Discussão:Arte sequencial

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O conteúdo desta página foi retirado do verbete Banda Desenhada (cujo histórico pode ser visualizado aqui) após a discussão abaixo, ocorrida na Esplanada. --Whooligan 02:07, 21 Maio 2006 (UTC)

Banda desenhada editar

Trago aqui comentário deixado em minha página sobre assunto que não domino. -- Clara C. 19:19, 6 Maio 2006 (UTC)

Gostaria de comentar um assunto. Os termos cartoon, banda desenhada e história em quadrinhos se referem ao mesmo tema, correto? No entanto, o artigo cartoon existe, o artigo banda desenhada existe, mas o artigo história em quadrinhos não existe. Banda desenhada não é apenas um termo português. É mais que isso, se refere a toda a produção feita em desenhos em portugal. Enquanto que no Brasil, isso recebe o nome de História em Quadrinhos. Os dois termos refletem dinâmicas sociais diferentes, problemas sociais diferentes, e semanticamente os termos possuem conotações sociais diferentes. Para o brasileiro, banda desenhada não representa história em quadrinhos, concorda? Acho que mesmo que o artigo banda desenhada tenha surgido antes do artigo história em quadrinhos, não justifica o redirecionamento no artigo história em quadrinhos. Os termos podem representar a mesma coisa, ou seja, Arte sequencial, mas com nomes diferentes. No entanto, eles não representam a mesma coisa. Os dois termos representam realidades sociais diferentes e acho que essa distinção deve existir. Imagine só: um aluno de 5ª série do ensino fundamental vai fazer um trabalho sobre Cartum no Brasil, e vai utilizar a Wikipédia como referência. Ele então coloca como título de seu trabalho Banda Desenhada no Brasil. O que acha disso? Não que seja um critério satisfatório, mas no google no dominio .br existem 4.540.000 com História em Quadrinhos e 27.600 com Banda Desenhada, mesmo assim porque é o nome de um livro que foi lançado no Brasil sobre as "Bandas Desenhadas" de Portugal. Quando se faz o redirect, o artigo História em Quadrinhos não aparece nas pesquisas no google. Quando efetuamos essa pesquisa historia em quadrinhos site:pt.wikipedia.org, o artigo que aparece é História em Quadrinhos no Brasil mas não é o artigo principal, pois o artigo História em Quadrinhos no Brasil se refere mais a produçao de quadrinhos por cartunistas brasileiros, enquanto que História em Quadrinhos se refere a produção de cartuns de uma forma geral, por todos os países do mundo, e como essa produção mundial é percebida por nós, brasileiros. O artigo História em quadrinhos, que atualmente se encontra redirecionado para Bandas Desenhadas, demonstra um conceito que está ligado a uma realidade brasileira, e não portuguesa, assim como Banda Desenhada representa uma realidade portuguesa, e não brasileira, e isso também tem que ser respeitado. O que você acha que poderia ser feito em relação ao redirecionamento? Me parece que o termo em Portugal para as pessoas que produzem bandas desenhadas é ilustrador. No Brasil, eles são mais conhecidos por cartunista. Algumas pesquisas no google comprovam isso: "ilustrador português" site:pt.wikipedia.org retornou 1 resultado. "cartunista brasileiro" site:pt.wikipedia.org - 51 resultados. "cartunista português" site:pt.wikipedia.org - nenhum resultado. Seria o caso de redirecionar a categoria Categoria:Ilustradores de Banda Desenhada para Categoria:Cartunistas do Brasil ? Ou ainda, criar a Categoria:Cartunistas de Banda Desenhada ? Eduardoferreira 07:24, 6 Maio 2006 (UTC)

´ Por que não mover o artigo para Arte sequencial, e inserir lá essas diferenças sócio-culturais a respeito das diferenças entre Portugal e Brasil? Creio que três artigos sobre o mesmo, apenas devido a essas diferenças é, por enquanto, demais - a não ser que se façam artigos sobre tal arte em Portugal e no Brasil suficientemente desenvolvidos... Manuel Anastácio 21:41, 7 Maio 2006 (UTC)

