Discussão:Hora de ponta

Nota linguística: a expressão hora do rush é um aborto linguístico, uma submissão humilhante ao poderio cultural anglo-saxónico; e deve naturalmente ser proscrita.--Lampiao 18:04, 9 Julho 2005 (UTC)

O que que as pessoas têm contra estrangeirismos? É uma expressão muito comum no Brasil. Além disto, convém notar que várias palavras da língua portuguesa são derivadas de outros idiomas. Leslie Msg 06:49, 10 Julho 2005 (UTC)

Hora do rush editar

Nada contra palavras derivadas de outros idiomas. Nada mesmo. Agora "rush" não é uma palavra portuguesa. Não é sequer um anglicismo, é uma palavra inglesa desnecessária na nossa fala. Agora se vocês querem ir progressivamente emopobrecendo a nossa língua pela utilização imoderada de palavras estrangeiras (sublinho palavras estrangeiras desnecessárias), o problema é vosso. Mais concedam-me o direito de lutar legitimamente contra isso? A maior pobreza é não se ver quando se é rico, e invejar os bens (nestes caso, as palavras) dos outros (neste caso dos ingleses): a pobreza de espírito. Talvez seja por eu já ter andado por tanto mundo, ter de falar tanta língua, que tento evitar ceder à facilidade de utilizar na nossa bela língua palavras que a ela não pertencem. --Lampiao 08:52, 10 Julho 2005 (UTC)


Acho que de uma maneira geral é razoável priveligiar as palavras portuguesas quando elas existem. Eu não sei qual é a situação no Brasil, mas em Portugal diz-se hora de ponta em vez de rush hour. Os brasileiros percebem hora de ponta? Não estou contra a integração de palavras estranjeiras na língua portuguesa, mas unicamente quando elas trazem qualquer coisa de novo à língua.
Compreendo que se a maior parte das pessoas no Brasil utilisa rush hour parece rasoável utilisar esse termo, mas também é preciso pensar que a encyclopédia dirige-se a todos os lusófonos do mundo, para os quais rush hour não é um termo óbvio. A wikipédia tem um âmbito mais amplo do que o Brasil.-- Cymbaloum msg 09:04, 10 Julho 2005 (UTC)
A regra da wikipédia lusófona é que os artigos podem ter um título segundo a norma portuguesa ou brasileira. Assim temos um Trem e um Egipto em alegre convivência. Em ambos os casos, há redireccionamentos a partir dos outros termos, veja Comboio e Egito. Neste caso, o artigo é hora do rush e assim vai ficar (goste-se ou nao) porque quem chegou primeiro ao tópico foi aparentemente um brasileiro. Se verificar nos artigos afluentes, verá que estao presentes todos os redirects apropriados, de forma a que uma pessoa que procure hora de ponta encontra o que quer. A wikipédia tem um âmbito mais amplo que o Brasil: com certeza, por isso é que os dois termos estao na frase introdutória. Groet! Muriel 09:48, 10 Julho 2005 (UTC)
Totalmente de acordo, os redireccionamentos permitem a todos de compreender do que se fala. E certamente não critico o facto de se respeitar as diferências linguísticas (não estava a propor de priveligiar um termo em uso em Portugal sobre aquele em uso no Brasil). Mas pareceu-me que os próprios brasileiros têm escolha entre um termo inglês e um termo português (é verdade?), e nesse caso parece-me mais indicado utilisar o termo português,que talvez até é diferente do que se diz em Portugal. Isso não só preserva a riqueza da língua, mas também a mantém mais facilmente compreensível no interior da lusofonia. Gruss! -- Cymbaloum msg 15:59, 10 Julho 2005 (UTC)

É este xenofobismo a causa de tantos problemas do mundo atual... E não é somente a língua portuguesa que usa expressões estrangeiras em seu vocabulário. Um exemplo? O inglês usa a expressão francesa coup d'état como "golpe de estado". Só porque eles não tem uma definição em inglês que este inglês fica mais pobre? É claro que não. Ao contrário, isto é o que enriquece o idioma. Aliás, a assimiliação de termos de outros idiomas não é de hoje. Qual a origem da maioria das diferenças entre palavras do PT-PT e PT-BR? Claro, os índios e os escravos trazidos do continente africano, sem contar os imigrantes do século XIX e XX... E não vejo problema algum em usar estrangeirismos, e não somente na língua portuguesa, como também em outros idiomas. Além do mais, em aviação e em computação, o inglês é quase regra. Do contrário, estaremos a falar Janela XP ao invés de Windows XP, daqui a pouco tempo, e acidentes aéreos estarão por vir...Leslie Msg 06:20, 13 Julho 2005 (UTC)

