Cecilia Magni Camino

guerrilheira revolucionaria chilena

Cecilia Magni Camino (Santiago do Chile, 24 de fevereiro de 1956 - San Fernando, 28 de outubro de 1988) foi uma guerrilheira revolucionaria chilena e uma das líderes da Frente Patriótica Manuel Rodríguez no atentado contra o ditador Pinochet em 1986.[1][2]

Cecilia Magni Camino
Cecilia Magni Camino
Pseudônimo(s) Comandante Tamara
Nascimento 24 de fevereiro de 1956
Santiago do Chile
Morte 28 de outubro de 1988 (32 anos)
San Fernando
Chile
Nacionalidade Chilena
Ocupação Guerrilheira
Líder revolucionária

Biografia

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Cecilia Magni Camino nasceu no dia 24 de fevereiro de 1956, em Santiago do Chile. Em 1974, ingressou no curso de sociologia na Universidade do Chile. Casou-se e teve uma filha, chamada Camila.[1][2][3]

Durante seus estudos, ingressou na Juventude Comunista, organização que protestava contra o regime militar de Pinochet. E em 1983, passou a ser membro da Frente Patriótica Manuel Rodríguez.[2][3]

Em 1986, Camino foi a líder responsável pela logística da Operação Século XX, com o objetivo de matar Pinochet. No dia 21 de outubro de 1988, juntamente com Raúl Pellegrín, liderou o ataque ao posto de controle policial de Los Queñes, ocorrendo a morte de um agente policial. Os guerrilheiros fugiram e houve operação policial para a captura.[2][4][5]

Os corpos de Camino e Pellegrin foram encontrados no rio Tinguiririca, no dia 28 e 31 de outubro, respectivamente. O laudo do Serviço Médico Legal (SML), chefiado por Jorge Rodríguez Díaz, e o laudo de Alberto Teke, também do Serviço Médico Legal (SML), apontam lesões fatais causados por terceiros. O Estado, na época, afirmou que não houve homicídio, que os guerrilheiros morreram afogados na tentativa de atravessar o rio Tinguiririca, e que as lesões encontradas no corpo foram causadas pelo arrasto das águas.[4][5]

Atualmente, a Suprema Corte do Chile reconhece que Camino e Pellegrin foram capturados, torturados e jogados no rio Tinguiririca por policiais. Mas que não há provas de quem foi os autores do homicídio.[6][7]

Referências

  1. a b Pérez, Guillermo (25 de fevereiro de 2020). «Una mujer llamada Tamara, reflexión en el natalicio de Cecilia Magni». Patria Progresistas (em espanhol). Consultado em 23 de junho de 2023 
  2. a b c d «Lucha y muerte de Cecilia Magni. comandante Tamara del FPMR». Werken Rojo (em espanhol). 31 de outubro de 2022. Consultado em 23 de junho de 2023 
  3. a b Quiroga, Francisca (28 de outubro de 2018). «A 30 años del asesinato de Cecilia Magni y Raúl Pellegrin: Gran Camino». El Desconcierto - Prensa digital libre (em espanhol). Consultado em 23 de junho de 2023 
  4. a b Accatino Scagliotti, Daniela (junho de 2016). «Prueba, verdad y justicia de transición: El caso de Cecilia Magni y Raúl Pellegrin (Corte Suprema)». Revista de derecho (Valdivia) (1): 337–361. ISSN 0718-0950. doi:10.4067/S0718-09502016000100016. Consultado em 23 de junho de 2023 
  5. a b «Magni Camino Cecilia». Memoria Viva. Arquivo Digital das Violações de Direitos Humanos pela Ditadura Militar no Chile (1973-1990) (em espanhol). 20 de junho de 2021. Consultado em 23 de junho de 2023 
  6. Walder, Paul (6 de agosto de 2014). «Confirman impunidad para los asesinos de los frentistas Cecilia Magni y Raúl Pellegrin». El Ciudadano (em espanhol). Consultado em 23 de junho de 2023 
  7. «Corte Suprema rechaza casación y ratifica absoluciones por muerte de Raúl Pellegrin y Cecilia Magni». Cronica Digital (em espanhol). 5 de agosto de 2014. Consultado em 24 de junho de 2023