Cerradomys subflavus

Cerradomys subflavus é uma espécie de roedor da família Cricetidae. Pode ser encontrada na Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil.[1]

Cerradomys subflavus
Taxocaixa sem imagem
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Cricetidae
Subfamília: Sigmodontinae
Gênero: Cerradomys
Espécies:
C. subflavus
Nome binomial
Cerradomys subflavus
(Wagner, 1842)
Sinónimos
  • Mus vulpinus Lund, 1840
  • Hesperomys subflavus Wagner, 1842
  • Mus vulpinoides Schinz, 1845
  • Oryzomys subflavus Thomas, 1901
  • [Cerradomys] subflavus Weksler, Percequillo, and Voss, 2006
Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Cerradomys subflavus

Etimologia editar

Cerradomys, em grego, rato do Cerrado. Subflavus, em latim, significa amarelo, nome atribuído por seus pelos com coloração de laranja pro marrom, próximo ao amarelo. Com o nomes populares de Rato do Mato ou Rato Arroz.

Taxonomia e Evolução editar

A comunidade desses roedores é dominada por Cerradomys subflavus, que anteriormente era foi descrita por Weskler como Oryzomys subflavus. As oryzomyines formaram uma tricotomia constituída pelo gênero Nectomy, Sooretamys angouya, e um grupo monofilético bem suportado, correspondente às espécies de Cerradomys.[2]

Dentro de Cerradomys, o clado formado por C. maracajuensis e C. marinhus é o grupo irmão das espécies remanescentes do gênero: um clado unindo C. scotti e um clado agrupando Cerradomys langguthi, Cerradomys vivoi e C. subflavus. A topologia deste último clado está bem resolvida, com Cerradomys langguthi emergindo como um táxon irmão para um grupo monofilético formado por C. subflavus e Cerradomys vivoi.

Distribuição e Uso do Habitat editar

O Cerradomys subflavus é uma espécie distribuída na América do Sul com ocorre no Brasil, nas regiões do Nordeste, com exceção do Maranhão, Sudoeste, apenas em São Paulo e Minas Gerais, e Centro-Oeste, no extremo sul do Goiás.[3]

Ao longo dessa território de distribuição, o Cerradomys subflavus ocorrem florestas úmidas de baixa altitude, manchas de floresta estacional semidecidual das terras altas brasileiras e na Mata Atlântica costeira, e no Cerrado, na floresta de galeria e na "cerradão". Todavia, a espécie pode ser encontrado em áreas agrícolas e pastagens, por trata-se de um animal adaptável as modificações do habitat, por fenômenos da natureza ou ações antrópicas.  

Descrição editar

O Cerradomys subflavus é caracterizado por corpo e cauda de tamanho médio a grande, pesa cerca de 40 a 120 gramas e tem pés pequenos, cor dorsal do corpo grossa grisalho, cabeça cor acinzentado, pelos de coloração amarelo-amarronzado, corpo ventral cor acinzentado. Crânio com fossa rostral profunda ,fossa mesopterygoide com grandes e largas vacuidades esfenopalatinas (expondo fossos palatinos) profundos, estreitos e longos (poços palatinos posterolaterais complexos), tuba auditiva curta com uma lâmina óssea mediana distinta do canal carotídeo, um dígito cartilaginoso central de baculum distal reduzido.[2]

Ecologia e Comportamento editar

O Cerradomys subflavus é predominantemente uma espécie terrestre, embora possa eventualmente ser capturado em árvores.

O C. subflavus é um dos principais predadores de sementes de dicotiledôneas no Cerrado brasileiro,[4] fazendo parte também da dieta de aves como a da Coruja-da-Igreja, Tyto alba, Scopoli, 1769[5]

Referências

  1. a b Percequillo and Langguth, 2008
  2. a b www.producao.usp.br (PDF) http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/14742/art_PERCEQUILLO_Systematic_review_of_genus_Cerradomys_Weksler_percequillo_2008.pdf?sequence=1. Consultado em 7 de dezembro de 2018  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. «The IUCN Red List of Threatened Species». IUCN Red List of Threatened Species. Consultado em 7 de dezembro de 2018 
  4. Grenha, Viviane (Junho de 2010). «The role of Cerradomys Subflavus (Rodentia, Cricetidae) as seed predator and disperser of the palm Allagoptera arenaria». SciELO. Consultado em 5 de dezembro de 2018 
  5. Faria, Gabriel, M. M. (2013). «Dieta da Coruja-da-Igreja (Tyto alba, Scopoli, 1769) no Sul de Minas Gerais e sua relação com disponibilidade de presas». REVISTA BRASILEIRA DE ZOOCIÊNCIAS. Consultado em 5 de dezembro de 2018 
  Este artigo sobre roedores, integrado ao WikiProjeto Mamíferos é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.