Existe um engano. Cartum e BD/HQ são duas coisas distintas. Apesar de terem como referência o desenho, o cartum tem muito mais o propósito de passar uma mensagem política, contar uma piada, fazer uma sátira. Ou seja, é a síntese de uma idéia em um desenho. BD/HQ é um conjunto de desenhos que formam uma determinada história. São coisas distintas. Se perguntar a um ilustrador de HQs (no Brasil) se ele é "cartunista", provavelmente terá uma resposta negativa. Cartunista, aqui, é sinônimo de chargista. Indech::alô? 22:39, 7 Maio 2006 (UTC)

Muito boa a sugestão do Manuel. Quanto à questão de ilustradores de quadrinhos/cartunistas, realmente são profissões diferentes, não cabe aqui misturar as duas coisas mas sim fazer a diferenciação entre Banda Desenhada em Portugal e História em Quadrinhos no Brasil. Se for decidido pela mudança me proponho a fazer as alterações . --Whooligan 23:36, 7 Maio 2006 (UTC)

Mais comentários em minha página: Olá. Como seria a inclusão de que você falou? Consistiria em alterar o conteúdo do artigo história em quadrinhos, que atualmente só possui o redirecionamento, para um artigo completo que fale sobre como as histórias em quadrinhos são percebidas pelo Brasil (aspectos como produção, principais técnicas, características predominantes) ? Eduardoferreira 15:52, 7 Maio 2006 (UTC)
Continuo tentando direcionar o wikipedista para aqui... -- Clara C. 02:29, 8 Maio 2006 (UTC)

Segundo o artigo Arte seqüencial e a própria introdução do artigo Banda Desenhada, esta última não é a única forma de arte sequencial que existe; logo, Banda Desenhada/História em Quadrinhos não é exactamente a mesma coisa que Arte sequencial. --Neko 03:19, 8 Maio 2006 (UTC)

O termo "arte seqüencial" foi criado por Will Eisner para definir "o arranjo de fotos ou imagens e palavras para narrar uma história ou dramatizar uma idéia", englobando principalmente as histórias em quadrinhos. Já amanhã vou começar a trabalhar numa revisão de ambos os textos (Arte seqüencial e Banda Desenhada).--Whooligan 03:28, 8 Maio 2006 (UTC)
  • Alguns conceitos para esclarecer melhor as dúvidas.

quadrinho: 2. desenho em seqüência, inicialmente sobre cartão e depois em papel ou afim, em preto ou em cores, para fins caricaturais ou humorísticos de amplo espectro de percepção e aceitação [Foi inicialmente destinada à publicação em periódicos e, em seguida, aproveitada para uma seqüência narrativa de base visual em filmes animados, ou histórias em quadrinhos.] 3. Regionalismo: Brasil. história em quadrinhos[1]

história em quadrinhos: história narrada por meio de desenhos contidos em pequenos quadros, com diálogos, inseridos em balões, ou com texto narrativo, apresentado sob forma de legenda; banda desenhada.[2] Alguns quadrinistas: Jack Kirby, George Herriman (do Krazy Kat), Will Eisner, Berardi e Milazzo (do Ken Parker), Hugo Pratt, Robert Crumb e Flávio Colin.[3] Ziraldo se refere a quadrinhos dessa forma: Quadrinhos são coisa bem mais complexa, porque se valem de elementos da pintura, ilustração, literatura, cartum, charge, caricatura e até cinema, podendo trocar influências e idéias num toma lá dá cá que às vezes é só toma lá, às vezes é só dá cá. Além disso, como Will Eisner colocou em seu livro, quadrinhos são arte sequencial, ao contrário da charge e do cartum, que se resolvem em um só quadro.' [4]

