Alex La Guma (Cidade do Cabo, 20 de fevereiro de 1925 – Havana, 11 de outubro de 1985) foi um escritor sul-africano, líder da Organização Sul-Africana do Povo Colorido (SACPO) e réu no Julgamento por Traição. Suas obras ajudaram a caracterizar o movimento contra o apartheid na África do Sul. La Guma foi agraciado com Prémio de Literatura Lotus de 1969.[1]

Alex La Guma
Nascimento 20 de fevereiro de 1925
Cidade do Cabo, África do Sul
Morte 11 de outubro de 1985 (60 anos)
Havana, Cuba
Nacionalidade África do Sul Sul-Africano
Ocupação Escritor

Biografia editar

La Guma nasceu no Distrito Seis, na Cidade do Cabo. Era filho de James La Guma,[2] uma figura líder no Sindicato Industrial e Comercial dos Trabalhadores e do Partido Comunista Sul-Africano.[3]

La Guma frequentou a Escola Trafalgar no Distrito Seis , na Cidade do Cabo.[4] Depois de se formar numa escola técnica em 1945, tornou-se membro ativo do Sindicato dos Trabalhadores Industriais da Empresa de Caixas Metálicas. Foi demitido depois de organizar uma greve, e tornou-se ativo na política, juntando-se à Liga de Jovens Comunistas, em 1947, e ao Partido Comunista Sul-Africano, em 1948. Em 1956, ajudou a organizar os representantes da África do Sul que elaboraram a Carta da Liberdade, e, consequentemente, foi um dos 156 acusado no Julgamento por Traição no mesmo ano. Publicou o seu primeiro conto, "Nocturn", em 1957. Em 1960, começou a escrever para a New Age, um jornal progressivo, e em 1962, ele foi colocado sob prisão domiciliária. Antes dos seus cinco anos de prisão poderem ser terminar, foi aprovado o Acto Sem Julgamento, e ele e sua esposa foram colocados em uma cela solitária. Na sua libertação da prisão, eles voltaram para a casa de detenção. Ele, juntamente com sua esposa Blanche e seus dois filhos, foi para o exílio para o Reino Unido em 1966.[5] La Guma passou o resto de sua vida no exílio. Foi o principal representante do Congresso Nacional Africano, no Caribe, no momento de sua morte Havana, Cuba, em 1985. Em 1984, ele foi nomeado Oficial das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura francês.

Apesar de La Guma ter sido uma inspiração e inspirado pela crescente resistência ao apartheid, nomeadamente o Movimento de Consciência Negra, a sua ligação a estes grupos foi indireta.

Principais obras editar

As obras de La Guma obras incluem o seguinte:

  • Um Passeio na noite e outros contos - no original A Walk in the Night and Other Stories, (1962), Mbari (Publishers), Ibadan, Nigeria.
  • And a Threefold Cord (1964), (East) Berlin, GDR: Seven Seas Publishers.
  • País de Pedra - no original The Stone-Country (1967), (East) Berlin, GDR: Seven Seas Publishers.
  • A Luz que Rompe das Trevas - no original In the Fog of the Seasons' End (1972), London: Heinemann.
  • A Soviet Journey (1978), Moscow: Progress Publishers.
  • Tempo da Morte Cruel - no original Time of the Butcherbird (1979), London: Heinemann.

Referências editar

  1. Parekh, Pushpa Naidu; Jagne, Siga Fatima (1998). Postcolonial African writers: a bio-bibliographical critical sourcebook. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 269. ISBN 978-0-313-29056-5. Consultado em 25 de novembro de 2011 
  2. Alex La Guma, SA History Online
  3. Jimmy La Guma SA History Online
  4. Obituary, retrieved 13 August 2014
  5. «Novels by South Africa's Dickens given new life». GroundUp. 6 de julho de 2015. Consultado em 6 de julho de 2015 

Ler mais editar

  • Kathleen M. Balutansky. The Novels of Alex La Guma: The Representation of a Political Conflict. Three Continents Press (1990)
  • Roger Field. Alex La Guma: A Literary and Political Biography. Woodbridge, UK: James Currey (2010)
  • Chandramohan, Balasubramanyam, A Study in Trans-Ethnicity in Modern South Africa: The Writings of Alex La Guma, 1925-1985. Lewiston, New York and Lampeter, Wales: Mellen Research University Press, 1992.
  • Tribute to Alex La Guma in Rixaka, cultural journal of ANC, No. 3/86

Ligações externas editar