Discussão:Itamonte
Este artigo foi avaliado com qualidade 2 em 02 de fevereiro de 2009 e faz parte do âmbito de um WikiProjeto: Brasil. | ||
---|---|---|
Para o Projeto Brasil este artigo possui importância 2. Se você se interessa pelo assunto, visite o projeto para conhecer as tarefas e discussões em curso. | ||
Se não tiver suas questões respondidas nesta página de discussão procure o(s) wikiprojeto(s) acima. |
História e toponímia
editarEditores, por favor não confiem em websites de prefeituras para fazer história. Isso vale para todo o projeto de Cidades Brasileiras!
Aqui, a texto corrente dá a entender que o povoado que deu origem à cidade de Itamonte se formou algum tempo depois de 1531. Ora, as terras altas da Mantiqueiras eram áreas proibidas até 1808! (RODRIGUES, A. F. "Os sertões proibidos da Mantiqueira: desbravamento, ocupação da terra e as observações do governador dom Rodrigo José de Meneses*. Rev. bras. de hist., 2003)
O parágrafo único da secção História é um resumo do texto Viaje pela história de Itamonte, da página oficial da prefeitura, que principia assim: "HISTÓRIA Entre Lendas e Histórias, desponta o povoado do Picu – Hoje: Itamonte." O website da prefeitura ao menos avisa ao leitor que seu texto trata de lendas, e não da história do município!
Para fatos reais sobre a paragem mais antiga da microrregião de São Lourenço, ver as secções de História e de Cronologia do município vizinho Passa-Quatro.
O topônimo Picu é muito antigo, mas o povoado só se formou depois da construçao na Estrada do Picu, pronta em 1822, fato conhecido, mas esquecido pela propria prefeitura de Itamonte, mas eu não vou contar isso a eles, sob o risco de a cidade adotar o nome "Capitão Miguel Pereira da Silva". Aliás, o Capítão Miguel era sogro do Barão de Pouso Alto, e a possibilidade do Império pagar pelo imenso serviço prestado ajudou o Coronel Francisco Teodoro a obter este título nobiliárquico. Ente 1830 e 1860, o então Comendador Teodoro construiu e manteve o trecho fluminense da Estrada do Picu (Relatórios anuais da Presidência da Província do Rio de Janeiro).
Já o topônimo Itamonte foi uma invençao do legislador e não tem significado algum. O marco geográfico já era conhecido como Pedra do Pico. No século XVIII até princípios do XIX, era comum a denominação Itapicu.
Após a proclamaçao da Republica, a toponímia de origem religiosa de nossa formação cristã foi substituída por homenagens a personalidades e pelo abuso do erudito sufixo pólis. Outro aspecto curioso dos legisladores republicanos foi a tendência ridícula de se mudarem nomes vernáculos para os seus equivalentes indígenas, uma forma ingênua de se fazer nacionalismo. Então, a Pedra do Picu virou a Ita do Monte.
c. Xarm Wardin (discussão) 17h16min de 11 de abril de 2010 (UTC)