A Força do Destino (radionovela)

A Força do Destino foi um folhetim português transmitido sob a forma de radionovela pela Rádio Graça e repetida no Rádio Clube Português. A história era a adaptação de Eduardo Damas e Manuel Paião de um folhetim de origem sul-americana.[1] Com cerca de 300 episódios, a transmissão original deu-se em 1955.

A Força do Destino
Outros nomes Coxinha do Tide
Formato Folhetim
Duração ± 15 min.
País Portugal Portugal
Idioma(s) Português
Emissora original Rádio Graça e Rádio Clube Português
Elenco Ricardo Isidro
Lurdes Santos
Lily Santos
Transmissão original 1955

Foi a primeira radionovela portuguesa de grande êxito popular.[2] Ficou conhecida popularmente como "A Coxinha do Tide", por ser patrocinada por aquela marca, o primeiro grande detergente industrial lançado em Portugal numa altura de viragem do consumo do sabão para o detergente em pó (patrocínios deste tipo eram, aliás, já prática corrente nos Estados Unidos, estando na origem do termo soap opera).[2][1] Devido ao grande sucesso do "Teatro Tide", o Tide passou a ser o detergente mais conhecido das donas de casa em Portugal.[3]

Com a emissão da radionovela, revela-se um fenómeno de comunicação de massa que era na época quase inédito em Portugal: a atriz que interpretava a protagonista do folhetim teve uma enchente na igreja a acompanhar a cerimónia do seu casamento na vida real; a intérprete da antagonista foi maltratada quando a descobriram na rua; quando nasceu uma criança na trama radiofónica, a Rádio Graça foi inundada de berços e enxovais de criança.[3]

Sinopse editar

O argumento contava a história de Margarida (Lily Santos), que era coxa em virtude de um defeito numa perna, mulher discreta, humilde e estóica, por quem se apaixona o médico e galã Humberto Figueirola (Ricardo Isidro) que a vem a operar com sucesso. Figueirola era casado com Raquel (Lurdes Santos), prima de Margarida, uma mulher má e egoísta que via no marido a fonte para satisfazer o seu luxo. Ao fim de várias peripécias, Raquel morre e Margarida casa-se com o médico, de quem tem uma filha.[2][4]

Elenco editar

Referências

  1. a b Santos, Rogério (25 de fevereiro de 2013). Elementos para a história da rádio no Porto: os 60 anos dos Emissores do Norte Reunidos (PDF). Museu das Comunicações e Transportes, Porto: Colóquio Internacional Comunicar. Consultado em 12 de março de 2023 
  2. a b c Cintra Torres, Eduardo (13 de junho de 2009). «O folhetim na rádio: Numa história em [...] episódios». Público. Consultado em 12 de março de 2023 
  3. a b Santos, Rogério (2017). Estudos da rádio em Portugal (PDF). Lisboa: Universidade Católica Editora. ISBN 9789725405581. Consultado em 12 de março de 2023 
  4. Carvalheiro, Ricardo; Silveirinha, Maria João (28 de dezembro de 2018). «Género e receção mediática no Estado Novo». Mediapolis – Revista de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público (7). pp. 199–213. doi:10.14195/2183‑6019_7_13 Verifique |doi= (ajuda). Consultado em 12 de março de 2023 
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