Atentados de 10 de janeiro de 2017 no Afeganistão
Os atentados de 10 de janeiro de 2017 referem-se a ataques terroristas ocorridos no Afeganistão em estabelecimentos governamentais e tribais durante a Guerra do Afeganistão. O Talibã reivindicou a responsabilidade por todos, menos um dos ataques, que visou uma missão diplomática dos Emirados Árabes Unidos. No total, entre 64 a 88 pessoas foram mortas e no mínimo 94 ficaram feridas, com pelo menos três atacantes também sendo mortos.[1][2]
Primeiro atentado
editarO primeiro ataque foi um duplo atentado suicida em frente à Assembleia Nacional do Afeganistão, na capital Cabul. O atentado ocorreu durante a saída do trabalho, quando funcionários deixavam os escritórios adjacentes ao Parlamento afegão em Cabul, um bombista suicida se lançou entre os funcionários reunidos na rua e se explodiu na frente de um microônibus que aguardava pelos trabalhadores.[3] Alguns momentos depois, um carro-bomba estacionado do outro lado da rua explodiu, fazendo novas vítimas, incluindo policiais que haviam acabado de chegar ao local.[4] O Talibã reivindicou a responsabilidade por este ataque que matou pelo menos 46 pessoas, a maioria trabalhadores do parlamento, e feriu mais de 70, enquanto eles alegaram que 70 foram mortos. O alvo era um micro-ônibus do Diretório Nacional de Segurança.[5]
Segundo atentado
editarO segundo ataque ocorreu durante um jantar oferecido na residência do governador Humayun Azizi em Kandahar, quando o embaixador dos Emirados Árabes Unidos e seus colegas diplomatas estavam em visita. Explosivos escondidos em sofás onde os convidados se instalaram são detonados durante a reunião,[6] matando 11 pessoas e ferindo pelo menos 18 pessoas. Entre os mortos e feridos estavam muitos políticos afegãos proeminentes e diplomatas estrangeiros. O embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Afeganistão, Juma Mohammed Abdullah Al Kaabi, que também foi ferido durante o ataque, faleceu devido aos seus ferimentos mais de um mês depois, em 15 de fevereiro.[7][8] Abdul Ali Shamsi, vice-governador de Kandahar, estava entre os mortos.[9] Embora suspeito, o Talibã não reivindicou a responsabilidade pelo atentado e, em vez disso, culpou a "rivalidade local interna".[10]
Terceiro atentado
editarUm terceiro atentado ocorreu em Lashkargah, capital da província de Helmand, o centro da insurgência talibã e da produção de ópio. Um atentado bombista onde de sete a dezesseis civis foram mortos e entre seis a nove ficaram feridos, sem incluir o suicida morto. Um carro-bomba é então descoberto e desarmado pelos serviços de segurança na rua em frente à reunião dos chefes tribais.[4] O Talibã reivindicou a responsabilidade pelo ataque que tinha como alvo um ancião tribal.[2]
Referências
- ↑ «At Least 52 Killed In Series Of Attacks Across Afghanistan»
- ↑ a b «7 killed, 6 wounded in Helmand suicide blast»
- ↑ «Afghanistan : une cinquantaine de morts dans une série d'attentats». lepoint.fr (em francês). 10 de janeiro de 2017.
- ↑ a b «Afghanistan : une série d'attentats fait au moins 50 morts». lefigaro.fr (em francês). 10 de janeiro de 2017.
- ↑ «Taliban attack near Afghan parliament kills more than 20». Reuters. 10 de janeiro de 2017
- ↑ «Afghanistan : des attentats à Kaboul, Kandahar et Helmand font près de 50 morts». leparisien.fr (em francês). 10 de janeiro de 2017.
- ↑ «UAE ambassador to Afghanistan survives attack». Al Arabiya. 10 de janeiro de 2017
- ↑ «Juma Mohammed Abdullah al-Kaabi dies after Afghan blast». Al Jazeera. 15 de fevereiro de 2017
- ↑ «Kandahar Deputy Governor Among The 11 Killed In Blast». Tolo News. 10 de janeiro de 2017
- ↑ «UAE confirms five officials killed in Afghan attack». BBC News. 11 de janeiro de 2017 – via www.bbc.com