Coriolano (Beethoven)
A Abertura Coriolano (em alemão Coriolan-Ouvertüre), op. 62, de Ludwig van Beethoven, é uma abertura sinfônica em dó menor, composta em 1807.[1]
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A princípio, estava destinada a ser música de cena para a tragédia Coriolanus, escrita em 1802, pelo dramaturgo austríaco Heinrich Joseph von Collin. A peça teatral de Collin fora inspirada na biografia de Coriolano,[2] integrante da obra Vidas Paralelas, de Plutarco. Embora a ideia inicial fosse a de que Beethoven compusesse uma peça musical para acompanhar a obra teatral, Abertura Coriolano acaba por extrapolar os limites da música meramente programática, incorporando-se definitivamente ao repertório sinfônico.[3]
A obra foi apresentada pela primeira vez em março de 1807, durante um concerto privado, na casa do Príncipe Franz Joseh von Lobkowitz. A Quarta Sinfonia e o Concerto para piano nº 4 também estrearam no mesmo evento.[2]
Juntamente com Egmont (1810), op. 84 - composta como música de cena para a peça homônima de Goethe -, Coriolano é uma das mais célebres aberturas de Beethoven e, por seu valor expressivo e dramático, é também uma das obras mais representativas da vertente "heroica" do compositor.
Argumento
editarA peça de Collin se inspira na história de Gaius Marcius Coriolanus, general romano cognominado Coriolano por ter tomado a cidade Volscos|volsca]] de Corioli, em 493 a.C.. Exilado de Roma, depois de se ter envolvido numa violenta querela com os recentemente instituídos tribunos da plebe, Coriolano se alia aos volscos, que anteriormente havia combatido, e convence-os a romper o tratado firmado com Roma, organizando-se para uma invasão. Uma vez que as tropas volscas, conduzidas por Coriolano, passam a ameaçar Roma, as matronas romanas, dentre as quais sua esposa, Volumnia, e sua mãe, Vetúria, são enviadas para dissuadi-lo do ataque. Ao ver sua mãe, sua esposa e seus filhos se jogarem aos seus pés, Coriolano cede, reúne suas tropas na fronteira do território romano e se suicida. É nessa última parte da história que Beethoven se inspira para escrever sua obra.
Referências
- ↑ Barry Cooper (1991). Dictionnaire Beetoven. [S.l.]: J.C.Lattès. p. 351. ISBN 978-2-7096-1081-0
- ↑ a b Steinberg, Michael. The Symphony: A Listeners Guide. pp. 19–24. Oxford University Press, 1995.
- ↑ Roncigli, Audrey. Le cas Furtwängler - Un chef d'orchestre sous le IIIe Reich. Paris : Imago, 2009.
- Joseph Kerman/Alan Tyson, "Ludwig van Beethoven", Grove Music Online, ed. L. Macy.