Bateria de Santo Antônio

edificação militar que se localizava na cidade de Belém, no estado do Pará, no Brasil.
Bateria de Santo Antônio
Apresentação
Tipo
Estado de conservação
demolido (d)
Localização
Localização

A Bateria de Santo Antônio localizava-se à beira-rio, na cidade de Belém, no estado do Pará, no Brasil.

História

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A construção desta bateria foi determinada pelo Governador e Capitão-general da Capitania do Pará, Francisco de Sousa Coutinho, a partir de 1763 para a proteção do porto, coadjuvando a defesa do Forte de São Pedro Nolasco e do Reduto de São José, com os quais cooperava (GARRIDO, 1940:32). SOUZA (1885) remonta-a a 1793, com traçado à Montalembert, em voga, à época (op. cit., p. 35). BARRETTO (1958), a seu turno, remonta-a a 1791, tendo sido artilhada em 1793 (op. cit., p. 69-70). OLIVEIRA (1968) completa que esta primitiva estrutura foi erguida em faxina (op. cit., p. 747).

Por volta de 1791 o então governador, Francisco de Sousa Coutinho, alarmado com as notícias de guerra na Europa, e em consequência de um ataque francês, fez reconstruir esta bateria em alvenaria de pedra e cal. A nova estrutura apresentava planta no formato retangular, com muros largos, e estava artilhada com com cinco peças de grosso calibre, e outras menores (GARRIDO, 1940:32).

No governo de José Narciso de Magalhães de Meneses, a partir de 1807 foi ligada ao Reduto de São José por um semi-baluarte e uma muralha em ângulo reentrante (GARRIDO, 1940:32).

À época do Período Regencial, a estrutura se encontrava arruinada (1832), sendo posteriormente demolida para o alargamento e alinhamento de uma rua da praia (BARRETTO, 1958:70). Neste mesmo período, entretanto, BAENA refere as ruínas da bateria como "muito notáveis". (OLIVEIRA, 1968:747)

OLIVEIRA (1968) esclarece que, naquele ano, estando em ruínas tanto a Bateria quanto o Reduto, a Câmara Municipal de Belém solicitou ao então Presidente da Província, José Joaquim Machado de Oliveira, permissão para desmanchar aquelas obras, para permitir o prolongamento das Travessas da Estrela e da Piedade até ao rio, com a construção de uma praça para facilitar os desembarques. Os trabalhos de demolição, entretanto, só se efetuaram alguns anos mais tarde (op. cit., p. 747).

Bibliografia

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  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • OLIVEIRA, José Lopes de (Cel.). "Fortificações da Amazônia". in: ROCQUE, Carlos (org.). Grande Enciclopédia da Amazônia (6 v.). Belém do Pará, Amazônia Editora Ltda, 1968.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também

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Ligações externas

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