O Castelo de Xivert localiza-se no município de Alcalà de Xivert, província de Castellón, na comunidade autónoma da Comunidade Valenciana, na Espanha.

Castelo de Xivert, Espanha.

História editar

Em posição dominante no alto de uma serra de Irta, de onde se avista a paisagem circundante até ao mar, a primitiva ocupação humana de seu sítio remonta aos séculos XIV ou XIII a.C..

O castelo remonta a uma fortificação muçulmana erguida entre os séculos X e XI.

No contexto da Reconquista cristã da região, ainda na posse dos muçulmanos, o castelo e seus domínios foram doados por Afonso II de Aragão, em 1169, à Ordem dos Templários, que dele tomou posse, eventualmente, em algum momento no século XIII, quando foi reformado, adquirindo a sua actual feição. A partir de então tornou-se no centro de um bailiato, vindo a fomentar o povoamento da região recorrendo à concessão de cartas de foral. A povoação de Alcalà de Xivert foi fundada em 1251, e as de Alcocebre, Almedijar e Castellnou em 1261.

Diante da extinção da Ordem, no início do século XIV o castelo e seus domínios passaram para a Ordem de Montesa. Com a expulsão das populações mouriscas da península, em 1610, a sua importância diminuiu considerávelmente e foram anexados ao termo de Alcalà de Xivert em 1632.

Abandonado no século XVIII, o castelo encontra-se actualmente em ruínas. Pesquisas arqueológicas trouxeram à luz do dia as fundações da capela, das cavalariças e da cozinha.

Características editar

O conjunto apresenta duas partes distintas entre si: a muçulmana e a cristã. A primeira comprende o recinto muralhado externo, onde se destacam alguns lances extensos em taipa, rematados por ameias, acedido pela porta do Albácar. No seu interior encontra-se a cisterna muçulmana e bons exemplos da arquitectura doméstica muçulmana, com destaque para uma inscrição epigráfica em língua árabe no muro Sudoeste: "para o reencontro com Deus". Na cota mais alta ergue-se a fortificação templária, amparada por diversos torreões, que contava com dependências espaçosas, capela e cavalariças. Aqui destacam-se as torres de planta circular, a muralha de cantaria de pedra e a cisterna cristã, com abóbada rebaixada.

Bibliografia editar

  • FUGET SANS, Joan. Xivert, l'architecture militaire des commanderies templières de la couronne d'Aragon. La commanderie, Comité des travaux historiques et scientifiques, Edition du Conservatoire du Larzac templiers et hospitaliers 2002. ISBN 2-7355-0485-9

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