Discussão:Rio Angueira

O Rio Angueira ou Ribeira de Angueira (em espanhol: Rivera de Bozas) é um rio internacional que nasce em Espanha perto da vila de Alcanizes. No seu percurso até desaguar no Rio Maçãs, entrando em Portugal em São Martinho de Angueira, freguesia do concelho de Miranda do Douro, atravessa, depois, o concelho de Vimioso, passando por Angueira, Serapicos, São Joanico, Campo de Víboras, Uva e Algoso.

Uma das espécies típicas do Rio Angueira é o lagostim de "pata branca", cuja população, devido à conjugação de alguns fatores desfavoráveis - secas que, ano a ano, se repetem no verão, utilização de químicos (adubos, nitratos, pesticidas e herbicidas) e lançamento do lagostim americano - tem vindo, nos últimos anos, a diminuir. Actualmente, aquela espécie, se não está já extinta, está a beira da extinção.

Ao longo do percurso do Rio Angueira, vários açudes armazenam água que é utilizada, durante o verão, para regar as hortas situadas nas suas margens. Ainda há pouco tempo, a água destes açudes fazia girar os vários moinhos de água que moíam trigo e centeio. Junto dos moinhos de Terroso, da Edra e da Senhora, todos em Angueira, está a casa do moleiro, uma construção em xisto, de dois pisos, que era utilizada como casa de habitação da família do moleiro. Para além destes, havia ainda no termo de Angueira o moinho de Telhado e o moinho da Nalsa, encontrando-se, hoje, todos eles em avançado estado de degradação. Apesar disso, o moinho das "Três Rodas" ou "dos Lucas" e o moinho da Senhora, que ostenta a data de 1247, edificações centenárias, bem com as respetivas casas de moleiro e "calendras" são ainda recuperáveis.

Há cerca de vinte anos, foi feito um esforço assinalável no sentido de recuperar alguns destes açudes e de melhorar as acessibilidades aos mesmos. Em Angueira, com o apoio de Fundos Comunitários, recuperou-se o açude da Ponte da Cavada, reconvertendo o espaço anexo em Parque das Merendas; recuperou-se o Forno da Telha do povo, que fica nos Pontões; recuperou-se ainda o açude das Olmedas; limpou-se a mata do Múrio; recuperaram-se e melhoraram-se os caminhos rurais entre a capela de São Sebastião e o açude do moinho de Terroso. Melhoraram-se, assim, as acessibilidades entre a aldeia, a Edra e Terroso, facilitando o acesso às hortas e aos moinhos de Terroso e ainda ao Castro do Gago.

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