Complexo Fepasa

bem tombado a nível municipal no município de Jundiaí, São Paulo -

Conhecida como Complexo FEPASA, a antiga oficina ferroviária da Companhia Paulista de Estradas de Ferro está localizada na cidade de Jundiaí, São Paulo.

Complexo Fepasa
Complexo Fepasa
Tipo centro cultural, apeadeiro, património histórico, edifício
Geografia
Coordenadas 23° 10' 53.349" S 46° 52' 56.197" O
Mapa
Localização Jundiaí - Brasil
Patrimônio bem tombado pelo IPPAC
Homenageado Ferrovia Paulista S/A

Histórico

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A Companhia Paulista de Estradas de Ferro detinha de uma oficina na cidade de Campinas responsável pela manutenção de suas locomotivas e carros. Diante do grande fluxo de trabalho, a companhia resolveu construir uma nova mais espaçosa e capaz de realizar maior número de serviços.[1] A cidade de Jundiaí foi escolhida por conta de sua localização estratégica. Em 1897 a nova oficina na cidade de Jundiaí foi inaugurada[2] e funcionou durante muitas décadas realizando serviços de manutenção, montagem, construção e reconstrução de carros, pintura, entre outros.

Na década de 1960, ocorreu a estatização da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e em 1971 a incorporação à Ferrovia Paulista S/A (FEPASA). Em 2001 foi dada entrada no pedido de tombamento do Complexo. Este foi aprovado no ano de 2004 e abrange todas as edificações do perímetro. Atualmente, o conjunto é parcialmente utilizado, abrigando algumas seções da Prefeitura Municipal de Jundiaí, o Museu da Companhia Paulista, bem como uma unidade do Poupatempo e uma unidade da Faculdade de Tecnologia (FATEC). Uma parte do complexo, no entanto, se encontra em ruínas.[3]

Construção

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A construção do complexo foi iniciada em 1892 com a finalidade de ser a nova oficina ferroviária da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. O projeto foi realizado por Gustavo Adolpho da Silveira, os trabalhos de terraplenagem foram executados pelos sócios Contrucci e Giorgi sob a fiscalização do engenheiro Antônio Soares de Gouvêa e o pedreiro responsável foi João Normanton. Entre os estrangeiros envolvidos com a construção dessa edificação, destaca-se a empresa Phoenix Bridge que exportou a superestrutura metálica que compõe a cobertura em shed.[4]

A edificação ficou dividida da seguinte forma: lado Norte, destinado à reparação de carros e vagões; lado Sul, destinado ao maquinário, ferramentas e outros serviços auxiliares à reparação; e edifício Central, onde foram instalados o escritório, inspetoria e almoxarifado geral. [5] Durante seus vários anos de funcionamento, o complexo sofreu diferentes alterações e acréscimos de edificações.[6] [7]

Referências

  1. Relatório da Diretoria da Companhia Paulista de Vias Ferreas (1891). São Paulo: Jorge Seckler & Comp.
  2. Relatório da Diretoria da Companhia Paulista de Vias Ferreas (1897). São Paulo: Vanorden & Cia
  3. E. R. Oliveira, M. M. Silva e T. M. Silva (2017). A importância do reconhecimento histórico para a valoração de um patrimônio industrial.
  4. T. M. Silva (2019). Oficinas ferroviárias em São Paulo: um estudo sobre a formação espacial da oficina da Companhia Paulista em Jundiaí (1892-1896).
  5. A. Pinto (1903). História da viaçāo pública de S. Paulo (Brasil).
  6. J. Sanchiz (2018). The Morphology of a Working Place Linked to the World: The Railway Workshops of Jundiaí (Brazil, 1892-1998).
  7. A. Torrejais (2016). Patrimônio ferroviário como tecnocultura: As oficinas de manutenção da Companhia Paulista em Jundiaí.