Casa do Barão de Caetité

Bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia na cidade de Caetité

A Casa do Barão de Caetité é uma edificação localizada em Caetité, município do estado brasileiro da Bahia. Foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) em 1981, através do processo de número 003.[1]

Casa do Barão de Caetité
Casa do Barão de Caetité
Tipo
Geografia
País Brasil
Localidade Caetité
Coordenadas 14° 04' 10" S 42° 29' 14" O

História editar

Nos fins do século XVIII, fugindo das perseguições que se desencadearam após Conspiração Mineira, chegou a Caetité, proveniente do Tijuco (Diamantina), a família Gomes de Azevedo. Segundo a tradição, a família, após alguns anos, construiu a casa, nela se instalando. Aí viveu José Antônio Gomes, o Bota, descendente do Comendador e avô do Barão de Caetité, José Antônio Gomes Neto.[1]

Durante o período em que o Barão de Caetité viveu na residência, construiu um oratório nesta casa, cujos documentos de 1833 constam no arquivo pessoal da família. Após seu falecimento em 1890, e de sua esposa Elvira Benedicta de Albuquerque quatro anos depois, a casa foi dividida entre suas herdeiras e passou a ser residida por um de seus sobrinhos, Joaquim Manoel Rodrigues Lima. O imóvel passou ao longo dos anos de geração em geração, sendo transferia à Joaquim Manoel Rodrigues Lima Jr, depois à seu filho Benjamim Teixeira Rodrigues Lima até chegar ao seu filho e atual proprietário, Haroldo Lima, tataraneto do Barão.[2]

Foi tombado pelo IPAC em 1981, recebendo tombo de bens imóveis (Inscrição 6/1981).[1]

Acervo Familiar editar

São cerca de treze mil documentos do período entre o século XVIII e XX que estavam em posse da família e foram doados ao Arquivo Público Municipal do Caetité. Entre os documentos estão cartas trocadas entre o Barão de Caetité com Antônio Luiz Afonso de Carvalho, à época Presidente da Província do Paraná, carta ao Presidente da Província da Bahia, felicitando o triunfo na Guerra do Paraguai, cartas familiares sobre o cotidiano, como atividades rotineiras de seu sobrinho José Antônio Rodrigues Lima, o Cazuzinha, que negociava diamantes e de seu avô, José Antônio Gomes. Também consta entre os documentos, registros da firma Zeferino José de Carvalho e Cia com transações a pagar e a receber em nome do pai do Barão de Caetité (também chamado José Antônio Gomes).[3]

É também através destes documentos que se sabe que a família teve autorização para realizar o Santo Sacrifício da Missa aos domingos e dias Santos em sua casa, no oratório construído em1833.[3]

Entre os registros de quando o Barão de Caetité voltou de Pernambuco para morar em Caetité, então com vinte e quatro anos, estão notas de compras para adequar o imóvel com o que estava habituado enquanto vivia em Olinda, como jogos de colheres de sopa e chá, garrafas de vinho, penas de escrever, tesourinha fina, entre outros.[3]

Referências

  1. a b c «IPAC». Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia. Consultado em 1º de agosto de 2021 
  2. Azevedo Aguiar, Lielva (2016). «ARQUIVO DA FAMÍLIA DO BARÃO DE CAETITÉ: INVENTÁRIO E PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS HISTÓRICOS NO ALTO SERTÃO DA BAHIA.» (PDF). VIII Encontro Estadual de História - ANPUH BA - Feira de Santana. Consultado em 6 de agosto de 2021 
  3. a b c Azevedo Aguiar, Lielva (2019). «ENTRE A POLÍTICA E A MAGISTRATURA. O BARÃO DE CAETITÉ E SUAS ARTICULAÇÕES NO IMPÉRIO (ALTO SERTÃO DA BAHIA E ALÉM, 1840-1880)» (PDF). Consultado em 6 de agosto de 2021 

Bibliografia editar

  • Trechos deste artigo foram retirados do website do SIPAC, publicado sob licença Creative Commons Atribuição (BY) v1.0.