Nota: Para outros significados, veja Big Five (desambiguação).

Os termos Big Five game ou simplesmente Big Five se referem aos cinco mamíferos selvagens de grande porte mais difíceis de serem caçados pelo homem.[1]

Leão (Panthera leo)
Elefante (Loxodonta africana)
Búfalo-africano (Syncerus caffer)
Leopardo (Panthera pardus)
Rinoceronte-branco (Ceratotherium simum)

A expressão é ainda usada nos safáris de observação, pelos guias locais, quando se referem à fauna selvagem da região da savana.

O grupo consiste do leão, do elefante africano, do búfalo-africano, do leopardo e do rinoceronte.[1]

O nome de big five foi escolhido pela dificuldade de serem caçados[1] e não pelo tamanho, por este motivo o leopardo encontra-se na lista e o hipopótamo não.

Os big five estão entre os mamíferos selvagens mais perigosos:

  • O leão (Panthera leo) é um grande carnívoro felino da África e nordeste da Índia, possuindo um pelo curto, cauda e o leão macho possui uma juba característica ao redor do pescoço e ombros.[2][3][4]
  • O elefante africano é um grande herbívoro possuindo uma pele grossa e quase sem pelos, uma tromba longa e flexível, corpo característico com o tronco forte e pesado, dois incisivos superiores longos e curvos de marfim, orelhas grandes de abano. Existem duas espécies distintas de elefantes: elefante africano da floresta (Loxodonta cyclotis) e o elefante africano da savana (Loxodonta africana).[5]
  • O búfalo-africano ou búfalo-do-cabo (Syncerus caffer) é um grande bovino ruminante. É considerado o mais perigoso dos Big Five pelos relatos de ataques e mortes de caçadores.[6][7][8]
  • O leopardo (Panthera pardus) é um carnívoro felino que possui tipicamente pelo dourado-alaranjado marcado por rosetas negras. O leopardo é talvez o animal mais difícil de ser caçado, pelo seu comportamento e hábitos noturnos de alimentação.
  • O rinoceronte (Diceros bicornis) é um grande mamífero herbívoro de pele grossa e encouraçada, podendo possuir 1 ou 2 chifres na frente da cabeça. O termo "rinoceronte", na África, se refere à duas espécies: rinoceronte branco (Ceratotherium simum) e rinoceronte negro (Diceros bicornis). O rinoceronte negro, mais raro e extremamente ameaçado de extinção, seria preferível - em termos de classificação como um dos "big five" - ao rinoceronte branco.

Estado de conservação editar

Os Big Five da África se tornaram grandes preocupações para os conservadores da vida selvagem nos últimos anos. O leão, o leopardo e o elefante africano são todos classificados como vulneráveis. O rinoceronte-branco-meridional é classificado como quase ameaçado, enquanto o rinoceronte-negro é classificado como criticamente ameaçado, de modo que caçá-lo é bastante restrito para o último.[9] O búfalo africano é o animal de caça mais popular dos big five game, já que seu estado de conservação é o menos preocupante, mas está experimentando um declínio populacional em áreas não controladas devido à caça furtiva e à urbanização.

Ver também editar

Referências

  1. a b c Zijlma, Anouk. «The Big Five: Index». África para visitantes (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2006 
  2. Capstick, Peter H. (1984). Safari, the last adventure. [S.l.]: St. Martin's Press. p. 165. ISBN 978-0-312-69657-3 
  3. «African Lion». safaribwana.com. Consultado em 1 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 16 de abril de 2016 
  4. Robinson, Steve (2008). «Unpleasant Truth About Canned Shooting». shakariconnection.com. Shakari Connection. Consultado em 2 de outubro de 2010 
  5. Fodor's African Safari, 1st Edition: From Budget to Big Spending Where and How to Find the Best Big Game Adventure In Southern and Eastern Africa. [S.l.]: Fodor's. 2004. p. 142. ISBN 978-1-40001-234-3 
  6. Stumpf, Bruce G. «Africa on the Matrix: The Cape Buffalo». Consultado em 23 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2002 
  7. Wieland, Terry (2006). Dangerous-Game Rifles. [S.l.]: Countrysport Press. p. 286. ISBN 978-0-89272-691-2 
  8. «African Animals Hunting facts and tips - Buffalo Hunting». safariBwana newsletter. Consultado em 23 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 8 de julho de 2013 
  9. «Diceros bicornis». IUCN. Consultado em 16 de outubro de 2020