Convênio da Louça

O Convênio da Louça foi a denominação dada a reunião entre os fabricantes de louças brancas de São Paulo, ocorrida nos anos de 1930, com o objetivo de padronizar preços, dimensões e classificação das louças nacionais.[1]

História editar

Nos anos de 1930, com o crescente consumo de louças no Brasil, verificou-se que, mesmo com a fabricação no país, as louças vindas do exterior possuíam um custo menor na fabricação e consequentemente, um preço de venda mais baixo, ocasionando uma concorrência brutal com o produto nacional. Os fabricantes de louças brancas de São Paulo se reuniram e formaram o Convênio da Louça, com o propósito de padronizar a produção, classificação e preço das louças nacionais, acreditando que com a normalização, a concorrência com os produtos de louça estrangeira seriam melhores.[2]

Ata do Convênio editar

Foi estabelecido que todos os fabricantes de louça do Brasil precisavam ser registrados. Os preços e a fabricação passariam a ser regulados e padronizados. As denominações e dimensões das peças de louça, também passariam a ser padronizadas.[1]

Ficou estabelecido que haveria duas classificações para as louças: Tipo Único e Tipo Popular.[2]

  • Tipo único - Antigas louças 1ª classe (perfeitas ou com defeitos imperceptíveis).
  • Tipo popular - Antigas louças 2ª classe (defeituosas) e 3ª classe (boas).

Os preços foram tabelados baseados no preço da louça branca, que seria fixa.[2]

  • Louça branca - preço fixo.
  • Louça baixo esmalte - adição de 20%.
  • Louça sobre esmalte - adição de 50%.
  • Louça com ouro - adição de 100%.

Referências

  1. a b Souza, Rafael de Abreu e (2012). «Bowl, coffee and cup: morphlogical variability and dynamics of consumption and production of refined earthenwares at early 20th century São Paulo». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material (2): 011–051. ISSN 0101-4714. doi:10.1590/S0101-47142012000200002. Consultado em 11 de maio de 2021 
  2. a b c Souza, Rafael Abreu (30 de setembro de 2013). «NÃO SOMOS ESTRANGEIRAS! PELAS LOUÇAS BRASILEIRAS». Cadernos do LEPAARQ (UFPEL) (20): 159–182. ISSN 2316-8412. doi:10.15210/lepaarq.v10i20.2330. Consultado em 11 de maio de 2021