Citânia de Sanfins

citânia em Sanfins, no município de Paços de Ferreira
Citânia de Sanfins
Apresentação
Tipo
Civilização
Periódo
Estatuto patrimonial
Monumento Nacional (d)Visualizar e editar dados no Wikidata
Localização
Localização
Coordenadas
Mapa

A Citânia de Sanfins localiza-se quase na sua totalidade na freguesia portuguesa de Sanfins de Ferreira e a parte sudoeste na freguesia de Eiriz, ambas no município de Paços de Ferreira, distrito do Porto.

Citânia de Sanfins
Citânia de Sanfins
Balneário Castrejo
Núcleo familiar - Citânia de Sanfins

Está classificada como monumento nacional (Dec. Nº 35817, DG, 187, 1ª SÉRIE, 20 de agosto de 1946).[1][2]

É uma das mais importantes zonas arqueológicas da civilização castreja na Península Ibérica.[carece de fontes?]

História

editar

Surgiu por volta do século I a.C. e ocupa uma área de cerca de 15 hectares, numa colina integrada numa zona de montanhas de afloramentos graníticos, num local estratégico entre a região do Douro e do Minho.

Há vestígios da ocupação do local da Citânia, desde o século V antes de Cristo, embora a grande cidade tenha sido a do tempo dos Calaicos, criada entre os séculos II e I a.C.

Nessa época, estima-se que tenham lá vivido três mil pessoas, uma população que vivia essencialmente de trabalhar o ferro, com grande vocação guerreira, ficando outras actividades económicas, como a agricultura, a cargo de outros castros dos arredores, dela dependentes.

Era a cidade-sede de uma região mais vasta, que abrangia as actuais Valongo, Maia e Penafiel, e onde estava o poder político e militar. Os Romanos acabariam por lá chegar, poucos anos antes do nascimento de Cristo, mas com dificuldade.

Os primeiros estudos desta Citânia devem-se aos historiadores Francisco Martins Sarmento e a Leite de Vasconcelos. As escavações iniciaram-se em 1944 e prolongaram-se por mais de cinquenta anos.

Património

editar

Muralhas

editar

A Citânia estava protegida por várias linhas de muralhas. As muralhas defensivas adaptam-se de forma notável ao terreno, com uma planificação regular e arruamentos ortogonais.

Pedra Formosa

editar

O edifício destinado aos banhos públicos destaca-se, do conjunto arqueológico da Citânia, pela sua técnica e por possuir a “Pedra Formosa da Citânia de Sanfins”.

“Dizem que alguns dos povos das margens do rio Douro vivem à maneira dos Lacónios (Esparta). Untam-se com óleo duas vezes (por dia) em lugares especiais e tomam banhos de vapor, feito com pedras aquecidas pelo fogo e (depois) banham-se em água fria.” [3]
As águas destes banhos, no dizer de Armando Coelho, são a mais alta nascente do Rio Ferreira.

Núcleo familiar

editar

A Citânia possui mais de cento e cinquenta construções de planta circular e retangular, agrupadas em cerca de quarenta conjuntos de unidades familiares. Recentemente foi restaurado um núcleo familiar.

“No dia a dia bebem cerveja e, raramente, vinho. O pouco que conseguem, depressa o consomem nas festas familiares... nesses banquetes sentam-se em bancos construídos ao redor dos muros, ocupando os lugares segundo a idade e a dignidade. A comida circula de mão em mão. Enquanto bebem, bailam e fazem coros ao som da flauta e da trombeta, dando saltos no ar e caindo de joelhos...” [4]

Bibliografia

editar
  • Paços de Ferreira - As origens do povoamento: do megalitismo à romanização - Estudos Monográficos, Armando Coelho Ferreira da Silva, 1986

Referências

Ligações externas

editar
 
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Citânia de Sanfins

Ver também

editar
  Este artigo sobre Património de Portugal é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.