António Maria Baptista

político português (1866-1920)

António Maria Baptista GCTEComA (São João Baptista, Beja, 3 de abril de 1863[1]Lisboa, 6 de junho de 1920) foi um político e militar português que se distinguiu nas campanhas coloniais, tendo chegado a presidente do Ministério (primeiro-ministro), falecendo no exercício desse cargo.[2][3]

António Maria Baptista
António Maria Baptista
Presidente do Ministério de Portugal
Período 8 de março de 1920
até 6 de junho de 1920
Presidente António José de Almeida
Antecessor(a) Domingos Pereira
Sucessor(a) José Ramos Preto
Dados pessoais
Nascimento 3 de abril de 186
Rua da Ancha freguesia de São João Baptista, Beja
Morte 6 de junho de 1920 (57 anos)
Lisboa
Nacionalidade Portuguesa
Progenitores Mãe: Maria da Estrela Baptista
Pai: Francisco António Baptista
Cônjuge Amélia Augusta de Almeida e Beja Vaz Soares Baptista
Partido Partido Democrático
Religião Catolico
Serviço militar
Lealdade Portugal
Serviço/ramo Exército Português
Graduação General (póstumo)
Condecorações Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito

Biografia editar

 
António Maria Baptista no seu leito de morte, no Ministério do Interior
 
Velório de António Maria Baptista, no Ministério do Interior
 
Cortejo Fúnebre de António Maria Baptista, no Terreiro do Paço

António Baptista segue a carreira militar e combate nas campanhas de África, onde enquanto tenente do Exército participa nas campanhas de ocupação de Moçambique e na captura de Gungunhana.

Depois de 1910 assume-se como militante do Partido Democrático. Promovido a Coronel em 1917, também se distinguiu na Primeira Guerra Mundial.

No primeiro governo de Domingos Pereira, em 1919 exerce o cargo de ministro da Guerra. Nesse cargo, teve um importante papel na derrota das tentativas de restauração monárquica, no período da Monarquia do Norte, e na repressão das greves de inspiração anárco-sindicalista que foram então desencadeadas. A 15 de Fevereiro desse ano foi feito Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis.[4]

No ano seguinte será o próprio coronel encarregado de formar governo, após algumas divergências no Partido Democrático, tendo assumido o cargo a 8 de Março de 1920.

A 3 de Junho de 1920 foi agraciado com a Grã-Cruz da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.[4] Governando num período de grande instabilidade social e política, morre no exercício do cargo, em 6 de Junho de 1920, em pleno conselho de ministros, vítima de uma apoplexia, depois de receber uma carta insultuosa. Foi promovido postumamente a General.

Foi iniciado na Maçonaria, na Loja União Latina com o nome simbólico de Ziska.[5]

Bibliografia editar

Notas

Precedido por
António Maria de Freitas Soares
(de facto)
Jorge de Vasconcelos Nunes
(interino)
Ministro da Guerra
1919
(XX Governo Republicano)
Sucedido por
Hélder Ribeiro
Precedido por
Domingos Pereira
Ministro do Interior
(interino)
1919
(XX Governo Republicano)
Sucedido por
Domingos Pereira
Precedido por
Domingos Pereira
Presidente do Ministério de Portugal
1920
(XXIV Governo Republicano)
Sucedido por
José Ramos Preto
(inicialmente interino)
Precedido por
Domingos Pereira
Ministro do Interior
1920
(XXIV Governo Republicano)
Sucedido por
José Ramos Preto
(inicialmente interino)