais e arquitetônicos editar
Esporte editar
Imprensa editar
Feriados editar
Cemitérios editar
Ver também editar
Notas e referências
Notas
Referências
- ↑ Marcelo Roque é Prefeito Eleito de Paranaguá pelo PV na coligação Paranaguá de Verdade Eleições 2016 - 1° de janeiro de 2017
- ↑ «Paraná » Paranaguá». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 30 de dezembro de 2015
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2011». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 30 de junho de 2014
- ↑ «Paraná | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 29 de julho de 2023
- ↑ «Paranaguá - Educadores». www.educadores.diaadia.pr.gov.br. Consultado em 6 de maio de 2024
- ↑ a b Ferreira 1996, p. 501.
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o «História de Paranaguá». Prefeitura Municipal de Paranaguá. Consultado em 21 de janeiro de 2009
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x Ferreira 1996, pp. 499–500.
- ↑ «Terra, cultura e poder: a arqueologia de um estado» (PDF). Paraná da Gente. Consultado em 21 de janeiro de 2009. Cópia arquivada (PDF) em 31 de janeiro de 2007
- ↑ «História do Paraná». Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. Consultado em 21 de janeiro de 2010
- ↑ a b «Notícias». Associação Brasileira de Ouvidores/Ombudsman. Consultado em 21 de janeiro de 2010. Cópia arquivada em 9 de janeiro de 2010
- ↑ SILVA, Agathe Elsa Schmidt da (3 de março de 2008). «Discurso proferido pela Desembargadora Agathe Elsa Schmidt da Silva, por ocasião de sua posse no cargo». Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Consultado em 21 de janeiro de 2010. Cópia arquivada em 31 de dezembro de 2012
- ↑ «Pontos turísticos de Paranaguá». Prefeitura Municipal de Paranaguá. Consultado em 21 de janeiro de 2010
- ↑ WACHOWICZ, Ruy Christovam (1995). História do Paraná. A República no Paraná e a Revolução Federalista. 1 7ª ed. Curitiba: Vicentina. pp. 160–161
- ↑ a b Wachowicz, Ruy Christovam (1995). História do Paraná. A República no Paraná e a Revolução Federalista. 1 7ª ed. Curitiba: Vicentina. pp. 161–162
Bibliografia editar
- Ferreira, João Carlos Vicente (1996). O Paraná e seus municípios. Maringá: Memória Brasileira