Nota: Para outros significados de Diódoto, veja Diódoto (desambiguação).

Diódoto, filho de Êucrates,[1] foi um orador ateniense, citado por Tucídides, que fez um discurso a favor do perdão para os rebeldes de Mitilene, durante a Guerra do Peloponeso.[2]

Durante a guerra arquidâmica e após a morte de Péricles, Atenas e Esparta decidem escalonar a guerra. Esparta havia prometido ajuda à ilha de Lesbos caso eles se revoltassem contra Atenas, porém eles não cumpriram a promessa e, em 427 a.C., a ordem foi restaurada, e a assembleia de Atenas teve que decidir o destino dos prisioneiros de Mitilene.[3]

Cleon propôs que os prisioneiros fossem executados,[2][3] e suas mulheres e crianças vendidas como escravos.[3]

Diódoto se opôs a Cleon,[2][3] propondo o perdão para os rebeldes.[2] Segundo Diódoto, executar os homens de Mitilene era justificável, porém a Assembleia não era uma corte legal, onde as pessoas deveriam decidir o que é justo, mas um local político, onde se deveria decidir se Mitilene poderia ser útil a Atenas. Se os homens fossem mortos, os futuros rebeldes tenderiam a lutar até a morte, sabendo que seriam mortos de qualquer modo, porém se a rendição de Mitilene fosse aceita, estes futuros rebeldes saberiam que haveria a possibilidade de negociar a rendição.[3]

O discurso de Diódoto foi mais persuasivo,[2] e apenas os "mais culpados", cerca de mil homens, foram executados.[3]

Referências

  1. Tucídides, História da Guerra do Peloponeso, Livro III, Capítulo IX, Quarto e Quinto anos da Guerra. Revolta de Mitilene [em linha]
  2. a b c d e René Rapin, Thomas Taylor, Thomas Rymer, Basil Kennett, The whole critical works of Monsieur Rapin ...: Newly done into English by several hands (1706), p.258 [em linha]
  3. a b c d e f Jona Lendering, Cleon [em linha]