Crotalaria juncea

(Redirecionado de Crotalária juncea)

A crotalaria juncea é uma planta arbustiva, tropical, de crescimento rápido da familía das fabaceas, familia essa conhecida como leguminosas, do género das crotalárias, muito utilizada no manejo de solos e para o processo de adubação verde em conjunto de bactérias fixadoras de nitrgênio do gênero rhizobium[1]. É uma planta de crescimento ereto, que pode atingir até dois metros de altura, originária da india e do paquistão, sendo cultivada em diversas zonas tropicais e subtropicais[2]. É uma planta de dias curtos, de ciclo anual, apresentando caule ereto e bastente fibroso, muito resistent quando seco, suas folhas são simples, lanceoladas, possui raiz pivotante e muito forte, com raizes laterais muito bem desenvolvidas e firmes[2], por ser da família das fabaceas é capaz de relizar fixação biológica de nitrogênio atmosférico, onde em suas raizes ocorre a simbiose com bactérias do gênero rhizobium, proporcionando nutrição para a planta, e açucares para a bactéria, assim como a incorporação do nitrogênio no solo[3]. Seu uso como adubo verde é muito conhecido e preconizado, levando em conta o seu crescimento rápido, capacidade de suprimir ervas invasoras e grande potêncial de biomassa, mesmo sendo sensível ao fotoperíodo[4].

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCrotalária Juncea

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Crotalaria
Espécie: Crotalaria juncea

Estudos sobre fixação biológica editar

 
Raiz da planta crotalária Juncea com nódulos de bactérias do gênero rizobium
 
Mamangava visitando flor de crotalária juncea

Diversos autores relatam a eficiência desta planta no processo de fixação biológica, mas ainda é necessário avanços nesta área de pesquisa, arranjos populacionais de Crotalaria juncea, independentemente da épocade semeadura, são determinantes no desempenho agronômico[5]. Assim como é verificado que a matéria se decompoe mais rapidamente quando a densidade de material é menor, melhorando o incremento de N no solo[6]

Descrição morfolófica da planta editar

Planta e ciclo anual, herbácea, de dias curtos, com caule ereto e fibroso, suas folhas são simples, com até 12 centímetros de comprimento e cerca de 3,8 centímetros de largura, em formato de lança oblonga, coberta por triocomas (pelos) curtos e felpdos, dispostas de forma espiral ao longo do caule. Apresenta uma raiz principal do tipo pivotante, muito forte e desenvolvida, assim como as laterais. Forma nódulos lobados fixadores de nitrogênio atmosférico (N2), que são colonizados por bactérias do gênero rizóbio, assim como o feijão e a soja. A planta ramifica aproximadamente aos 50 centímetros acima do solo quando não está adensada, sendo suprimida essa quando a densidade de plantio é muito alta. Quando é cultiva em dias curtos, sua floração ocorre em cerca de oito semanas após o plantio.[2]

Ver também editar

Referências

  1. BONFIM-SILVA, Edna Maria et al. Desenvolvimento e produção de Crotalária juncea adubada com cinza vegetal. Enciclopédia Biosfera, v. 7, n. 13, 2011.
  2. a b c LI, Yuncong et al. Crotalaria Juncea. Soil and Water Science Department, Florida Cooperative Extension Service, Institute of Food and Agricultural Sciences, University of Florida. USA, 2012.
  3. GUERRA, J. G. M.; DE-POLLI, Helvécio; ALMEIDA, DL de. Managing carbon and nitrogen in tropical organic farming trough green manuring. Strategies and tactics of sustainable agriculture in the tropics, p. 125-140, 2004.
  4. AMABILE, Renato Fernando; FANCELLI, Antonio Luiz; CARVALHO, Arminda Moreira de. Comportamento de espécies de adubos verdes em diferentes épocas de semeadura e espaçamentos na região dos Cerrados. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 35, p. 47-54, 2000.
  5. PEREIRA, Arison José et al. Desempenho agronômico de Crotalaria juncea em diferentes arranjos populacionais e épocas do ano. 2005.
  6. DINIZ, Ellen Rubia et al. Decomposição e mineralização do nitrogênio proveniente do adubo verde Crotalaria juncea. Científica, v. 42, n. 1, p. 51-59, 2014.