cartum: desenho humorístico ou caricatural, espécie de anedota gráfica que satiriza comportamentos humanos, geralmente destinada à publicação jornalística.[5] o cartum possui uma linguagem universal.[6] Surgimento da palavra cartum no Brasil: Aqui no Brasil, o cartoon ganhou jogo de cintura e virou cartum, como narra o pai da criança, Ziraldo: "no Brasil, a gente tinha que grifar, já que era palavra estrangeira. Ficava uma coisa chata. Então eu fui falar com o Aurélio, contei a ele que tinha criado a palavra e ele disse que ia dicionarizá-la. Logo depois, em 1967, um diretor do Jornal dos Sports que estava querendo fazer grandes mudanças me chamou para fazer um caderno de humor. No título já fui colocando a grafia nova: 'Cartum JS'. O neologismo apareceu pela primeira vez na revista Pererê, de fevereiro de 1964, do mesmo Ziraldo. Chico Caruso define assim cartum: Se você afasta a câmera, pegando o plano geral, sem detalhes, e a piada é universal, como a do náufrago, é um cartum. [7] O cartum relata um fato universal que não depende do contexto específico de uma época ou cultura, sendo assim atemporal. Temas universais como o náufrago, o amante, o palhaço, a guerra, o bem x mau, são frequentemente explorados em cartuns. São temas que podem ser entendidos em qualquer parte do mundo por diferentes culturas em diferentes épocas. É comum vermos a ausência de textos em cartuns. São os chamados cartuns pantomímicos ou cartuns mudos onde a idéia é representada somente pela expressão dos personagens no desenho sem que seja necessário o emprego de texto como suporte. [8] O ítalo-brasileiro Angelo Agostini e o português Raphael Bordallo Pinheiro

http://www.videotexto.tv/cartum.html http://www.odarainternet.com.br/supers/quadrinhos/cartun-origem.htm

charge: desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão, geralmente veiculado pela imprensa e tendo por tema algum acontecimento atual, que comporta crítica e focaliza, por meio de caricatura, uma ou mais personagens envolvidas; caricatura, cartum.[9] para se entender uma charge, é necessário ter algum conhecimento da realidade da epóca em que ela foi desenhada.[10] caricatura.[11] A primeira charge brasileira, atribuída a Manuel de Araújo, foi realizada em 1837 e já denunciava a prática do recebimento de propina.[12] Caruso define charge: Se você aproxima a câmera, pegando o chamado plano americano -- da cintura pra cima -- e localiza a piada, aí é charge. [13] Alguns chargistas: Aliedo, Dálcio, Toni Francis, Seri, Glauco, DaCosta, Amorim, Dante, J. Bosco, Novaes, Duke, Santiago, Sinovaldo, M. Aurélio, S. Salvador, M. Borges, Paixão, Alecrim, Zope, J. Barreto, J. Marcos, Ique, Bessinha, Sinfrônio, Bello, Duke, Sponholz, Arionauro, Fausto, Frank, Laílson, Gustavo Duarte, Agê, Clayton, Iotti, Pires, Jottas, Ronaldo, Casso, Jannotti, Amarildo, Jorge Braga, Simon Taylor, Lute, Lane, Rico, Kacio, Henrique, Oscar, Myrria, Paulo Caruso, Erasmo, Waldez, Eder, M.Jacobsen, Jota A, Chico Caruso[14] A charge relata um fato ocorrido em uma época definida, dentro de um determinado contexto cultural, econômico e social específico e que depende do conhecimento desses fatores para ser entendida. Fora desse contexto ela provavelmente perderá sua força comunicativa, portanto é perecível. Justamente por conta desta característica, a charge tem um papel importantíssimo como registro histórico.[15] Paulo Francis, Fortuna, Millôr Fernandes, Jaguar, Laerte, Jal, Lor, Hilde, Glauco, Maringoni, Spacca, Angeli, Negreiros são outros nomes de chargistas.[16]

http://www.videotexto.tv/charge.html

caricatura: desenho de pessoa ou de fato que, pelas deformações obtidas por um traço cheio de exageros, se apresenta como forma de expressão grotesca ou jocosa.[17] representação pictórica ou descritiva, que exagera jocosamente as peculiaridades ou defeitos de pessoas ou coisas.[18] Caruso: E se você fecha a câmera só na cabeça, o close, é caricatura. [19] A caricatura pessoal é uma das formas de expressão caricatural e se utiliza do exagero em determinadas características físicas da pessoa. É mais comum vermos o emprego do exagero nos traços da fisionomia da pessoa caricaturada mas pode-se eleger qualquer parte do corpo, bem como trejeitos para serem destacados no desenho. É muito importante exagerar mas sem esquecer de manter traços característicos que identifiquem a pessoa caricaturada.[20]

http://www.videotexto.tv/caricatura.html

banda desenhada: Regionalismo: Portugal. mesmo que história em quadrinhos. locução banda desenhada considerado galicismo, galicístico/a; mais usada em Portugal[21]

