Ayanot (em hebraico: עֲייָנוֹת, lit. fontes) é um Kfar No'ar (em hebraico: כפר נוער, "Vila de jovens"), no centro de Israel. Localizado perto de Ness Ziona, está sob a jurisdição do Conselho Regional Gan Raveh. Em 2006 tinha uma população de 396 habitantes.

AYANOT
Hebraico עֲייָנוֹת
Significado do nome Fontes
Fundado em 30 de Março de 1930 –12 de Janeiro de 1932
População 396 (2006)
Website http://www.ayanot.org.il/Protugues/tabid/66/Default.aspx
País Israel

A fundação da vila começou com a compra de 140 hectares (0,57 km²) de terreno por Ada Maimon para uma fazenda de mulheres em 1926. A vila foi criada em 30 de março de 1930. Ninguém morava no local até Maimon, dez meninas e um guarda se mudarem para lá em 12 de janeiro de 1932; até então tinham vivido nas proximidades de Ness Ziona. A vila foi nomeada devido às numerosas nascentes da região, embora outras fontes afirmem que é retirado de Deuteronômio 8:7:

Porque o SENHOR teu Deus te põe numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, e de mananciais, que saem dos vales e das montanhas.[1]

Durante a Segunda Guerra Mundial, a aldeia tornou-se uma escola agrícola e abrigou jovens sobreviventes do Holocausto. Hoje é o lar de um internato para 180 alunos. Em 2008, a escola agrícola abriu uma fazenda de póneis e um dos seus cavalos foi vice-campeão no Campeonato mundial de pôneis 2008.[2] Em 2010, a vila celebrou seu 80º aniversário.[2]

História

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A data da fundação de Ayanot foi estabelecida por sua fundadora, Ada Maimon. Tendo como critério o dia em que foi plantada a primeira árvore do pomar, 30/03/1930. Em 12/01/1932 Ada Maimon, dez moças e um guarda se estabeleceram no local. Durante os distúrbios de 1936-1939 Ayanot foi atacada duas vezes. As jovens que estavam em Ayanot declararam categoricamente: “Defenderemos Ayanot até nossa última gota de sangue.” Além dos distúrbios, parte dos judeus foi atingida pela malária. O local se transformou em Colégio Agrícola durante a Segunda Guerra Mundial. Então, começaram a absorver grupos de jovens do Líbano, Síria, Turquia, Grécia, Bulgária, refugiados do Holocausto, sobreviventes dos campos de extermínio e outros.

Guerra da Independência

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Durante a guerra árabe-israelense de 1948, Ayanot serviu de ponto de guarda e organização. Foram escavadas trincheiras contra tanques e ergueram-se posições armadas. Membros da Haganá guardavam o local e saíam para atacar aldeias árabes próximas.

Dias atuais

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Depois da independência de Israel, Ayanot tem sido um centro de absorção de judeus imigrantes e aprendizado agrícola, bem como absorção de judeus das regiões em desenvolvimento, cidades, Moshav e Kibutz. Hoje Ayanot é uma Aldeia Agrícola Tecnológica. Além do currículo normal, dedica-se às seguintes áreas de estudo: Ecologia, Bio-zoologia, Ciências, Pecuária Bovina..

Classe brasileira

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Prédio de classes dos brasileiros.

O Projeto Brasileiro, conhecido também com o nome de “A Classe Brasileira em Ayanot”, era uma escola dentro de uma escola, isto é, fazia parte do Colégio israelense, mas mantinha um programa autônomo, à parte, utilizando a infraestrutura de Ayanot e oferecendo distintos programas para alunos brasileiros que cursavam o ensino médio.

Acomodações

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Os alunos brasileiros residiam em prédio próprio, compartilhando seu quarto com mais 2 ou 3 colegas brasileiros. No prédio havia uma sala especial, o moadon, com cafeteira, televisão à cabo, micro-ondas, sanduicheira e geladeira, à disposição dos brasileiros. A sala era destinada a atividades sociais, palestras, recreação e lazer. Os alunos eram responsáveis pela ordem e higiene do prédio, inclusive dos quartos.

Período escolar

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O ano escolar era como no Brasil, o primeiro semestre de fevereiro até julho, e o segundo semestre de agosto a dezembro.

Diploma

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O histórico escolar era reconhecido pelo Consulado do Brasil em Israel e o aluno podia voltar a sua escola de origem sem perda do ano letivo.

Fim da classe brasileira

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2010 foi o último ano da classe brasileira em Ayanot.

Referências

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Ligações externas

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