Bagadates (em parta: Baydad) foi uma dinasta (frataraca) de Pérsis de 164 a 146 a.C..[1][2]

Bagadates
Bagadates
Dracma de Bagadates da casa da moeda de Persépolis
Frataraca de Pérsis
Reinado 164 – 146 a.C.
Antecessor(a) Oborzos
Sucessor(a) Autofradates I
 
Religião Zoroastrismo

Antecedentes editar

Desde o final do III ou início do século II a.C., Pérsis tinha sido governada por dinastas locais sujeitas ao Império Selêucida.[3] Detinham o antigo título persa de frataraca ("líder, governador, precursor"), que também é atestado no Império Aquemênida. O Império Aquemênida, que um século antes governava a maior parte do Oriente Próximo, originou-se da região. Os próprios frataracas enfatizaram sua estreita afiliação com o proeminente xainxás aquemênidas, e sua corte provavelmente estava na antiga capital de Persépolis, onde financiaram projetos de construção no planalto aquemênida e perto dele. Os frataracas eram tradicionalmente considerados como dinastas sacerdotais ou defensores da oposição religiosa (e política) ao helenismo, no entanto, isso não é mais considerado o caso.[4]

Cronologia dos frataracas editar

 
Dracma de Bagadates representado de pé na frente de um altar de fogo

A visão tradicional da cronologia das dinastias frataracas era originalmente: Bagadates, Artaxerxes I, Oborzos, Autofradates I e Autofradates II. No entanto, descobertas recentes de moedas de Pérsis levaram a uma cronologia mais provável: Artaxerxes I, Oborzos, Autofradates I , Bagadates e Autofradates II.[5][6]

Governo editar

No verso de suas moedas, Bagadates é retratado em pé na frente de um altar de fogo zoroastrista, ou sentado em majestade segurando um bastão de autoridade e possivelmente uma romã na mão esquerda (ilustração, à esquerda). Em sua cunhagem, tem seu retrato no anverso, usando o cocar satrapal e o diadema helenístico. No reverso, é mostrado entronizado ou fazendo suas devoções a um templo de fogo. O padrão de peso das moedas é o padrão ático, e o tetradracma é o tamanho normal da moeda, como era o caso usual no Império Selêucida. As moedas estão inscritas em aramaico com o nome do governante.[7]

Referências

  1. Shayegan 2011, p. 168.
  2. Wiesehöfer 2013, p. 723.
  3. Wiesehöfer 2009.
  4. Wiesehöfer 2000, p. 195.
  5. Shayegan 2011, p. 168 (nota #521).
  6. Wiesehöfer 2013, p. 722.
  7. Bilde 1990, p. 129.

Bibliografia editar

  • Bilde, Per (1990). Religion and Religious Practice in the Seleucid Kingdom. Aarhus: Imprensa da Universidade de Aarhus 
  • Shayegan, M. Rahim (2011). Arsacids and Sasanians: Political Ideology in Post-Hellenistic and Late Antique Persia. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia. pp. 1–539. ISBN 9780521766418 
  • Wiesehöfer, Joseph (2000). «Frataraka». Enciclopédia Irânica, Vol. X, Fasc. 2. Nova Iorque: Imprensada Universidade de Colúmbia 
  • Wiesehöfer, Joseph (2009). «Persis, Kings of». Enciclopédia Irânica. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia 
  • Wiesehöfer, Josef (2013). «Fratarakā and Seleucids». In: Potts, Daniel T. The Oxford Handbook of Ancient Iran. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. pp. 728–751. ISBN 9780190668662