Metranca

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Metranca ou blast beat é um padrão rítmico de bateria amplamente utilizado em estilos musicais extremos que faz uso de baquetadas rápidas alternadas ou coincidentes na caixa e no chimbal ou ride. Assim, a caixa e o chimbal (ou prato) formam a levada da batida, enquanto o bumbo é tocado entre eles para criar uma "parede sonora". Pode-se também coincidir a baquetada da caixa com a do prato de ataque ou do china, para um efeito ainda mais carregado.

História

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O termo "metranca" é utilizado no Brasil, em alusão à semelhança da sonoridade do blast beat com o de uma metralhadora.

A metranca tem suas raízes no punk hardcore, mais notadamente na música Makes No Sense da banda Dirty Rotten Imbeciles — do primeiro LP da banda, Dirty Rotten, de 1983 — e na Riot Fight dos Beastie Boys — do primeiro EP da banda, Pollywog Stew, de 1982. Outras raízes podem ser encontradas na banda holandesa Lärm e na norte-americana Cyanamid.

O Napalm Death, mais precisamente o baterista Mick Harris foi quem iniciou o uso do blast beat na forma que ela é utilizada atualmente, em meados de 82, e foi certamente quem influenciou e difundiu esta pratica.

A metranca tornou-se um dos elementos-chave nos gêneros grindcore, death metal e black metal, evoluindo juntamente com esses estilos, com bateristas executando metrancas cada vez mais rápidas e precisas à medida que a técnica ia se aprimorando. Entretanto, a metranca aparece em outros gêneros pesados de vez em quando, para adicionar velocidade, densidade e percussividade ao som.

No Brasil foi começada por D.D. Crazy da banda Sarcófago. Considerado, talvez, o primeiro a ter tocado a metranca.[carece de fontes?]

Características

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As primeiras metrancas eram geralmente bastante lentas e menos precisas se comparadas aos padrões atuais. Hoje em dia, uma metranca é normalmente tocada em andamentos de 160 a 180 BPM, existindo ainda as chamadas "hipermetrancas" (hyperblast beats) na faixa dos 240 a 260 BPM.

As metrancas mais comuns consistem de padrões de colcheias entre o bumbo e a caixa simultaneamente com o chimbal ou o ride. Variações existem com o uso dos pratos de ataque, pratos china e até mesmo pandeirolas para acentuar ou variar o clima em determinadas passagens, de forma progressiva ou não.

Ao executar colcheias ou tercinas de colcheia, alguns bateristas preferem tocar em sincronia com apenas um , enquanto outros dividem as batidas do bumbo entre os dois pés (para os que usam pedal duplo ou dois bumbos).

Exemplos de notação de metranca:

 

Bateristas

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Alguns bateristas fazem uso frequente de metrancas, dentre os quais podemos citar:

Ver também

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