Hellas Planitia

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Hellas Planitia, também conhecida como Bacia de Impacto Hellas, é uma imensa bacia de impacto circular localizada no hemisfério sul do planeta Marte. Está localizada nas coordenadas 42.7 S, 70.0 E..

Imagem da Hellas Planitia; Cortesia:NASA
Mapa topográfico da Hellas Planitia

Descrição editar

Com um diâmetro de aproximadamente 2,300 km,[1] é a maior formação resultante de impactos no planeta. Se todo o material escavado dessa planície fosse espalhado igualmente sobre o território dos Estados Unidos, haveria uma camada de 3.5 km de espessura do material da Hellas Planitia.[2] É provável que a bacia tenha se formado durante o grande bombardeamento tardio que ocorreu no sistema solar há 3.9 bilhões de anos atrás, quando um grande asteróide teria atingido a superfície de Marte.[3]

A diferença de altitude entre a borda da cratera e o fundo é de ~9 km. A profundidade da cratera (~7 km[4] (23,000 ft) abaixo do datum topográfico médio de Marte) explica a pressão atmosférica do fundo: 1155 Pa[4] (11.55 mbar or 0.17 psi). Isso é 89% maior que a pressão do datum topográfico (610 Pa, ou 6.1 mbar ou 0.09 psi) e abaixo do ponto triplo da água, sugerindo que a fase líquida estaria estável a uma temperatura abaixo de 0 °C.

Algumas das baixas elevações fluem em canais que se estendem até Hellas do complexo vulcânico Hadriaca Patera, a nordeste, duas das quais foram fotografadas pela Mars Global Surveyor, apresentando regos: Dao Vallis e Reull Vallis. Esses regos são baixos demais para conter água líquida estável durante o dia marciano[5]

Descoberta e nomeação editar

Devido a seu tamanho e a sua coloração clara, que contrasta com o resto do planeta, Hellas Planitia foi uma das primeiras formações descobertas por um telescópio na Terra. Foi Giovanni Schiaparelli quem deu o nome Hellas ('Grécia'), posteriormente chamada Lockyer Land', por Richard Anthony Proctor em 1867 em honra ao Sir Joseph Norman Lockyer, um astrônomo inglês que, usando um refrator de 6.25 polegadas, produziu a "primeira representação verdadeira do planeta" (segundo E. M. Antoniadi).[6]

Referências

  1. Schultz, R.A., and H.V. Frey, A new survey of multiring impact basins on Mars, J. Geops. Res., 95, pp. 14175-14189, 1990.
  2. «Remote Sensing Tutorial Page 19-12». Consultado em 17 de maio de 2008. Arquivado do original em 30 de outubro de 2004 
  3. Acuña et al., Science, 284, 790-793, 1999 [1]
  4. a b Martian Weather Observation Arquivado em 31 de maio de 2008, no Wayback Machine. MGS radio science measured 11.50 mbar at 34.4° S 59.6° E -7152 meters
  5. Heldmann et al., Jennifer L., para 3 page 2 Martian Gullies Mars#References DOI:10.1029/2004JE002261
  6. William Sheehan. «The Planet Mars: A History of Observation and Discovery». Consultado em 20 de agosto de 2007 

Bibliografia editar

  • J. N. Lockyer, Observations on the Planet Mars (Abstract), Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, Vol. 23, p. 246
  • E. M. Antoniadi, The Hourglass Sea on Mars, Knowledge, 1 de julho de 1897, pp. 169-172.

Ligações externas editar

 
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