Penso que há confusão aqui. A questão não é de não gostar de estranjeiros como pessoas (xénofobia) mas como usar certos termos estranjeiros. Pessoalmente conheço algumas línguas e gosto disso, e gosto dessas várias línguas (aliás sou o único lusófono no meu trabalho e vivo num país não lusófono). E também é evidente que não estou contra importações de termos de outras línguas para o português. De qualquer maneira o português é uma evolução do latim misturado com árabe, línguas germânicas, e empréstimos vindos de todo o mundo. A maior parte dos termos técnicos actuais são desde a Renascença formados a partir do latim e do grego. Tudo isso é muito positivo e enriquecedor. O que eu critico é a perda de vocabulário português em casos que existem termos portugueses que poderiam perfeitamente funcionar como os estranjeirismos usados. Nestes casos os empréstimos não são necessários e empobrecem a língua, já que termos próprios à lingua são perdidos, o que nos distancia uns dos outros na lusofonia, mas também do que foi escrito no passado (não penso que a língua deva ser imóvel, o que seria ridículo, mas acho que o vocabulário deveria ser preservado e expandido quanto o possível.
Quanto ao exemplo da aviação e da informática, ele é muito útil: Quando se trabalha num contexto internacional é evidente que deve haver um compromisso sobre a língua a utilisar (eu trabalho todos os dias em inglês). Mas nesse caso não se usa uma mistura de português e inglês mas inglês puro. Portanto estamos longe do caso aqui mencionado. Quanto à informática, é evidente que por enquanto ela está (nos países lusófonos) quase sempre em inglês, o que é um verdadeiro problema, jà que constitui uma dificuldade adicional para permitir a pessoas menos educadas de ter acesso às novas tecnologias. Um dos maiores esforços actuais de desenvolvimento consiste justamente em traduzir os sistemas informaticos em línguas locais (por exemplo africanas: xhosa, suaihili, etc) para permitir a populações desfavorecidas de utilisar a informática.
É evidente que é necessario e desejável abrir-se ao estranjeiro, mas isso não necessita empobrecer a sua cultura. Senão o mais simples seria passar directamente de uma mistura de português e inglês para o inglês completo.-- Cymbaloum msg 09:32, 13 Julho 2005 (UTC)
Não creio que usar estrangeirismos (palavras em outros idiomas, diga-se de passagem) empobrecem a cultura. Mas esta é minha opinião. E isto, a mistura de palavras de outros idiomas, não é nada rara de ser ver aqui na cidade onde moro. Ao menos, faz parte da cultura da cidade. Creio que, talvez por este repúdio ao estrangeiro (gente: é só algumas palavras de outros idiomas, pra quê tanta tempestade em copo d' água, a língua portuguesa não vai acabar com isso), 90% a 95% dos descendentes imigrantes que moram no Brasil não falam mais seu idioma de seus antecedentes (excuindo-se aqui aqueles que vieram de Portugal, naturalmente). É uma pena. Leslie Msg 04:14, 14 Julho 2005 (UTC)
 

Citação: Leslie escreveu: «É este xenofobismo a causa de tantos problemas do mundo atual... E não é somente a língua portuguesa que usa expressões estrangeiras em seu vocabulário. Um exemplo? O inglês usa a expressão francesa coup d'état como "golpe de estado". Só porque eles não tem uma definição em inglês que este inglês fica mais pobre? É claro que não. Ao contrário, isto é o que enriquece o idioma. Aliás, a assimiliação de termos de outros idiomas não é de hoje.» Leslie,
Vai uma grande misturada nessa cabeça.
Falar de xenofobia quando estão em causa querelas linguísticas, não releva grande juizo; alias esta disputa nao tem nada a ver com as diferencas entre o portugues e o dialcto brasileiro.
Na frase acima dizes tudo:O inglês usa a expressão francesa coup d'état como "golpe de estado". Só porque eles não tem uma definição em inglês que este inglês fica mais pobre . O problema e' exactamente esse. Nos temos uma bela expressao para evitar esse aborto linguistico da hora do rush. Nao tenho nada que as pessoas a utilizem na rua. Eu tambem caio em misturadas de linguas as vezes, misturando russo com portugues e certas palavras inglesas. Mas numa enciclopedia, que e' suposta ser uma fonte de cultura, nao. E muito menos dar preferencia em relacao a uma expressao portuguesa correcta.
desculpa a falta de acentos, estou em viagem e este teclado nao tem acentos.--Lampiao 20:10, 15 Julho 2005 (UTC)

Você esqueceu de ver o meu comentário acima então. Aliás, "hora do rush" é um termo assimilado ao português do Brasil - ninguém usa "desora do rush". Devo apontar que, como o autor do artigo é um brasileiro, o artigo deverá ficar de qualquer maneira como tal, em "Hora do rush". É como "terramoto", em Portugal (no Brasil, é terremoto). Se um português escrevesse o artigo terramoto, com o título em "terramoto", eu não moveria ele para "terremoto" só porque eu não conheço a expressão - temos de seguir as regras de ortografia, quer que tal título use estrangeirismos assimilados ou não. E como o termo existe no português do Brasil, não há nada de errado com o título. Leslie Msg20:21, 15 Julho 2005 (UTC)

Finalizando editar

Segundo nosso amigo Daniduc, o termo "rush" está presente no Dicionário Houaiss, na página 2484 da edição de 2001.

Acepções
■ substantivo masculino
1    esforço final, aceleração de um corredor no final da competição
2    afluxo brusco de uma grande quantidade de veículos
Ex.: hora do r.
3    grande afluência coletiva que visa obter uma finalidade; corrida
4    Rubrica: cinema.
    material fragmentário rodado diariamente durante uma filmagem e encaminhado ao laboratório para revelação; tomada diária (us. no pl.)

Ex.: durante a montagem, o diretor pede que passem os rushes a fim de definir se o que foi filmado presta ou não


Etimologia

ing. rush (sXIV) 'movimento violento para a frente; arrancada, corrida; ímpeto; afluência, afluxo; agitação', do v. (to) rush 'apressar-se, correr'

Gramática

pl.: rushes (ing.)

Leslie Msg 05:21, 17 Julho 2005 (UTC)


Pois num dicionário de Portugal essa palavra não existe. Faça-se como Salomão! Divida-se a Wikipédia em 2, Português de Portugal para um lado e brasileiro para o outro. Sempre se poupam estas chatices já que ninguém vai dar o braço a torcer. Uns são puristas, outros metem todo o lixo que aparece como legítimo. Chamem o Salomão....

Barao78 01:29, 28 Outubro 2006 (UTC)

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