O 3-5-2 brasileiro

No Brasil, o 3-5-2 pode ter líberos ou não mas é cada vez mais frequente que não se utilize essa função.

Dois exemplos podem ser vistos com as seleções de 1990 e 2002. Em 90, Mauro Galvão recebia a denominação de líbero mas atuava como um terceiro zagueiro. Esta seleção era excessivamente defensiva, pois os alas Jorginho e Branco não eram suficientemente velozes para atuar neste esquema tático e na prática eram laterais mesmo, de modo que o esquema acabou sendo quase um 5-3-2. Esse mesmo sistema com três zagueiros, sem líbero verdadeiro foi utilizado em 2002 com sucesso, mas nesse caso, Cafu e Roberto Carlos eram laterais velozes e subiam ao ataque com eficiência mortal. Os três Zagueiros Lucio, Roque Júnior e Edmilson permaneciam atrás e só subiam quando havia bolas paradas. De fato, a seleção de 2002 era tão ofensiva que fez 18 gols durante a copa, apenas um a menos que a fabulosamente ofensiva seleção brasileira de 1970.

O Esquema 3-5-2 brasileiro normalmente não usa o líbero e trabalha com 3 zagueiros, podendo assumir a condição de ofensiva ou defensiva, dependendo da velocidade dos laterais, e da intensão do treinador.

Este esquema, sem grandes malabarismos táticos pode ser modificado para tornar-se mais precavido em caso de necessidade. Em 2002, no jogo contra a Inglaterra, o técnico Luiz Felipe Scolari utilizou o lateral esquerdo Roberto Carlos, que tinha sido o mais eficiente criador de jogadas de ataque nos jogos anteriores, para permanecer mais próximo da linha de meio campo marcando a zona de cruzamentos do meia Beckham para as cabeçadas mortais de Owen. O sacrifício de Roberto Carlos foi compensado pelo fato de o Brasil possuir variações de ataque do lado direito com Cafú e Ronaldinho Gaúcho enquanto a Inglaterra era excessivamente dependente dos cruzamentos de Beckham. A marcação serrada feita por Roberto Carlos no primeiro combate e Edmílson na retaguarda, sobretudo no segundo tempo, valeu a conquista daquela vitória.

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