Vicente de Paula Queiroz, ou simplesmente Vicente Queiroz, (Mocajuba, 17 de maio de 1927 – local não informado, 12 de março de 2009) foi um advogado e político brasileiro, outrora deputado federal pelo Pará.[1][2][3]

Vicente Queiroz

Vicente Queiroz
Deputado federal pelo Pará
Período 1983-1987
Deputado estadual pelo Pará
Período 1967-1971
1975-1983
Dados pessoais
Nascimento 17 de maio de 1927
Mocajuba, PA
Morte 12 de março de 2009 (81 anos)
Uberlândia - MG
Cônjuge Maria de Belém da Silva Queiroz
Partido PSD (até 1965)
MDB (1966–1979)
PMDB (1980–1988)
Profissão advogado

Dados biográficos editar

Filho de Teófilo Otoni Pereira e Francisca Cassiana de Queiroz. Advogado, foi candidato a vice-prefeito de Belém via PSD na chapa de Waldemar Guimarães em 1965.[4][nota 1] Dias depois o Regime Militar de 1964 instaurou o bipartidarismo através do Ato Institucional Número Dois,[5] e nisso Vicente Queiroz continuou na política via MDB, legenda na qual foi eleito deputado estadual em 1966 e figurou como suplente em 1970 antes de eleger-se novamente em 1974 e 1978.[6][3] Com o retorno do pluripartidarismo no governo do presidente João Figueiredo,[7] seguiu para o PMDB sendo eleito deputado federal em 1982. Durante o mandato foi escolhido presidente do diretório estadual do PMDB em 1983 permanecendo no cargo por cinco anos. A seguir votou a favor da emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985.[1][8][9]

Candidato a senador numa sublegenda do PMDB em 1986, terminou em quarto lugar e foi realocado como primeiro suplente de Almir Gabriel, conforme a legislação vigente.[10][11][nota 2][nota 3] Durante o governo Hélio Gueiros, foi presidente da Empresa de Navegação da Amazônia S/A (ENASA), mas em outubro de 1988 renunciou tanto a esse cargo quanto à presidência estadual do PMDB para assumir uma cadeira de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios do Pará.[12]

Notas

  1. Três chapas disputaram a eleição para prefeito de Belém em 1965ː Stélio Maroja (PSP) e Ajax Oliveira (PDC), Waldemar Guimarães e Vicente Queiroz (pelo PSD), além de Maravalho Belo e Edson Seabra (pelo PRT).
  2. Graças ao mecanismo da sublegenda, o PMDB do Pará lançou dois candidatos a senador em 1986. Com a eleição de Almir Gabriel, a primeira suplência do vitorioso coube a Vicente Queiroz (candidato não eleito), mas para que isso ocorresse, Lucival Barbalho (registrado na chapa de Almir Gabriel) foi realocado como segundo suplente do vencedor. Tais arranjos invalidaram a inscrição de Carlos Alberto de Bastos Melchedes (registrado na chapa de Vicente Queiroz), pois cada senador deveria ter apenas dois suplentes.
  3. Vicente Queiroz foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará em 4 de outubro de 1988 e antes Lucival Barbalho fora nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Pará em 9 de dezembro de 1986.

Referências

  1. a b BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Vicente Queiroz no CPDOC». Consultado em 18 de outubro de 2021 
  2. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Vicente Queiroz». Consultado em 18 de outubro de 2021 
  3. a b BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 18 de outubro de 2021 
  4. Redação (10 de outubro de 1965). «Revoltoso de Aragarças vai assumir mandato na Câmara. Primeiro Caderno, p. 21». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 7 de novembro de 2021 
  5. BRASIL. Presidência da República. «Ato Institucional Número Dois de 27/10/1965». Consultado em 7 de novembro de 2021 
  6. BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Pará. «Resultado das eleições gerais no Pará – 1945 a 2006». Consultado em 1º de novembro de 2021 
  7. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 6.767 de 20/12/1979». Consultado em 18 de outubro de 2021 
  8. Clóvis Rossi (26 de abril de 1984). «A nação frustrada! Apesar da maioria de 298 votos, faltaram 22 para aprovar diretas. Capa». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  9. Redação (16 de janeiro de 1985). «Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança. Política, p. 06». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de outubro de 2021 
  10. BRASIL. Senado Federal. «Decreto-Lei n.º 1.541 de 14/04/1977». Consultado em 18 de outubro de 2021 
  11. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 6.534 de 23/05/1978». Consultado em 9 de novembro de 2021 
  12. Redação (2 de outubro de 1988). «Vicente Queiroz se despede da política. Política Local, p. A-3». bndigital.bn.gov.br. Diário do Pará. Consultado em 18 de outubro de 2021