Ambrácia, por vezes Amprácia (em grego: antigo Ἀμπρακία; moderno Αμβρακία), era uma antiga colónia coríntia, situada a cerca de 12 km do golfo Ambraciano na Grécia, numa curva do rio Aractos, sobre uma fértil planície arborizada.

Ambrácia na antiguidade

Foi fundada por Gorgos, filho do tirano coríntio Cípselo,[1] entre 650 e 625 a.C.. Após a expulsão de Periandro, o seu governo tornou-se uma democracia forte. Inicialmente a política de Ambrácia era determinada pela sua lealdade a Corinto (provavelmente servia de entreposto comercial de Corinto no comércio no Epiro), a sua consequente aversão por Corfu, e pelas disputas fronteiriças com Anfilóquia e Acarnánia. Teve um papel proeminente na Guerra do Peloponeso até à derrota esmagadora sofrida em Idomene (426), frente às tropas de Acarnánia comandadas por Demóstenes.[2]

No século IV a.C. continuou a sua política tradicional, mas em 338 a.C. rendeu-se a Filipe II da Macedónia. Após quarenta e três anos de autonomia sob macedónio tornou-se a capital de Pirro, rei de Epiro, que ali construiu um palácio, templos e teatros. Nas guerras de Filipe V da Macedónia e os epirotas contra a Liga da Etólia (em 220 - 205 a.C.), Ambrácia passou de aliança em aliança até finalmente se juntar à Liga Etólia.

Após ser capturada e saqueada por Marco Fúlvio Nobilior na primavera de 189 a.C.,[3] ficou reduzida à insignificância. Os seus habitantes restantes foram deportados para Nicópolis,[1][4] entretanto fundada por Augusto. No século XI é fundado novo assentamento no mesmo local sob o nome de Arta.

Referências

  1. a b Estrabão, Geografia, Livro VII, 7.6
  2. Tucídides, História da Guerra do Peloponeso, (III, 105-112).
  3. Políbio, Histórias, (XXI, V, 25–30).
  4. Pausânias, Descrição da Grécia, (V, 23, 3).