Correspondente Imobiliário

O Correspondente Bancário Imobiliário é uma empresa contratada por instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central para a prestação de serviços de atendimento[1] aos interessados em aquisição de imóveis por meio de financiamentos ou outras modalidades de crédito.[2]

Para com as instituições financeiras, os correspondentes podem desempenhar alguns papeis estratégicos como descongestionar agências bancárias, atingir novos segmentos de clientes e expansão geográfica[3] o que contribui para sua expansão no mercado.

Regulamentada pela resolução nº 3.954 do Banco Central,[4] a atividade de correspondente bancário imobiliário tem se expandido cada vez mais no Brasil[3] motivado por diversos fatores como melhoria nas condições dos recursos para o investimento em construção e financiamento habitacional, aumento da renda e da estabilidade macroeconômica sobre os níveis de confiança dos consumidores, necessidade de ampliação da rede de atendimento das instituições financeiras, entre outros.[5]

Possibilitando também a oferta de outros serviços financeiros como, por exemplo, aberturas de contas, empréstimos, seguros, entre outros, os correspondentes imobiliários consistem em uma inovação que reduz os custos e diminui a necessidade de escala na oferta de serviços financeiros, aumentando assim a capacidade de alcance das instituições financeiras.[3]

Para que uma empresa possa se tornar um correspondente imobiliário, deve atender alguns critérios especificados junto a cada instituição financeira a qual se deseje credenciar, assim como atender alguns requisitos para que possa atuar como correspondente bancário como, por exemplo, a necessidade de ter certificações específicas conforme especificado em legislação brasileira ou da instituição a qual se deseje vincular.[4]

Atuação dos correspondentes bancários imobiliários no mercado editar

Assim como empresas de diversas áreas de atuação, correspondentes imobiliários também enfrentam diversos desafios no mercado como, por exemplo[6][7][8][9]:

  • Cenário econômico
  • Burocracia e legislação
  • Planejamento
  • Vendas
  • Prospecção de clientes
  • Setor financeiro
  • Recursos humanos
  • Liderança
  • Entre outros

Diante disso, surge a importância da adoção de diferentes abordagens estratégicas como a utilização ou investimento em[7][8][9]:

  • Tecnologia da informação
  • Gestão
  • Divulgação e marketing
  • Parcerias
  • Qualidade no atendimento
  • Finanças
  • Entre outros

A adoção da tecnologia da informação nas empresas já vem sendo observada na literatura e no cenário mercadológico como essencial tanto no aspecto gerencial como em tarefas administrativas e operacionais.[10]

Conforme apontado por Torquato e Silva,[11] ao esclarecerem a ligação entre tecnologia e estratégia, na criação e renovação de vantagens competitivas e fatores essenciais à sobrevivência das empresas, a tecnologia surge como um elemento chave na busca de peculiaridades que as distingam favoravelmente de seus concorrentes.

Assim, um dos fatores de como a tecnologia impacta o crescimento e atuação das empresas depende de como ela está sendo utilizada. Por exemplo, em muitas empresas de menor porte, alguns dirigentes ainda procuram adotar a tecnologia apenas em atividades administrativas e operacionais.[10]

Nesse aspecto, cabe destacar também o uso da tecnologia na gestão da empresa.

Em empresas recém constituídas, incluindo correspondentes bancários, no começo é normal o administrador ou gestor do correspondente trabalhar bastante no operacional.

Porém com o tempo, é importante procurar terceirizar o operacional para sua empresa o mais breve possível, e procurar atuar na gestão de sua empresa de forma a possibilitar trazer mais negócios como clientes ou parcerias.

Para o caso de correspondentes bancários imobiliários, a utilização de sistemas de gestão podem, por exemplo, contribuir com a centralização do cadastro, controle, gestão, e acompanhamento de clientes, atendimentos, produtos comerciais, processos habitacionais, entre outros.[12]

Ainda no aspecto gerencial e adoção de tecnologia, cabe destacar também a importância da gestão e controle das finanças da empresa.

Outro aspecto importante de abordagem estratégica para um correspondente bancário imobiliário seria a divulgação e marketing de sua empresa. Nesse aspecto, a divulgação da marca ou serviços do correspondente através de redes sociais, canais de anúncios e site pode contribuir para dar mais credibilidade e visibilidade à empresa.

Qualidade no atendimento é outro fator importante de destaque no mercado uma vez que contribui com a criação de valor e proporciona crescimento de receita da empresa.[13]

Dentre outras possibilidades de atuação estratégica, cabe também destacar a adoção de parcerias que, no caso de correspondentes imobiliários, podem ocorrer com corretores de imóveis, construtoras, imobiliárias ou pessoas que indiquem clientes. Nesse aspecto o uso de comissões como reconhecimento ou incentivo pode ser uma prática efetiva.

Referências

  1. «Correspondentes bancários». Wikipédia, a enciclopédia livre. 8 de março de 2023. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  2. «Profissão de correspondente imobiliário está em alta no país». Valor Econômico. 18 de agosto de 2023. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  3. a b c Loureiro, E.R; Madeira, D.D.A; Bader, F.L.C.; Expansão dos Correspondentes Bancários no Brasil: uma análise empírica. Banco Central do Brasil, maio de 2016. Disponível em: Expansão dos Correspondentes Bancários no Brasil: uma análise empírica (bcb.gov.br)
  4. a b Banco Central do Brasil. Resolução nr. 3.954, Altera e consolida as normas que dispõem sobre a contratação de correspondentes no País, 24 de fevereiro de 2011. Disponível em: RESOLUCAO N (bcb.gov.br)
  5. Koyashiki, M.L.M.; Hazer, J.H.; Souza, A.; Implantação de um correspondente imobiliário: análise de projeto pela metodologia multi-índice. Abril, 2013. Conference: XIII Congresso Internacional de Custos. At: Alfândega do Porto, Porto, Portugal
  6. Mas, Ignacio e Siedek, Hannah. Banking Through Networks of Retail Agents. CGAP Focus Note 47, maio 2008.
  7. a b «Dia do Empreendedor: 3 desafios enfrentados pelos pequenos negócios – e como superá-los». PEGN. 5 de outubro de 2023. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  8. a b Silva, C.F. Dificuldades das micro e pequenas empresas durante a pandemia: uma análise a partir do ponto de vista dos empresários. Trabalho de Graduação apresentado à Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia da Universidade Federal da Grande Dourados. 2021, Doutados/MS,Brasil.
  9. a b «Planejamento de negócio: dores e necessidades das pequenas empresas - Sebrae SC». Planejamento de negócio: dores e necessidades das pequenas empresas - Sebrae SC. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  10. a b Terence, A.C.F.; Filho, E.E.; A tecnologia da informação como suporte à gestão estratégica da informação da pequena empresa. JISTEM J.Inf.Syst. Technol. Manag. 1 (1) • 2004. doi: 10.1590/S1807-17752004000100003
  11. TORQUATO, P.R.G.; SILVA, G. P. (2000). Tecnologia e estratégia: uma abordagem analítica e prática. São Paulo: Revista de Administração, v. 35, n.1, p.72-85, jan./mar.
  12. Negocial, C. B. «CB Negocial - Sistema para Correspondentes Bancários». www.cbnegocial.com.br. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  13. «A importância do bom atendimento - Sebrae». sebrae.com.br. Consultado em 6 de fevereiro de 2024