Batalha de Âncio (484 a.C.)

A Batalha de Âncio foi travada em 484 a.C. entre o exército romano, liderado por Lúcio Emílio Mamercino, e o dos volscos. O resultado foi uma pesada derrota dos romanos, que tiveram que fugir e se refugiaram em Longula, onde travariam uma nova batalha.

Batalha de Âncio
Guerras romano-volscas

Mapa da antiga região do Lácio
Data 484 a.C.
Local Âncio
Coordenadas 41° 26' 50" N 12° 37' 42" E
Desfecho Vitória dos volscos[1]
Beligerantes
República Romana República Romana   Volscos
Comandantes
República Romana Lúcio Emílio Mamercino  
Âncio está localizado em: Itália
Âncio
Localização de Âncio que é hoje a Itália

Contexto editar

Os volscos, já em guerra contra os romanos, apesar de terem sido derrotados no ano anterior pelo cônsul Quinto Fábio Vibulano[2], tentaram se aproveitar dos distúrbios internos em Roma, devidos sobretudo à eleição ao consulado de Cesão Fábio Vibulano, acusador e executor de Espúrio Cássio Vecelino, retomando as hostilidades contra Roma invadindo o território dos latinos e dos hérnicos, aliados de Roma, e preparando outro exército para defender seu próprio território[3].

Batalha editar

Os dois exércitos acamparam à vista um do outro, ambos em elevações à frente da cidade de Âncio, a capital dos volscos[4]. As forças romanas eram lideradas pelo cônsul Lúcio Emílio Mamercino enquanto seu colega, Cesão Fábio Vibulano, conduzia um outro exército numa invasão ao território volsco[3].

Depois de alguns dias de estudo mútuo, a batalha foi travada no campo entre os dois acampamentos. Depois de atirarem suas lanças, dardos e flechas, as duas infantarias iniciaram o combate. Os volscos, fortalecidos pelos ensinamentos de Coriolano, depois de aguentarem o grosso do ataque da infantaria, começaram a recuar lentamento em direção ao seu próprio acampamento.

Os romanos inicialmente seguiram os volscos em boa ordem, mas quando viram que as reservas inimigas corriam para entrar no acampamento e acreditando que os volscos estavam prestes a debandar, se lançaram a uma ataque desordenado e ao saque dos que já haviam caído, mesmo a batalha ainda estando em curso[4].

Os volscos, juntos perto do próprio acampamento, passaram a combater com grande vigor os romanos que se aproximavam, ajudados desta vez pelos muitos reforços que vinham do acampamento e também pela posição elevada em que estavam.

Num curto espaço de tempo, o que parecia uma vitória certa se transformou numa derrota, com os romanos sendo perseguidos e assassinados no campo de batalha e obrigados e se refugiar em seu acampamento, ajudados pela chegada repentina de uma tempestade, que fez os volscos desistirem de atacar o acampamento romano[1].

Consequências editar

Com o cair da noite, os romanos abandonaram o acampamento e a batalha, retirando-se para Longula, onde montaram um novo acampamento. Os volscos, vitoriosos, decidiram perseguir os romanos e chegaram de pois de alguns dias confiantes de que poderiam infligir-lhes uma nova derrota[5].

Referências

  1. a b Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas VIII, 85.
  2. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas VIII, 82.
  3. a b Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas VIII, 83.
  4. a b Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas VIII, 84.
  5. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas VIII, 86.