Piada muda: Quando não há uso do balão num cartum, e o texto não aparece abaixo do desenho, como diálogo ou título, expediente comum a Carlos Estevão, o cartum é conhecido como piada muda.[22]


Alguns cartunistas e caricaturistas: J. Carlos, Raul Pederneiras, Millor, Ziraldo, Jaguar, Henfil, Ralph Steadman, Ronald Searle, Sempé, Quino, Laerte, Angeli.[23]

  1. DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva, 2001, CD-rom versão 1.0, para Windows.
  2. DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva, 2001, CD-rom versão 1.0, para Windows.
  3. Entrevista de Gilberto Maringoni
  4. Cartum, charge, caricatura
  5. DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva, 2001, CD-rom versão 1.0, para Windows.
  6. Enciclopédia do Gibi
  7. Cartum, charge, caricatura
  8. A diferença entre caricatura, charge e cartum
  9. DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva, 2001, CD-rom versão 1.0, para Windows.
  10. Enciclopédia do Gibi
  11. DICIONÁRIO BRASILEIRO da língua portuguesa. 4. ed. São Paulo, Encyclopaedia Britannica, 1980, 2 v.
  12. Ivan Cabral
  13. Cartum, charge, caricatura
  14. Charge online
  15. A diferença entre caricatura, charge e cartum
  16. http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/comunica/quadrin/cartun/index.htm
  17. DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva, 2001, CD-rom versão 1.0, para Windows.
  18. DICIONÁRIO BRASILEIRO da língua portuguesa. 4. ed. São Paulo, Encyclopaedia Britannica, 1980, 2 v.
  19. Cartum, charge, caricatura
  20. A diferença entre caricatura, charge e cartum
  21. DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva, 2001, CD-rom versão 1.0, para Windows.
  22. Cartum, charge, caricatura
  23. Entrevista de Gilberto Maringoni

Ainda estou elaborando algumas conclusões e pesquisando em outros lugares. História em quadrinhos é arte sequencial e Banda desenhada também. Cartum e charge se compõem de um só quadro, o que não configura arte sequencial. Caricatura é uma charge, mas focado em algum indivíduo. Eduardoferreira 21:56, 9 Maio 2006 (UTC)

Desculpem a minha ignorância... Os nossos confrades do outro lado do Atlântico já escrevem cartum por cartoon? É que deste lado virou cartune  ... Cartum só mesmo a capital do Sudão (al-Khartum) --Andreas Herzog 21:14, 10 Maio 2006 (UTC)
Pois é, Andreas. Por aqui é cartum. Eduardoferreira 02:00, 11 Maio 2006 (UTC)
Danke schoen. Vivendo e aprendendo --Andreas Herzog 17:58, 11 Maio 2006 (UTC)

Alterações editar

Com toda a informação disponível creio que já é possível chegarmos a um consenso sobre esse caso: alterar ou não alterar? A meu ver as mudanças teriam de ser as seguintes:

Lista de editoras de banda desenhada para Lista de editoras de arte seqüencial
Lista de séries de banda desenhada para Lista de séries de arte seqüencial
Lista de autores de banda desenhada para Lista de autores de arte seqüencial
  • Redirect das categorias:
Categoria:Banda Desenhada para Categoria:Arte seqüencial
Categoria:Ilustradores de Banda Desenhada para Categoria:Ilustradores de arte seqüencial
Categoria:Autores de Banda Desenhada para Categoria:Autores de arte seqüencial
Categoria:Editoras de Banda Desenhada para Categoria:Editoras de arte seqüencial
Categoria:Premiações de Banda Desenhada para Categoria:Premiações de arte seqüencial
  • Redirect das predefinições:
Predefinição:Esboço-banda desenhada para Predefinição:esboço-arte seqüencial
Predefinição:Esboço-personagem-bd para Predefinição:Esboço-personagem-arte-seq
Predefinição:Esboço-artista-bd para Predefinição:Esboço-artista-arte-seq

Caso seja decidido pela mudança me proponho a fazer as alterações necessárias --Whooligan 23:51, 13 Maio 2006 (UTC)

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