O Arsia Mons é o vulcão mais meridional dos três que formam o conjunto conhecido como Tharsis Montes na região montanhosa de Tharsis próximas ao equador do planeta Marte. Ao seu norte fica o Pavonis Mons, e a norte deste o Ascraeus Mons. A maior montanha do sistema solar, o Olympus Mons, fica a noroeste.O nome Arsia Mons vem de uma área correspondente no mapa de Giovanni Schiaparelli, que apresentava albedo diferenciado, sendo esse nome inspirado na lendária floresta romana Arsia Silva.

Arsia Mons

O Arsia Mons visto de diferentes ângulos.
Planeta Marte
Região Tharsis
Tipo vulcão
Coordenadas 9.5° S, 120.5° W
Diâmetro 435 km
Altura 17 761 m
Quadrângulo Phoenicis Lacus
Epônimo Do latim - Arsia Silva, lendária floresta romana.
Imagems do THEMIS de entradas cavernosas em Marte.

O diâmetro do Arsia Mons é de aproximadamente 435 km, e 16 km de altura acima do datum marciano [1]), a caldeira mede aproximadamente 110 km de largura.[2] Experiências demonstraram uma pressão atmosférica abaixo de 107 pascals[3] no topo desse vulcão. Depois do Olympus Mons, é o maior vulcão em volume.


Um fenômeno meteorológico periódico ocorre a cada ano próximo ao início do inverno no hemisfério sul sobre o Arsia Mons. Pouco antes do inverno, luz solar aquece o declive do vulcão. Esse ar sobe, levando consigo pequenas quantidades de pó. Eventualmente esse ar quente ascendente converge no topo da caldeira do vulcão, onde os sedimentos se fundem e se convertem em uma nuvem de poeira em espiral, que é densa o bastante para ser observada a partir da órbita. Essa nuvem de poeira espiralada sobre o Arsia Mons se repete a cada ano, mas modelos climáticos de computador indicam que esse fenômeno só ocorre em um curto período a cada ano.

Espirais similares não foram observadas sobre os outros grandes vulcões de Tharsis, mas outros tipos de nuvem tem sido. A espiral de pó sobre o Arsia Mons pode atingir de 15 a 30 km acima do vulcão. [4]

A caldeira do Arsia Mons foi formada quando a montanha entrou em colapso após um reservatório de magma ter se exaurido. Há muitas outras formações que demonstram isso nos flancos da montanha.[5]

Possíveis entradas cavernosas editar

Em 2007 sete supostas entradas cavernosas foram identificadas em imagens de satélite dos flancos do Arsia Mons.[6][7] Elas foram informalmente apelidadas Dena, Chloë, Wendy, Annie, Abbey, Nikki, e Jeanne.

 
Imagem em mosaico do Arsia Mons
 
Mapa topográfico de Arsia Mons.

Do dia para a noite, a temperatura dessas formações circulares varia apenas um terço da variação do terreno ao redor. Enquanto essas variações são maiores que as detectadas em cavernas terrestres, é consistente afirmar que essas formações são bastante profundas. No entanto, devido à extrema altitude, é improvável que abriguem qualquer forma de vida marciana. [8]

Uma fotografia mais recente de uma dessas entradas mostra a luz solar iluminando uma parede interna sugerindo que essas formações possam se tratar de simples covas verticais mais que entradas para ambientes subterrâneos. [9] No entanto, a escuridão dessas formações implica que devam ter ao menos 178 metros de profundidade.

Referencias editar

 
Possível entrada de uma caverna em Arsia Mons
  1. Catalog Page for PIA02337
  2. Catalog Page for PIA03948
  3. Martian Weather Observation Arquivado em 11 de março de 2007, no Wayback Machine. NASA MGS data 9.2 degrees S 238.2 degrees E 17757 meters 1.07 mbar
  4. Catalog Page for PIA04294
  5. Catalog Page for PIA03799
  6. Themis Observes Possible Cave Skylights on Mars. G. E. Cushing, T. N. Titus, J. J. Wynne, P. R. Christensen. Lunar and Planetary Science XXXVIII (2007)
  7. Lakdawalla, Emily (23 de maio de 2007). «Windows onto the abyss: cave skylights on Mars». The Planetary Society Weblog. Consultado em 26 de maio de 2007 
  8. «NASA Orbiter Finds Possible Cave Skylights on Mars». Jet Propulsion Laboratory. Consultado em 22 de setembro de 2007 
  9. Shiga, David (30 de agosto de 2007). «Strange Martian feature not a 'bottomless' cave after all». NewScientist.com news service 

Ligações externas editar