Densitometria óssea

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A densitometria óssea é um método de diagnóstico para a osteoporose e osteopenia. É considerado o exame de referência para se medir a densidade mineral óssea. O equipamento mais utilizado para este exame usa a técnica de Absorciometria de Energia Dupla de Raios X ou DEXA (sigla em inglês para Dual Energy X-ray Absorptiometry).[1][2]

A técnica DEXA pode avaliar a densidade óssea em vários locais, os três mais comuns são: coluna lombar, colo do fêmur (anca total) e antebraço (rádio distal).[1]

Os aparelhos utilizados aliam precisão e rapidez na execução dos exames, o paciente não necessita de preparo especial e nem estar em jejum.[1] Embora haja exposição à radiação, ela é baixa[1], da ordem de 0.001 mSv.[3]

Equipamento para densitometria óssea usando a técnica DEXA

A técnica funciona medindo-se a intensidade dos raios X que atravessam o corpo. Os raios X são absorvidos pelos tecidos moles (músculos, gordura, pele, etc) e ossos. Como os ossos possuem maior densidade e elementos de número atômico mais alto, eles absorvem os raios X mais fortemente que os tecidos moles. Além disso, os raios X são absorvidos de forma diferente dependendo de sua energia. Dessa forma, usando-se feixes de raios X com duas energias diferentes e que atravessam o mesmo ponto do corpo, é possível calcular densidade superficial dos ossos, dados na unidade de g/cm2. Os dados de cada ponto são combinados para formar uma imagem que permite a identificação e análise das diversas regiões.[4][5]

No Brasil, o Ministério da Saúde por meio da portaria no 451 de 2014, que versa sobre o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da osteoporose, estabelece a densitometria óssea por DEXA como a técnica diagnóstica para osteoporose, além do exame clínico.[6]

Outras técnicas editar

Além da densitometria por DEXA, existem outros métodos que também são usados para a determinação da densidade óssea:

  • Ultrasonografia: a ultrasonografia quantitativa é uma técnica que está na segunda posição entre os métodos para avaliar a resistência óssea, após a DEXA. Porém o uso dessa técnica para a seleção e identificação de pessoas com osteoporose é ainda controverso. Trata-se de uma técnica atraente pois não há exposição à radiação ionizante, os custos são mais baixos em relação a outras técnicas e os dispositivos são portáteis.[1]
  • Tomografia Computadorizada Quantitativa (TCQ): trata-se da tomografia computadorizada por raios X aplicada à medida da absorção de raios X. Embora bastante difundida no mundo, é uma técnica menos precisa, mais demorada, mais cara e menos segura (em função da dose de radiação[1]) que a DEXA.[7]
  • Radiografia convencional : é pouco sensível, detectando a perda óssea apenas quando ela alcança valores entre 30 e 50%.[7]

Referências

  1. a b c d e f Sara Rosa de Sousa Andrade; Maria Rita de Sousa Silva, Waldemar Naves do Amaral (2015). «Propedêutica diagnóstica da osteoporose». Rio de Janeiro: Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetricia. Femina. 43 (3): 135-148. ISSN 0100-7254. Consultado em 9 de novembro de 2019 
  2. Aarão Mendes Pinto Neto, et all (2002). «Consenso brasileiro de osteoporose 2002» (PDF). Campinas: Redprint Editora. Revista brasileira de reumatologia. 42 (6): 343-354. ISSN 0482-5004. Consultado em 9 de novembro de 2019 
  3. «Radiation Dose in X-Ray and CT Exams» (em inglês). RadiologyInfo.org. Março de 2019. Consultado em 9 de novembro de 2019 
  4. Glen M. Blake; Ignac Fogelman (julho de 1997). «Technical Principles of Dual Energy X-Ray Absorptiometry». Elsevier. Seminars in Nuclear Medicine (em inglês). 27 (3): 210-228. ISSN 0001-2998 
  5. «Physical principles and measurement accuracy of bone densitometry» (PDF) (em inglês). Royal Osteoporosis Society. 2006. Consultado em 10 de novembro de 2019 
  6. Ministério da Saúde (2014). «PORTARIA Nº 451, de 09 DE JUNHO DE 2014» (PDF). Consultado em 10 de novembro de 2019 
  7. a b Leticia Krauss Silva (agosto de 2003). «Avaliação tecnológica em saúde: densitometria óssea e terapêuticas alternativas na osteoporose pós-menopausa». Rio de Janeiro. Cadernos de Saúde Pública. 19 (4): 987-1003. ISSN 0102-311X. Consultado em 9 de novembro de 2019 

Ver também editar