Brás Alemão de Cisneiros

Brás Alemão de Cisneiros (nascido cerca de 1560 – ) foi um fidalgo português, Moço de Câmara de El-Rei D. Sebastião[1], Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo e Sargento-Mor da vila de Pederneira e Coutos de Alcobaça. Feito Governador do Forte de Nossa Senhora da Nazaré, justificou a sua nobreza no Reinado de D. Sebastião, pelo que lhe foi passada Carta de Brasão de Armas com as Armas dos Cisneiros, em 5 de Março de 1575[1]. Nela se diz ser Braz Alemão de Cisneiros Alferes de Infantaria, ordenado para Guarda e Vigia da cidade de Ceuta e Cavaleiro feito pela mão do dito Senhor (D. Sebastião) nos campos de Tânger[2][3].

Brasão de Brás Alemão de Cisneiros
Brás Alemão de Cisneiros
Progenitores Pai: Diogo Alemão de Cisneiros
Ocupação Moço de Câmara de El-Rei D. Sebastião, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo

Família

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Filho de Diogo Alemão de Cisneiros, neto paterno de Afonso de Cisneiros, bisneto de Francisco Rodrigues de Cisneiros, trisneto de João de Cisneiros, e descendente legítimo por linha masculina do Conde D. Rodrigo Gonçalves de Cisneiros, Senhor da Vila de Cisneiros, pajem de Lança de El-Rei D. Afonso de Leão (6.º) e procedia por legítima varonia do Infante D. Ordonho O Cego e de sua mulher a Infanta D. Cristina, ele filho de El-Rei D. Ramiro II do Reino de Leão e de sua mulher a Rainha D. Teresa e ela filha de El-Rei D. Bermudo e da Rainha D. Belarquida[1].

Casou-se com D. Maria Malho de Bivar, filha legitimada do Beneficiado Padre Rodrigo Malho de Bivar, sendo este filho de Jorge de Bivar e de sua mulher D. Margarida Malho, neto paterno de Ruy Fernandes de Bivar, Fidalgo biscainho e de sua mulher Marta Fernandes Malho, natural de Victória e sobrinha do célebre Mestre Mateus Fernandes, construtor do Mosteiro da Batalha; e neto materno de João Malho, pai do célebre Braz Malho Cavaleiro de Santiago[4].

Deste casamento houve vasta descendência, como foi, entre outros, José Alemão de Mendonça Cisneiros e Faria, que nasceu na Vermelha, baptizado na Igreja de S. Simão, a 26 de Dezembro de 1706. Feito Cavaleiro-Fidalgo da Casa Real (Alvará de 16 de setembro de 1748), e Fidalgo de Cota de Armas (Alvará de 24 de janeiro de 1753)[2].

Fontes

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<references> [1] [3] [4] [2]

Referências

  1. a b c d BORREGO, Nuno Gonçalo Pereira – "Cartas de Brasão de Armas - II", Dislivro Histórica, páginas 224 a 226, e 490
  2. a b c LARA, António de Sousa; FERNANDES, Vasco Quintanilha – "Ferreiras do Vale de Alcântara e suas Alianças", edição de autor, Lisboa, 2010, páginas 239, 240, e 262
  3. a b "Anuário da Nobreza de Portugal" III, tomo II, 1985, página 75
  4. a b GUERRA, Luís de Bivar - "Bivares de Portugal", ed. IPH, Lisboa, pág. 199 e seguintes