David Zeiger (Kovel, 21 de fevereiro de 1918São Paulo, 10 de maio de 1981) industrial brasileiro na área de vestuário e moda.

David Zeiger
David Zeiger
David Zeiger no seu escritório.
Nascimento 21 de fevereiro de 1918
Kovel,  Ucrânia
Morte 10 de maio de 1981 (63 anos)
São Paulo,  São Paulo
Residência São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Emilia Zeiger (Nascida Liberman. Mila Zeiger)
Filho(a)(s) Sergio Zeiger, Claudio Zeiger, Eduardo Zeiger e Celia Zeiger
Ocupação Industrial

A familia de David Zeiger imigrou da Ucrânia (na época, Polônia) para o Brasil no início da década de 1920. David, com seus irmãos e mãe reuniram-se com o seu pai Shaja Zeiger, que havia deixado a Polônia um ano antes. Shaja (Salomão) Zeiger era alfaiate, e em poucos anos fundou a Goomtex, uma fábrica de capas de chuva e abrigos. Desde jovem, David Zeiger trabalhou com o pai, passando brevemente a gerar negócio. Depois de casado, David Zeiger se empenhou em administrar a Pullsport -- fabrica de moda feminina -- junto com sua esposa Mila.

David Zeiger também dedicou sua energia às areas de cultura, filantropia, e publicidade.

Origem e Educação editar

 

Apesar de criado e educado dentro de uma comunidade de imigrantes judeus no Bom Retiro, o David adolescente já mostrava um bom domínio da língua portuguesa e uma curiosidade pela cultura brasileira que o levou a procurar amizades fora do pequeno núcleo de europeus onde vivia.

Tornou-se sócio do clube Espéria, e do clube de regatas Tietê no qual participou como remador em competições. Asociou-se ao clube Portugália, que publicava um jornal com textos de autoria dos vários sócios. Seus textos de reportagem e ficção passaram a ser publicados sob a orientação do poeta Mario Gallo. David Zeiger finalizou a sua educação na Escola Técnica de Contabilidade.

Atividades Comunitárias editar

 
 

Depois da Segunda Guerra Mundial, David Zeiger iniciou suas atividades filantrópicas. Ajudou a arrecadar fundos e contribuiu com seus próprios recursos para o recentemente criado estado de Israel.

A maioria de seus esforços por causas sociais, porém, se concentrou no Brasil. Auxiliou Carmem Prudente no estabelecimento do Hospital do Câncer, e nas campanhas beneficentes que se seguiram. Foi doador inicial do Hospital Israelita Albert Einstein. Deu acesso médico aos seus funcionarios através da clínica SERMA (http://www.sermasaude.org/rede-credenciada-da-serma.html)

 

Apoio ao Desenvolvimento do Brasil editar

 
 

David Zeiger acreditava num Brasil baseado no modelo de economia de mercado dos Estados Unidos, com uma vasta classe média, acesso geral a educação e serviços médicos. Durante o governo Juscelino Kubitschek (1956 a 1961), ele encontrou um clima favorável para esse ponto de vista, que ajudaria o Brasil a sair do estado de uma economia agrária para se tornar um gigante industrial.

Nessa época David conheceu o deputado Antônio Sílvio Cunha Bueno, com o qual desenvolveu uma longa amizade, e através do qual começou a participar mais ativamente da vida política do país. David Zeiger promoveu Cunha Bueno dentro da comunidade judaica. A amizade com a familia Cunha Bueno resultou em duas homenagens: A escola publica David Zeiger[1], e a Rua David Zeiger, ambas em São Paulo.

Carreira editar

 

Durante os anos do Milagre Econômico, nas décadas de 1960 e 1970, os negócios de David Zeiger cresceram com velocidade. Sua fabrica (Cia Pullsport de Malharia) passou a ocupar dois prédios de sete andares com 500 funcionários.

Em 1967, a revista norte-americana Time[2] publicou uma reportagem de capa, com a foto do presidente Costa e Silva. A matéria focalizava no progresso da economia brasileira, e citava exemplos de líderes em vários campos de atividade. Nela, David Zeiger foi apresentado como exemplo de industrial.

David Zeiger tinha um comportamento modesto e comunicativo, que se manifestava igualmente tanto com os funcionários de sua empresa, quanto com personalidades importantes.

Outros Interesses editar

 
 

David Zeiger participou desde o principio das feiras de industria textil estabelecidas por Caio de Alcântara Machado (FENIT), dos painéis da Bienal Internacional de Arte de São Paulo[3] e de um projeto que visava integrar um centro cultural com teatros e salas de concerto no parque Ibirapuera.

Era também colecionador de arte. A seu ver, a cidade de São Paulo tinha o potencial de se tornar a metrópole mais importante da América Latina.

Referências

  1. Escola Estadual David Zeiger, http://www.educacao.sp.gov.br/cgrh/escolas/david-zeiger/, Rua Satélite Jápetus, 30 - Jd M Amália, SP, 04858-520, Brasil
  2. TIME Magazine, Brazil's President Costa e Silva, 21/04/1967
  3. XVI Bienal de São Paulo, http://issuu.com/bienal/docs/nameafc024, Homenagem da Fundação Bienal de São Paulo, 16 outubro a 20 de dezembro de 1981

Ligações externas editar