Discussão:Hound nacional

Último comentário: 10 de janeiro de 2012 de Riquepqd no tópico NÃO EXCLUA O ARTIGO POR FAVOR

NÃO EXCLUA O ARTIGO POR FAVOR editar

Prezado srº Polyethylen,

Sobre o artigo Hound do Brasil, gostaria de fazer algumas observações.

Não sou associado à Associação dos Criadores de Hounds do Brasil, tampouco possuo cães, não criei este artigo para fazer propaganda para qualquer entidade, criei porque acredito estar fazendo um serviço a cinofilia brasileira.

Para ratificar o que escrevo, este não é o primeiro artigo que crio, já criei e expandi outros, a maioria sobre cães e militaria, assuntos que me agradam.

Agora sobre seus questionamentos:


“Sem fontes científicas ou independentes que atestem a autenticidade genética da raça...”


R.: Qual outro artigo sobre uma raça canina na Wikipédia tem alguma prova científica, com estudos genéticos sobre a “autenticidade” de alguma raça?

Na verdade, o que temos são clubes, federações e confederações cinófilas que reconhecem como raça determinado grupo homogêneo de cães, e isto nós temos no artigo, um clube canino que reconhece a raça em questão, agora, mesmo que nenhuma entidade, privada ou pública, reconhecesse determinada raça, mesmo assim não significaria que ela não exista, conforme explico abaixo.

A origem das raças normalmente é anterior a existência de clubes e federações caninas, logo, temos o princípio que elas já existiam mesmo antes de serem reconhecidas por alguma federação canina.

Inclusive, temos em circulação no Brasil a maior revista sobre pets da América Latina, a Cães e Cia, que rotineiramente faz reportagens sobre raças de cães brasileiras em risco de extinção, raças que ainda não são reconhecidas por qualquer clube cinófilo, mas mesmo assim, não deixam de existir por causa disso.

Vale também destacar, que nenhuma destas organizações que “reconhecem” raças de cães, faz qualquer trabalho de pesquisa para “descobrir” uma nova raça, na maioria dos países, inclusive no Brasil e em Portugal, o processo se faz da seguinte maneira, um admirador ou um clube de cães de determinada raça, procura a confederação canina nacional, no Brasil a principal é a CBKC, e apresenta através de registros e verificação dos cães, que se trata de uma nova raça, e a CBKC passa a registrar os filhotes daqueles cães como de raça pura. Porém, se a raça existir mas não houver alguém que procure a confederação canina, ela continuara a existir, mas não oficialmente para registro de filhotes.

E ainda temos os casos em que determinada raça é reconhecida por uma entidade e não por outra, por exemplo no Brasil, a CBKC reconhece o buldogue serrano, mas a sua rival, a SOBRACI não o reconhece, apenas porque os criadores de buldogue serrano ainda não procuraram a SOBRACI solicitando que o reconhecesse.

Além disso, novas espécies de animais são descobertas pela ciência a cada ano, o que não significa que elas não existiam antes que a ciência atestasse isso, se novas espécies ainda são descobertas, imagine então, novas raças de uma espécie já conhecida.

Outro ponto a destacar, é que muitos raças não são “naturais”, por exemplo os famosos doberman e pastor alemão, elas nasceram a partir do desejo de homens em criar uma nova raça, e foram cruzando cães com características que buscavam até criarem uma linhagem homogênea fisicamente e comportamentalmente, pronto, duas novas raças surgiram.


“...Aliás, a fonte refere apenas a história do Foxhound no Brasil...”


R. A História das raças caninas contemporâneas diz que praticamente 100% delas tem origem em pelo menos uma outra raça pré-existente, os cães de raças primitivas são minoria, e mesmo entre eles, muitos tem outras raças primitivas como ancestrais. Não se tem hoje uma raça que seja descendente direta dos lobos, todas modificaram-se e com isto surgiram várias raças de cães, através de seleção natural, ou de seleção realizada pelo homem.

Através destas seleções, estas raças tem suas características principais alteradas, dando origem a uma terceira raça. Logo, citar a história do foxhound no Brasil é citar os ancestrais da raça hound do Brasil, para mostrar que ela não é autóctone do Brasil, que tem uma origem em cães estrangeiros, que por seleção natural aos novos biomas, e por seleção artificial de homens que procuravam mesclar cães e raças com características que lhes agradavam, surgiu uma nova raça, com descendentes que herdaram maior rusticidade e adaptação ao clima brasileiro, e melhores habilidades para caçar animais de florestas tropicais, visto que seus ancestrais eram preparados para caçar principalmente a raposa.

Aliás, o próprio foxhound inglês não é uma raça primitiva, descende de uma outra raça, o Staghounds, e o foxhound inglês também é o ancestral de várias outras raças, como o foxhound americano e diversas raças de sabujos franceses, e em todos os casos o processo de criação destas raças foi muito semelhante à criação do hound do Brasil. http://www.cachorroideal.com/2010/07/foxhound.html

Então, por terem origem no foxhound inglês, quer dizer que o foxhound americano e a maioria das raças francesas de sabujos não existem?


“...e citando também a fonte: "Um dos objetivos da Associação [...] divulgar e comprovar geneticamente esta raça Brasileira." Citando o artigo: "o objetivo é tentar o reconhecimento da raça junto ao Ministério da Agricultura." Então está ou não está comprovada por terceiros?...”


Bom, conforme já informei acima, não necessariamente por não ser reconhecida por entidade A ou B, significa que determinada raça não exista, mas sobre este ponto, quero destacar que:

1º O Ministério da Agricultura do Brasil não é responsável por reconhecer raças de cães, o que ele faz, entre outras atribuições, é preservar e desenvolver raças de animais domésticos brasileiros que tenham valor zootécnico, como bovinos, suínos e etc. Não sei porque a Associação dos Criadores de Hounds do Brasil se procupa com parecer do Ministério da Agricultura, visto que para o caso em questão, parecer da CBKC ou da SOBRACI teriam mais valia, ou não...

2º As raças brasileiras reconhecidas pela Federação Cinológica Internacional, da qual a CBKC é filiada, são o fila brasileiro e o terrier brasileiro, ambas nunca foram citadas pelo Ministério da Agricultura, o que não significa que elas não existam. E o American Kennel Club, uma das principais organizações cinófilas do mundo, não reconhece o fila brasileiro como raça, o que não significa que ela não exista.

3º A única raça em que o Ministério da Agricultura atua pela preservação e desenvolvimento, é o cão sertanejo, pelo seu grande valor zootécnico para as populações que habitam no semi-árido nordestino, e o cão sertanejo, não é reconhecido pela CBKC, o que não significa que ele não exista.

4º Como já afirmei acima, algumas raças não são reconhecidas por qualquer organização cinófila, mas tiveram reportagens sobre elas publicadas na maior revista sobre pets da América Latina. O que comprova sua existência, mesmo sem qualquer reconhecimento oficial de alguma federação ou confederação de cães.

Desculpe pelo grande texto, mas queria expor argumentos que lhe convencessem sobre a autenticidade da raça em questão, por gentileza, se foi convencido, não exclua o artigo.

--Riquepqd (discussão) 02h04min de 10 de janeiro de 2012 (UTC)Responder

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