Calomys expulsus é uma espécie de roedor da família Cricetidae. Endêmica do Brasil, pode ser encontrada no Piauí, Ceará, Bahia, Tocantins, Goiás e Minas Gerais.[2][3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCalomys expulsus[1]
Taxocaixa sem imagem
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Cricetidae
Subfamília: Sigmodontinae
Gênero: Calomys
Espécie: C. expulsus
Nome binomial
Calomys expulsus
(Lund, 1841)

Taxonomia

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Uma análise das populações ao longo do Rio São Francisco mostrou que esse corpo d'água serve como uma barreira para fluxo gênico da espécie, subdividindo-a em 3 populações em processo de especiação. [4]

Comportamento e habitat

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Os roedores do gênero Calomys são um dos poucos grupos da família Sigmodontinae a habitar locais de clima seco. [5] Os animais da espécie C. expulsus podem também ser encontrados em florestas. [5] Esses animais parecem ser favorecido após eventos de queimada no cerrado, em contraste com outras espécies, mostrando uma adaptação desses indivíduos a essas condições.[6]

Patógenos

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Já foram encontrados indivíduos dessa espécie infectados com Trypanosoma cruzi, o causador da doença de Chagas em humanos, sendo um dos vários reservatórios do parasita da natureza, ao lado de outros roedores. [7]

Referências

  1. Musser, G.G. (2005). «Superfamily Muroidea». In: Wilson, D.E.; Reeder, D.M. Mammal Species of the World 3º ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. a b Bonvicino, C.; Geise, L. (2008). Calomys expulsus (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 31 de dezembro de 2014..
  3. Rigueira, Sônia Elias; Valle, Célio Murilo de Carvalho; Varejão, José Benedito Malta; Albuquerque, Patrícia Velloso de; Nogueira, José Carlos (1987). «Algumas observações sobre o ciclo reprodutivo anual de fêmeas do gambá Didelphis albiventris (Lund, 1841) (Marsupialia, Didelphidae) em populações naturais no Estado de Minas Gerais, Brasil». Revista Brasileira de Zoologia (2): 129–137. ISSN 0101-8175. doi:10.1590/s0101-81751987000200005. Consultado em 30 de julho de 2021 
  4. Nascimento, Fabrícia Ferreira do; Pereira, Luciana G.; Geise, Lena; Bezerra, Alexandra M. R.; D'Andrea, Paulo S.; Bonvicino, Cibele R. (2011). «Colonization Process of the Brazilian Common Vesper Mouse, Calomys expulsus (Cricetidae, Sigmodontinae): A Biogeographic Hypothesis». Journal of Heredity (3): 260–268. ISSN 1465-7333. doi:10.1093/jhered/esr012. Consultado em 30 de julho de 2021 
  5. a b Almeida, Francisca C.; Bonvicino, Cibele R.; Cordeiro-Estrela, Pedro (fevereiro de 2007). «Phylogeny and temporal diversification of Calomys (Rodentia, Sigmodontinae): Implications for the biogeography of an endemic genus of the open/dry biomes of South America». Molecular Phylogenetics and Evolution (2): 449–466. ISSN 1055-7903. doi:10.1016/j.ympev.2006.07.005. Consultado em 30 de julho de 2021 
  6. Miranda, Heloisa Sinátora. «Efeitos do regime do fogo sobre a estrutura de comunidades de cerrado: Resultados do Projeto FogoResultados do Projeto Fogo» (PDF)  line feed character character in |titulo= at position 27 (ajuda)
  7. Mello, Dalva A.; Teixeira, Maria Lúcia (dezembro de 1977). «Nota sobre a infecção natural de Calomys expulsus, Lund, 1841 (Cricetidae-Rodentia) pelo Trypanosoma cruzi». Revista de Saúde Pública (4): 561–564. ISSN 0034-8910. doi:10.1590/s0034-89101977000400012. Consultado em 30 de julho de 2021 
 
Wikispecies
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